Confiabilidade dos produtos industrializados em relação a alegação de ausência de glúten

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Data

2021-12-23

Tipo de documento

Paper

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Silva, Beatriz
Souza, Luciana
Oliveira, Tainá

Orientador

Fornasari, Margareth

Coorientador

Resumo

A Doença Celíaca (DC) é uma intolerância, autoimune induzida pela ingestão de glúten em indivíduos propensos geneticamente. Caracteriza-se por inflamação crônica da mucosa e submucosa do intestino delgado. O glúten é uma proteína presente naturalmente em diversos cereais, como o trigo, cevada, centeio e malte. Esses cereais são amplamente utilizados na produção de medicamentos, bebidas e alimentos industrializados. O único tratamento efetivo para a doença celíaca é a adesão de uma dieta totalmente isenta de glúten (DIG). Como forma de tratamento, a privação da ingestão do glúten na dieta deve ser feita para o resto da vida, essa atitude pode gerar rigorosas mudanças no hábito alimentar do paciente. Os alimentos industrializados sem glúten direcionado aos consumidores celíacos vêm aumentando sua participação no mercado atual. No ano de 2003 foi criado a LF nº 10.674 que exige que contenha na rotulagem de alimentos as expressões “Contém Glúten” ou “Não Contém Glúten”, porém não é obrigatória a análise do teor total de glúten destes alimentos. O objetivo dessa pesquisa foi investigar os critérios utilizados pela indústria de alimentos que garantem a segurança do alimento sem glúten para o consumidor celíaco. Tratou-se de uma pesquisa online, de caráter investigativo, quantitativo e qualitativo através de um questionário, a fim de permitir o melhor conhecimento sobre os critérios utilizados pela indústria de alimentos que garantem a segurança do alimento sem glúten para o consumidor celíaco. No questionário, haviam cinco questões fechadas e abertas, que foram enviadas a empresa participante via correio eletrônico, telefone e sites da internet. Foram investigadas 157 empresas produtoras de alimentos industrializados de grande, médio e pequeno portes. Dessas 157, 58 (37%) são produtoras somente de alimentos sem glúten e 99 (63%) produtoras de alimentos com glúten e sem glúten (mistas). Com os resultados dessa pesquisa observou-se que com a alta predominância da doença celíaca em nosso meio, se faz necessário políticas de vigilância mais eficazes, bem como apurada fiscalização do produto final que chega ao consumidor celíaco e obrigatoriedade dos testes para certificar a ausência de glúten garantindo qualidade de vida para os consumidores celíacos.

Palavras-chave

alimentos sem glúten, doença celíaca, empresas, glúten, rotulagem, legislação vigente

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