A origem mitológica do conceito de dignidade da pessoa humana
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Data
2021-12-02
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
SILVA, Gabriel Antônio de Oliveira Valério da
Orientador
MENDES, Marcelo Bueno
Coorientador
Resumo
Este trabalho traça a origem do conceito de dignidade humana como vindo das histórias religiosas. A dignidade da pessoa humana ocupa posição de soberania normativa nos ordenamentos jurídicos modernos. Todavia, com o vácuo de significado compartilhado trazido pela descredibilização dos valores religiosos e amplificado pela ascenção da escola de pensamento pós modernista, o alto nível de abstração do termo “dignidade humana” se torna perigosa e imparável razão de Estado para perpetrar quaisquer arbitrariedades que o intérprete seja capaz de racionalizar. É imperioso então descobrir o fenômeno por trás do conceito de dignidade humana. Entender seu context o de interpretação e limites, sua origem e formulação capaz de orientar o comportamento individual e social, assim como as normatividades que este implica. Se propõe, para este artigo, a descrição do mundo da experiência como constituído por três eternos domínios. O desconhecido, caos, simbolizado na natureza e na grande mãe, fonte e destino de todas as coisas, criadora e destruidora de tudo. O conhecido, simbolizado na cultura, na ordem e no grande pai eternamente protetor e opressor. E, por fim, o processo que media entre ambos, criativo e destrutivo, simbolizado no filho divino, herói e vilão. Argumentar-se-a que a dignidade humana vem do potencial e da responsabilidade de cada individuo em se engajar no padrão de comportamento criativo ou destrutivo. Esse artigo, então, pretende explorar a possibilidade de reconciliar as crenças crenças do passado com as verdades do presente, com o intuito de enfrentar o futuro em seus desafios conceituais, jurídicos e existenciais.
Palavras-chave
Dignidade humana, Simbolismo, Constitucional