Avaliação de parâmetros neuroquímicos em camundongos fêmeas submetidas a obesidade e estresse por privação de prole

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Data

2022-06-10

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Cruz, Kenia Lourdes de Oliveira da

Orientador

Rezin, Gislaine Tezza

Coorientador

Resumo

A obesidade é uma doença crônica não transmissível caracterizada como uma inflamação de baixo grau, tornando-se uma epidemia global, com prevalência em mulheres, alertando para a necessidade de cuidados na fase reprodutiva. Além disso, a obesidade também está relacionada a disfunções cerebrais, podendo gerar uma neuroinflamação, afetando áreas fundamentais do sistema nervoso central. Foram avaliados parâmetros neuroquímicos em camundongos fêmeas submetidas à obesidade e estresse por privação de prole. Foram utilizados 40 camundongos fêmeas induzidas à obesidade por um período de 8 semanas. Os 20 animais receberam dieta hiperlipídica (grupo obeso) e outros 20 animais receberam dieta normolipídica (grupo controle). O peso corporal foi avaliado semanalmente. Após a indução da obesidade, para cada dois camundongos fêmeas (matrizes),1 macho foi adicionado na gaiola para o acasalamento. A confirmação da prenhez foi realizada através de lavado vaginal. Durante os 10 primeiros dias de vida da prole, as matrizes foram divididas em dois grupos: privação de prole por 3 horas diárias e sem privação de prole. Após 21 dias de vida da prole, foi realizado o desmame e as matrizes foram submetidas ao teste comportamental seguidas de morte para retirada das estruturas cerebrais.O metabolismo energético foi avaliado através das análises das enzimas do ciclo de Krebs e cadeia respiratória mitocondrial. Houve ganho de peso comparado ao controle, na avaliação do teste splach de sacarose o grupo controle + PP e o grupo obeso + privação de prole tiveram redução no comportamento de autolimpeza demonstrando anedonia. Quanto as enzimas no Hipotálamo a citrato sintase, no grupo obeso teve maior expressão, porém diminuiu no grupo obeso + PP. No córtex pré-frontal e estriado não foi significativo, já no hipocampo, o grupo controle + PP teve aumento da expressão da enzima. Quanto a enzima isocitrato desidrogenase, na região do hipotálamo, teve redução no grupo obeso + PP, no córtex pré-frontal foi observado uma redução no grupo controle + PP. No Hipocampo e Estriado não houveram resultados significativos. A Succinato desidrogenase foi reduzida no grupo Controle + PP quando no Hipotálamo e no Córtex pré-frontal. No hipocampo e no estriado não houve alterações significativas. Na enzima Malato desidrogenase, aumentou no grupo controle + PP no hipotálamo e no córtex- pré frontal. Não houve nenhuma alteração quanto aos grupos, nas estruturas do hipocampo e estriado. O Complexo I, não obteve diferenças em nenhum dos grupos no hipotálamo, córtex pré-frontal e nem na região do estriado. No Complexo II houve redução nos grupos Controle + PP, Obeso e Obeso + PP quando comparado ao grupo controle no hipotálamo. Nas regiões do córtex pré-frontal, estriado e hipocampo não se obteve alterações significativas em nenhum dos grupos examinados. Concluímos que o modelo de privação materna trouxe consequências danosas quanto às funções neuroquímicas das estruturas cerebrais pesquisadas, principalmente quanto ao hipotálamo e o hipocampo dos camundongos fêmeas.

Palavras-chave

obesidade, estresse, ciclo de krebs, cadeia respiratória mitocondrial

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