Bissexualidade como estética de resistência: tempo e espaço fílmicos em uma leitura bissexual do filme les rendez-vous d'anna
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2022-07-29
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Linguística, Letras e Artes
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
de Oliveira, Julie
Orientador
Lira de Sousa, Ramayana
Coorientador
Resumo
Esta pesquisa admite a existência de uma estética bissexual orientada por tempo e espaço fílmicos a partir de uma leitura bissexual do filme Les Rendez-Vous D’Anna (1978), de Chantal Akerman. Além disso, promove o avanço nas pesquisas sobre teoria bissexual dentro dos estudos da sexualidade, e um entedimento não monossexual da obra de Akerman. Por fim, busca demonstrar que essa estética está baseada em entremeios e interrupções temporais. Partindo da concepção de bissexualidade enquanto sexualidade fluida, é possível relacioná-la à experiência nomádica da personagem principal, Anna Silver, uma cineasta que viaja pela Europa apresentando seu novo filme. Anna não se fixa em qualquer lugar, mas tampouco deixa-se definir por uma imagem fechada do ser mulher - esse último é o sentido principal de seu nomadismo. O espaço ocupado pela bissexualidade, portanto, estaria relacionado a lugares de passagem, ou entremeios: estações de trem, hotéis, etc. Parte-se ainda do conceito de erotohistoriografia, cunhado por Elizabeth Freeman, para desenvolver-se a hipótese de que a bissexualidade estaria baseada em práticas sexuais que desafiam o regime crononormativo em que o sexo é orientado para a reprodução e máxima produtividade, de modo que o tempo fílmico em relação à bissexualidade estaria conectado a modos de interrupção temporal.
Palavras-chave
Bissexualidade, Chantal Akerman, Estética