Prevalência de lipodistrofia e fatores associados em indivíduos que vivem com HIV

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2013

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Justina, Lunara Basqueroto Della

Orientador

Trevisol, Fabiana Schuelter

Coorientador

Resumo

Objetivo: Estimar a prevalência de lipodistrofia em indivíduos que vivem com HIV e observar os possíveis fatores associados. Métodos: Estudo epidemiológico de delineamento transversal realizado entre os meses de outubro de 2012 e fevereiro de 2013. A população do estudo foi constituída por indivíduos que vivem com HIV em acompanhamento ambulatorial no Serviço de Infectologia do Hospital Nereu Ramos, Florianópolis, Santa Catarina. Foram observados os dados sociodemográficos, aspetos relacionados aos hábitos de vida, aspectos clínicos e da infecção pelo HIV. O diagnóstico de lipodistrofia foi realizado pelo método de autorrelato do paciente soropositivo associado a medidas corporais. Resultados: Foram estudados 75 pacientes com média de idade de 44±9,6 anos, e 61,3% eram homens. Do total, 45,3% eram tabagistas, 32,0% consumiam bebida alcoólica, 21,3% não tinham dieta saudável e 54,7% eram sedentários. Apenas um paciente não fazia uso de terapia antirretroviral. A prevalência de lipodistrofia foi de 32%. Foi verificada diferença estatisticamente significativa entre atividade física e lipodistrofia. Os sedentários apresentaram maior prevalência de lipodistrofia quando comparados aos fisicamente ativos. Conclusão: Embora variável conforme a população estudada e método de aferição empregado, a prevalência de lipodistrofia em indivíduos que vivem com HIV é frequente e seu diagnóstico não deve ser negligenciado. A atividade física foi considerada fator protetor para o aparecimento da lipodistrofia associada ao HIV. A partir dos achados deste estudo, sugere-se a recomendação da atividade física como estratégia terapêutica para a prevenção e tratamento da lipodistrofia em indivíduos que vivem com HIV.
Objective: To estimate the prevalence of lipodystrophy in people living with HIV and identify the possible associated factors. Methods: We conducted a cross-sectional epidemiological study between October 2012 and February 2013. The study population consisted of individuals living with HIV attending the outpatient treatment center for infectious diseases at Nereu Ramos Hospital, in Florianópolis, the state capital of Santa Catarina. Data collection included sociodemographic information, lifestyle, and clinical aspects of HIV infection. The diagnosis of lipodystrophy was performed by the HIV patient self-report associated with body measurements. Results: We studied 75 patients; mean age was 44 (±9.6) years; 61.3% were men. Of the total, 45.3% were smokers, 32.0% reported alcohol consumption, 21.3% had unhealthy eating habits, and 54.7% were sedentary. Only one patient was not taking antiretroviral therapy. The prevalence of lipodystrophy was 32%. Statistically significant difference was found between physical activity and lipodystrophy. Sedentary subjects had higher prevalence of lipodystrophy compared to physically active individuals. Conclusion: Although variable, depending on the population studied and the method of measurement used, the prevalence of lipodystrophy in people living with HIV is quite common, and its diagnosis should not be overlooked. Physical activity was considered a protective factor for the onset of HIV-associated lipodystrophy. Based on the findings of this study, we suggest that physical activity should be recommended as a therapeutic strategy for the prevention and treatment of lipodystrophy in people living with HIV.

Palavras-chave

Doenças imunológicas, HIV (Vírus), AIDS (Doença) - Pacientes, Terapêutica

Citação