O corpo não é útil: ideias de Ailton Krenak para pensar “com a cabeça na terra”

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-02-24

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Linguística, Letra e Artes

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Mendonça, Ana

Orientador

Cernicchiaro, Ana Carolina

Coorientador

Resumo

A intenção dessa pesquisa foi, a partir do pensamento de Ailton Krenak, debater as concepções de Corpo e Natureza nas tensões entre perspectivas coloniais e indígenas. Buscou-se estudar a resistência epistêmica de Ailton Krenak ampliando a noção de corporalidade, desnaturalizando a separação entre Corpo e Natureza, bem como a noção de utilidade da vida e dos corpos. Para realizar essa pesquisa a trajetória metodológica adotada consistiu em uma abordagem de(s)colonial, em um contínuo girar epistêmico, tanto na seleção dos textos, quanto na maneira de mobilizá-los. O corpus desse estudo se fundamentou na oralidade e nos textos do pensador indígena, a partir das temáticas presentes nos livros Ideias para adiar o fim do mundo (2019) e A vida não é útil (2020). Nessa pesquisa a oralidade foi reconhecida enquanto meio de produção de saberes e de conhecimentos, possibilitando a continuidade da memória que compartilhamos vida em comum que atravessa os diversos corpos em uma “dança cósmica”. Por fim, defendeu-se que para identificar e combater as violências epistêmicas e a monocultura da mente, é necessário pensar com o Corpo-Terra. Nessa direção, a filosofia ancestral e contemporânea de Ailton Krenak ajuda a ampliar a noção de corpo, desestabilizando a centralidade do antropos na vida do planeta, de maneira congruente às ecologias de saberes e ao pensamento de(s)colonial.

Palavras-chave

Ailton Krenak, Corporalidade, De(s)colonialidade

Citação