Retenção e perda do conhecimento organizacional: um estudo no departamento nacional de infraestrutura de transportes

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Data

2021

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Arruda, Pablo Luiz de

Orientador

Mussi, Clarissa Carneiro

Coorientador

Resumo

O conhecimento é considerado o principal recurso estratégico na gestão das organizações. Estudos apontam que o processo de retenção do conhecimento pode mitigar a perda desse recurso crítico para o alcance dos objetivos estratégicos das organizações, públicas e privadas. Ainda, a retenção do conhecimento nas organizações públicas proporciona potencial de melhora na geração de benefícios para a sociedade na qual está inserida. Este estudo busca evoluir a compreensão sobre a relação entre retenção e perda do conhecimento com foco na área pública brasileira. Nessa perspectiva, essa pesquisa tem como principal objetivo analisar a retenção do conhecimento organizacional como possibilidade de mitigar a perda de conhecimento. Para isso, busca-se a compreensão das causas de perda do conhecimento especializado e a identificação e análise dos fatores e das estratégias que influenciam o processo de retenção do conhecimento numa organização pública brasileira responsável pela infraestrutura nacional de transportes multimodais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Metodologicamente, essa pesquisa utiliza abordagem qualitativa, estratégia de estudo de caso exploratório, descritivo e transversal. Dados foram coletados por meio de documentação, entrevistas semiestruturadas e observações direta e participante. A análise e interpretação dos dados foi realizada por análise de conteúdo e triangulação de dados e se utilizou do software NVivo. Os resultados evidenciam que ocorre perda de conhecimento crítico no DNIT. Os principais motivos de perda de conhecimento são a saída de pessoas da organização, ou das suas unidades (aposentadoria, finalização de contrato de terceirização e saída de terceirizados, mobilidade de pessoas especialistas, questões de saúde e morte, e, turnover), bem como falhas nas etapas do processo de retenção do conhecimento (captura, armazenamento e recuperação para reutilização). Ainda, constataram-se fatores e estratégias que influenciam o processo de retenção e o fenômeno de perda do conhecimento. Os fatores influenciadores na retenção do conhecimento apresentaram-se em quatro dimensões: ambiental, organizacional, pessoal e tecnológica. A maioria dos fatores foi revelada limitando o processo de retenção do conhecimento no caso estudado. Ainda, limitações quanto às estratégias voltadas à sensibilização e capacitação, à gestão de pessoas, à diretrizes e planejamento, à tecnologia da informação, e às práticas de compartilhamento do conhecimento atuaram limitando o processo de retenção do conhecimento crítico no DNIT. Conclui-se que dependendo da forma como estes fatores e estratégias que influenciam a retenção do conhecimento são geridos pela organização, eles potencializam ou limitam o processo de retenção do conhecimento crítico, e, consequentemente, mitigam ou maximizam a perda de conhecimentos. Assim, entende-se que os fatores e estratégias analisados estão, em sua maioria, limitando o processo de retenção do conhecimento crítico no DNIT, o que maximiza a perda de conhecimento. Sabendo-se da importância da autarquia para a sociedade brasileira, evidencia-se fundamental a adequada gestão dos fatores influenciadores e estratégias para a potencialização de um necessário processo institucional e contínuo de retenção do conhecimento crítico no DNIT, o que mitigará a perda desse recurso estratégico.

Palavras-chave

Retenção do conhecimento, Perda de conhecimento, Gestão do conhecimento, Estratégia, Organização pública

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