Comparação da analgesia pós-operatória com uso de metadona versus morfina em cirurgia cardíaca

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Data

2018

Tipo de documento

Artigo de Periodico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Carvalho, Ana Carolina
Sebold, Fábio Jean Goulart
Calegari, Patrícia Mello Garcia
Oliveira, Benhur Heleno de
Schuelter-Trevisol, Fabiana

Orientador

Coorientador

Resumo

Background and objectives: Pain is an aggravating factor of postoperative morbidity and mortality. The aim of this study was to compare the effects of methadone versus morphine using thenumerical rating scale of pain and postoperative on-demand analgesia in patients undergoing myocardial revascularization. Method: A randomized, double-blind, parallel clinical trial was performed with patients under-going coronary artery bypass grafting. The subjects were randomly divided into two groups: Morphine Group (MoG) and Methadone Group (MeG). At the end of cardiac surgery, 0.1 mg.kg−1adjusted body weight of methadone or morphine was administered intravenously. Patients were referred to the ICU, where the following was assessed: extubation time, time to first analgesic request, number of analgesic and antiemetic drug doses within 36 hours, numerical pain scale at 12, 24, and 36 hours postoperatively, and occurrence of adverse effects. Results: Each group comprised 50 patients. Methadone showed 22% higher efficacy than morphine as it yielded a number-needed-to-treat (NNT) score of 6 and number-needed-to-harm(NNH) score of 16. The MeG showed a mean score of 1.9 ± 2.2 according to the numerical pain scale at 24 hours after surgery, whereas as the MoG showed a mean score of 2.9 ± 2.6 (p = 0.029).The MeG required less morphine (29%) than the MoG (43%) (p = 0.002). However, the time to first analgesic request in the postoperative period was 145.9 ± 178.5 minutes in the MeG, and269.4 ± 252.9 in the MoG (p = 0.005).Conclusions: Methadone was effective for analgesia in patients undergoing coronary artery bypass grafting without extracorporeal circulation.
Justificativa e objetivos: A dor é fator agravante da morbidade e mortalidade pós-operatória. O objetivo foi comparar o efeito da metadona versus morfina quanto à dor e demanda de analgesia pós-operatória em pacientes submetidos à revascularizac¸ão do miocárdio. Método: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, em paralelo. Pacientes submetidos à cirurgia de revascularizac¸ão do miocárdio foram randomizados por blocos em dois grupos: Grupo Morfina (Gmo) e Grupo Metadona (Gme). No fim da cirurgia cardíaca, 0,1 mg.Kg−1 peso corrigido de metadona ou morfina foi administrado por via venosa. Os pacientes foram levados à UTI, onde foram avaliados o tempo até a extubac¸ão e a necessidade do primeiro analgésico, o número de doses necessárias de analgésicos e antieméticos em 36 horas, a escala numérica de dor em 12, 24 e 36 horas após a cirurgia e a ocorrência de efeitos adversos. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes em cada grupo. A metadona apresentou eficácia 22% maior do que a morfina com Number Needed to Treat (NNT) de 6 e Number Needed to Harm (NNH) de 16. Gme apresentou média de dor pela escala numérica em 24 horas após o procedimento de 1,9±2,2 em comparac¸ão com o Gmo, cuja média foi de 2,9±2,6 (p = 0,029). O Gme necessitou de menos morfina de resgate 29% do que o grupo Gmo 43% (p = 0,002). Entretanto, o tempo até a necessidade de analgésico no pós-operatório foi de 145,9±178,5 minutosmno Grupo Gme e de 269,4±252,9 no Gmo (p = 0,005). Conclusões: A metadona mostrou-se eficiente para a analgesia em cirurgias cardíacas derevascularizac¸ão do miocárdio sem circulac¸ão extracorpórea.

Palavras-chave

Metadona, Morfina, Dor pós-operatória, Cirurgia cardíaca

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