Fatores relacionados ao tempo de hemodiálise e seus desfechos clínicos em doentes renais crônicos

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Data

2018

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Bialeski, Andreia Batista

Orientador

Iser, Betine Pinto Moehlecke

Coorientador

Resumo

A doença renal crônica (DRC) é uma doença não transmissível que necessita de tratamento substitutivo. As medidas terapêuticas podem aumentar a sobrevida. O encaminhamento tardio pode acarretar no aumento de sintomas, complicações e comorbidades. Objetivo: Verificar os fatores relacionados ao tempo de hemodiálise e desfechos clínicos em doentes renais crônicos em tratamento hemodialítico em uma clínica do sul de Santa Catarina. Método: Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo com adultos em tratamento hemodialítico, no período de janeiro de 2016 a julho de 2017, cujos dados foram avaliados até março de 2018. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes. A sobrevida foi avaliada por curvas de Kaplan-Meier e os fatores relacionados ao desfecho foram avaliados por meio da regressão de Cox, expressando-se comparações por meio de Hazard Ratio (HR), e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Entre 120 pacientes incluídos no estudo, a média de idade foi de 61,8 (±13,9) anos, predominou sexo masculino (59,2%), raça branca (98%), nível de escolaridade primário (77,5%), renda mediana próxima ao valor de um salário mínimo vigente. Principal setor de encaminhamento para hemodiálise foi do especialista nefrologista (33,3%). As principais doenças de base identificadas foram hipertensão arterial (80,2%) e Diabetes Mellitus (38,5). Em 14% dos pacientes foi confeccionada fistula arteriovenosa no início do tratamento. Foi registrado óbito em 44,2% dos pacientes. A sobrevida diminuiu de 76,1% em um mês para 49,3% em um ano de tratamento. As medidas bioquímicas evidenciaram aumento da creatinina (p<0,001) e potássio (p<0,019), e diminuição do cálcio (p<0,002). Foram fatores associados ao óbito: encaminhamento pela UTI (HR 18,1 IC95% 4,49-72,8) e Unidade Básica de Saúde (HR 9,27 IC95%1,48-58,2). Conclusão: Concluiu-se que o principal desfecho do paciente renal crônico é o óbito, especialmente quando encaminhado por setores não especializados. O acompanhamento com nefrologista parece favorecer o transplante.

Palavras-chave

Insuficiência renal crônica, Hemodiálise, Nefrologia, Doença crônica

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