Investigação do envolvimento do inflamassoma nlrp3 sobre alterações cerebrais precoces e tardias após a sepse

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2020
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Danielski, Lucineia Gainski
Orientador
Petronilho, Fabricia
Coorientador
Resumo
Introduction: Surviving sepsis patients develop acute and long-term cognitive damage and microglial activation is involved in its pathophysiology. Recently, they have been identified as protein-forming receptors, called inflammasomes. The NLRP3 inflammasome may be present with the exacerbation of the microglial inflammatory response after sepsis. Objective: To investigate the involvement of the NLRP3 inflammasome in early and late brain changes in experimental sepsis. Methods: Two-month-old male Wistar rats submitted to sepsis by cecal ligation and perforation (CLP group) or only laparotomy (sham group). Immediately, they received saline or NLRP3 inflammasome inhibitor (MCC950, 140 ng / kg), via icv. Twenty-four hours later, prefrontal cortex and hippocampus were isolated for analysis of cytokine levels, NLRP3 levels, microglial and astrocyte activation, measures of oxidative stress, nitrite/nitrate formation and mitochondrial respiratory chain activity. Survival was assessed for ten days, and then behavioral tests were performed. Results: MCC950 prevented elevated levels of cytokines IL-1β, TNF-α, IL-6 and IL-10 in the hippocampus, 24 hours after sepsis. At the same time, there was an increase in the levels of the NLRP3 receptor in the prefrontal cortex and hippocampus, associated with microglial activation, but not astrocyte. MCC950 prevented damage to lipids and proteins, as well as preserved the activity of the SOD enzyme in the hippocampus. There was variation in the activity of the mitochondrial respiratory chain, with no recognizable pattern. The administration of a single dose of the inhibitor of NLRP3 formation, improved survival, and decreased cognitive damage in animals evaluated 10 days after sepsis. Conclusion: The NLRP3 inflammasome formation is associated with acute biochemical and neuroinflammatory changes, increased mortality and the presence of long-term cognitive damage after experimental sepsis.
Introdução: Pacientes sobreviventes de sepse desenvolvem danos cognitivos agudos e em longo prazo e a ativação microglial está envolvida com a sua fisiopatologia. Recentemente, foram identificados receptores que formam complexos proteicos, chamados inflamassomas. O inflamassoma NLRP3 pode estar envolvido com a exacerbação da resposta inflamatória microglial após a sepse. Objetivo: Investigar o envolvimento do inflamassoma NLRP3 sobre alterações cerebrais precoces e tardias na sepse experimental. Métodos: Ratos Wistar machos de dois meses de vida, submetidos a de sepse por ligação e perfuração cecal (grupo CLP) ou somente laparotomia (grupo sham). Imediatamente após, receberam salina ou inibidor do inflamassoma NLRP3 (MCC950, 140 ng / kg), via icv. Vinte e quatro horas após, córtex pré-frontal e hipocampo foram isolados. Analisou-se os níveis de citocinas, níveis de NLRP3, ativação microglial e astrocitária, estresse oxidativo, formação de nitrito/nitrato e atividade da cadeia respiratória mitocondrial. Durante dez dias houve avaliação de sobrevida, e em seguida foram realizados testes comportamentais. Resultados: MCC950 evitou a elevação dos níveis de citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 no hipocampo, 24 horas após a sepse. No mesmo tempo, houve elevação dos níveis do receptor NLRP3 no córtex pré-frontal e hipocampo, associada a ativação microglial, mas não astrocitária. MCC950 evitou dano em lipídios e proteínas, bem como preservou a atividade da enzima SOD no hipocampo. Houve variação na atividade da cadeia respiratória mitocondrial, sem padrão reconhecível. A administração de uma única dose do inibidor de formação do NLRP3, gerou melhora na sobrevida, e diminuição do dano cognitivo nos animais avaliados 10 dias após a sepse. Conclusão: A formação do inflamassoma NLRP3 está associada a alterações bioquímicas e neuroinflamatórias agudas, elevação da mortalidade e presença de dano cognitivo em longo prazo após a sepse experimental.

Palavras-chave
Sespe, Microglia, NLRP3
Citação