Relações de gênero e a formação de engenheiras e engenheiros

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Data
2021
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Moraes, Adriana Zomer de
Orientador
Cruz, Tânia Mara
Coorientador
Resumo
Contemporary society has every day changes, which aim at new ways of being in the world. In this reality, women have increasingly entering the labor market. It is remarkable the increase of women's participation in the Brazilian productive space, including the exercise of functions previously recognized as typically male. However, men and women are still valued differently when it comes to work. This understanding led to the construction of the objective of this research is to analyze the concept of gender present among engineering students, to understand the way in which the university has been a breaking space or stay, before a sexual division of highly targeted work in male and female. Toward this goal, research, guided by the dialectical method, was structured by a quali-quantitative approach, with the tools and techniques of research a questionnaire applied to 181 students of final year engineering courses in a university center, and a semi-structured interview, conducted with 8 women and 8 men chosen for accessibility among these students. The data collected were organized for analysis through four areas of subjective sense: education, choice and empowerment; the symbolic: between masculinity and femininity; Sexism spaces (re) and parties; naturalization of being a woman. The data reaffirm the increased inclusion of women in "male professions"; in fact there are advances regarding the space of women in engineering, which are by their breaks, but you can see that there is a movement power / subordination that permeates choice and vocational training, configured as a space stays. Women and men engineering students are in a context full of symbolisms of masculinity and femininity, which are perpetuated in formal education, including higher education, reaffirming the Sexual Division of Labor through naturalized gender relations.
A sociedade contemporânea apresenta todos os dias transformações, que se objetivam nas novas formas de ser e estar no mundo. Nessa realidade, as mulheres vêm adentrando cada vez mais ao mercado de trabalho. É notável o aumento da participação da mulher no espaço produtivo brasileiro, inclusive no exercício de funções antes reconhecidas como tipicamente masculinas. No entanto, homens e mulheres ainda são valorizados de forma distinta quando o assunto é trabalho. Essa compreensão conduziu à construção do objetivo da presente pesquisa, que é analisar a concepção de gênero presente entre estudantes de engenharia, visando compreender o modo pelo qual a universidade tem sido um espaço de ruptura ou permanência, frente a uma divisão sexual do trabalho altamente segmentada em masculino e feminino. Na direção deste objetivo, a pesquisa, norteada pelo método dialético, estruturou-se por meio de uma abordagem qualiquantitativa, tendo como instrumentos e técnicas de investigação um questionário, aplicado com 181 alunos do último ano de cursos de Engenharia de um Centro Universitário, e uma entrevista semiestruturada, realizada com 8 mulheres e 8 homens escolhidos por acessibilidade dentre estes alunos. Os dados coletados foram sistematizados para análise por meio de quatro zonas de sentidos subjetivos: educação, escolhas e empoderamento; o simbólico: entre masculidades e feminilidades; sexismo espaços (re)partidos e; naturalização do ser mulher. Os dados reafirmam o aumento na inserção de mulheres em ¿profissões masculinas¿; de fato existem avanços no que concerne ao espaço das mulheres nas engenharias, que se configuram como rupturas, mas é possível perceber que existe um movimento poder / subordinação que permeia escolha e formação profissional, configurando-se como um espaço de permanências. Mulheres e homens estudantes de engenharias constituem-se num contexto repleto de simbolismos sobre masculinidades e feminilidades, que se perpetuam na educação formal, incluindo o Ensino Superior, reafirmando a Divisão Sexual do Trabalho por meio de relações sexistas naturalizadas.

Palavras-chave
Gênero, Engenharias, Subjetividade, Educação e trabalho, Divisão sexual do trabalho
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