A estética da fome em Rio, 40 graus e a cosmética da fome em Cidade de Deus

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Data

2007

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Linguística, Letras e Artes

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Prado, Antônio Teixeira do

Orientador

Vugman, Fernando Simão

Coorientador

Resumo

In the article “From Esthetics to Cosmetics of Hunger” in the newspaper “Jornal do Brasil-2001”, the researcher Ivana Bentes defends the idea that the national movies are retaking themes about misery and violence not as form of social revealing to unmask the Brazilian society but in order to treat about the' Cosmetic of hunger', which misery and violence are showed as entertainment and it appears from submissive, trite and trivial. Bentes also points out that the inlanders from the countryside in Brazil are being substituted from slum and disadvantage people and unaware of urban Brazil, that is, an idea in the head and a camera in the hand; a body to body with reality-it becomes the steadecam, the camera that surfs over the reality, an empty discourse mark that values the beauty and the quality of image. That’s why she says there is a change of esthetics as cosmetics of hunger in Brazilian films. So, this work aims at verifying if there is a change of esthetics as cosmetics of hunger can be found in Rio, 40 Graus (1955) film, by Nelson Pereira dos Santos and the City of God (2002), by Fernando Meireles. Both films reveals poverty in slum and black children who are victims of violence and social exclusion. The former (which is in postmodern) was taken place in Morro do Cabuçu, where five boys go into town to sell peanut in the main tourists places on a Sunday Summer. The latter was taken place in God of City (neighborhood), where children attempt the traffic of drug. Rio, 40 Graus is considered the first film that reveals some social problems mentioned above, according to the new-realism practice, that is to say, non-actors played in the film. This also happened to God of City
No artigo “Da Estética à Cosmética da Fome”, Jornal do Brasil, julho de 2001, a pesquisadora de cinema Ivana Bentes defende que está havendo, pelo cinema nacional, uma retomada dos temas do Cinema Novo como a miséria e a violência, não como forma de denúncia social para desmascarar a sociedade brasileira como acontecia no Cinema Novo, mas como uma “Cosmética da Fome”, na qual miséria e violência são espetacularizadas para entreter e surgem de forma folclorizadas, paternalistas, conformista e piegas. Bentes pontua que o sertanejo do Brasil rural está sendo substituído pelo favelado ignorante e despolitizado do Brasil urbano, ou seja, a idéia na cabeça e uma câmara na mão – um corpo a corpo com o real –, transforma-se em steadecam, a câmara que surfa sobre a realidade, signo de um discurso vazio que valoriza o belo, a qualidade da imagem. E é por isso ela diz que no cinema brasileiro uma passagem da Estética à Cosmética da Fome. Assim, este trabalho visa verificar se há essa passagem da estética à cosmética da fome tendo como base os filmes Rio, 40 Graus (1955), de Nélson Pereira dos Santos, e Cidade de Deus (2002), de Fernando Meireles. Ambos foram rodados no Rio de Janeiro, retratam pobreza em favela e crianças negras, que são vítimas de violência e da exclusão social. O primeiro (inserido em um contexto da pós-modernidade) é ambientado no Morro do Cabuçu, onde cinco garotos descem para vender amendoim nos principais pontos turísticos da cidade num domingo de verão. O segundo ambientado na Cidade de Deus, onde as crianças vivenciam o tráfico de drogas. Rio, 40 Graus é considerado o primeiro filme a fazer denúncia social utilizando praxe neo-realista, ou seja, a utilização de não atores. Isso também ocorre em Cidade de Deus

Palavras-chave

Estética da fome, Cosmética da fome, Pós-modernidade

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