Toxicidade do neurofármaco carbamazepina nos ovários de teleósteos Astyanax lacustris

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Data

2022-12-15

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Aguiar, Guilherme de

Orientador

Guerreiro, Amanda da Silveira

Coorientador

Tolussi, Carlos Eduardo

Resumo

Nas últimas décadas, a presença de contaminantes de preocupação emergente (CEC) vêm aumentando nos ambientes aquáticos. Dentre estes CECs, a carbamazepina (CBZ), um importante neurofármaco, vem sendo detectada em águas superficiais, subterrâneas e em estações de tratamento e destaca-se devido aos seus efeitos tóxicos a organismos não-alvo, principalmente a teleósteos. A espécie de teleósteo Astyanax lacustris é considerada um importante bioindicador e vêm sendo comumente utilizada como modelo para estudos ecotoxicológicos, devido suas características de fácil adaptação a diversas condições ambientais e distribuição geográfica. Considerando a toxicidade da CBZ e a importância da espécie A. lacustris, o presente estudo teve por objetivo avaliar as respostas das enzimas de defesa antioxidante superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), e glutationa S-transferase (GST) e avaliar os níveis de substratos energéticos (proteínas e lipídeos) nos ovários de fêmeas A. lacustris. Para isso, as fêmeas foram expostas às concentrações de 250 ng L-1, 500 ng L-1 e 1250 ng L-1 de CBZ por 7 dias. A exposição desses peixes ao neurofármaco não apresentou efeitos nos níveis de proteínas e lipídeos dos ovários. De forma semelhante, a CBZ também não afetou a atividade da SOD e da GST nos ovários. Em relação à CAT, não foi detectada a atividade da enzima neste tecido. Portanto, mesmo que este neurofármaco seja considerado tóxico a organismos não-alvo, as concentrações de CBZ durante 7 dias não foram capazes de causar alterações na deposição de substratos energéticos e no sistema de defesa antioxidante dos ovários de A. lacustris, demonstrando que essa espécie pode apresentar certa tolerância frente a exposição à essas concentrações do contaminante por 7 dias.

Palavras-chave

Ecotoxicologia, Fisiologia, Reprodução, Contaminantes, Peixes

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