Percepção de psicólogos e assistentes sociais sobre a separação de irmãos no contexto da adoção

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Data

2020

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Medeiros, Maria Paula Pereira

Orientador

Bartilotti, Carolina Bunn

Coorientador

Resumo

A lei 12010/2009 impede que irmãos sejam adotados por famílias diferentes, visando a não separação dos mesmos. O presente artigo visou estudar o pensamento dos profissionais da área sobre essa questão, visto que há benefício em manter a união dos irmãos, mas também há pontos positivos em facilitar a adoção das crianças, mesmo que para isso, elas precisem ser separadas. Desta forma, o artigo tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais da área da psicologia e do serviço social sobre a separação de irmãos no contexto da adoção. Em conversa com os profissionais, foi abordado sobre a diferença, pontos positivos e negativos no processo adotivo de uma criança ou de um grupo de irmãos; também foi discutido sobre novas alternativas para evitar o rompimento do vínculo fraternal nesse contexto. Para a realização desta pesquisa, que se caracteriza como qualitativa, de natureza básica e estudo descritivo, foi feita entrevista semiestruturada com seis participantes, sendo quatro psicólogas e duas assistentes sociais. Concluiu-se nesse trabalho que há duas vertentes importantes e bem fundamentadas sobre a adoção de irmãos. Alguns entrevistados consideraram ser melhor as crianças permanecerem no acolhimento para manterem o vínculo fraternal, ao invés de serem adotadas por famílias diferentes; outros discordaram dessa afirmativa e observaram que é mais difícil os pais adotarem mais de uma criança simultaneamente, e que esta lei pode ocasionar a não adoção das crianças que passariam a viver toda a infância em abrigos, com poucos laços afetivos. Quando a discussão sobre diferença no processo da adoção de uma, ou duas ou mais crianças, profissionais afirmaram que não há diferença legal ou burocrática, mas há diferença emocional, que torna o processo mais demorado e mais complexo. Por fim, a adoção conjunta é uma grande alternativa para esta questão, bem como a individualidade de cada caso. Fica exposto a necessidade da mudança na cultura de incentivo a adoção de irmãos, e de crianças mais velhas, assim como, de estudos nessa área.

Palavras-chave

Adoção. Grupos de irmãos. Ruptura do vínculo fraternal. Vínculo Fraternal

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