Narrativas do corpo no cinema de terror contemporâneo: o exposto, o desaparecido e o incorpóreo

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2022-08-11

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Linguística, Letras e Artes

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Medeiros, Daniel Lucas de

Orientador

Sousa, Ramayana Lira de

Coorientador

Resumo

A presente tese apresenta uma leitura antológica dos objetos de pesquisa, explorando as diferentes facetas propostas por cada filme ao mesmo tempo que cria uma linha narrativa capaz de uni-los. Tal linha narrativa tem como foco a exposição do corpo (representada pela análise dos filmes Vingança e Corra!), seguida pelo desaparecimento do corpo (em Corrente do Mal e O Homem Invisível) e culmina na incorporeidade (em Cam e Host). Na leitura de Vingança, observamos a presença do corpo feminino em cena, visto como um corpo desejado e, eventualmente, um corpo caçado. O texto sobre Corra! centra-se na presença do corpo negro, também visto como corpo desejado. No caso de Corra!, porém, o corpo é reconhecido pelos demais personagens como uma propriedade a ser ocupada por homens brancos ricos. A invisibilidade do corpo é explorada na análise de Corrente do Mal, filme que mostra tanto uma ameaça invisível quanto nos introduz ao conceito de corpos invisíveis e descartáveis. Em O Homem Invisível, a invisibilidade é extrapolada, pois o filme (não mostra) uma ameaça que habita em todos os lugares e em lugar nenhum. O corpo digital é central à nossa interpretação de Cam, um filme sobre uma garota que trabalha como camgirl e se vê substituída por uma versão digital de si mesma. Por fim, em Host todos os personagens – e o espectador – são apresentados como seres digitais. Além da linha narrativa, as análises também abordam questões inerentes a cada filme, como sua relação com o subgênero rape and revenge, a crítica ao cultivo dos estereótipos, a metalinguagem no cinema de terror, a representação de relacionamentos abusivos após o movimento #MeToo, a sexualidade no ambiente digital e a relação com a pandemia, respectivamente. A partir desse movimento antológico, buscamos ampliar as leituras sobre o gênero horror.

Palavras-chave

corpos, terror, cinema

Citação