O fim da canção como sintoma das mudanças na música popular brasileira

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2015

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Linguística, Letras e Artes

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Vaz, Carolina de Mattos

Orientador

Santos, Antônio Carlos Gonçalves dos

Coorientador

Resumo

O objetivo desse estudo é analisar o "fim da canção" como sintoma das múltiplas transformações no campo da música popular brasileira e da sociedade a partir de declarações do músico e escritor Chico Buarque e do historiador e crítico José Ramos Tinhorão. Para isso, apoiamos nossa reflexão nos textos de alguns estudiosos do tema, tais como Luiz Tatit, Arthur Nestrovski, Zé Miguel Wisnik e Chico Saraiva. Mostramos que os fins, que também são fruto de um anacronismo presente na pós-modernidade, assim como traçamos um paralelo da música com a escultura e com a literatura, a partir de considerações a respeito da existência ou não de um cânone em alguns momentos específicos. Sobre a Indústria cultural e considerando que a música, nesse momento, passava a ser um objeto de valor e não só entretenimento, ou seja, se antes servia como fonte de lazer, a partir do surgimento da Indústria Cultural passa a ter valor de mercado. Para contextualizar esse momento recorremos a Marcos Napolitano a Walter Benjamin e Rancière, no que diz respeito à Indústria Cultural. Constatamos que os "fins" se mostram com bastante evudência na pós-modernidade como se tivesse necessidade em finalizar algo para então começar algo novo, como se o passado pudesse ser extinto. Para esse fim, traçamos um paralelo do moderno com o pós-moderno através, principalmente de Lyotard e Compagnon, e demonstramos que os cortes entre um tempo e outro não são tão simples quanto propõem alguns teóricos. Sob o ponto de vista de Compagnon e Terry Eagleton, o cânone deixa de estar presente na literatura da década de sessenta. Nesse mesmo período, ocorre também a chegada da Indústria Cultural, momento em que a canção surge, com um formato específico, o que transforma o cenário da música, afinal, os artistas passariam a fazer músicas pensando no modelo que poderia ser gravado e haveria interesse do mercado industrial. Na pós-modernidade, o suposto fim da canção parece ser consequência de um esgotamento dessas formas tais como eram antes. Essa "falsa criação" de novos formatos musicais é trabalhada através da noção de arquivo de Derrida, a partir do conceito de autêntico de Tinhorão, de intertextualidade de Kristeva e da ideia benjaminiana de atrofia da aura. Percebemos que o campo da música, artes e literatura se interligam em diferentes períodos, através de acontecimentos que fazem com que surjam novos conceitos, portanto, traçamos um paralelo entre intertextualidade, a partir de Julia Kristeva, e polifonia, bem como entre "escultura expandida", de Rosalind Krauss, e "canção expandida" de Wisnik. Quanto ao conceito de "escultura expandida", demostramos um paralelo com o conceito de não-pertencimento sob a ótica de Florência Garramuño
El objetivo de este estudio es analizar el "final de la canción" como un síntoma de múltiples transformaciones en el campo de la música popular brasileña y la sociedad de las declaraciones del músico y escritor Chico Buarque y el historiador y crítico José Ramos Tinhorão. Por esta razón apoyamos nuestro reflejo en los textos de algunos estudiosos del tema como Luiz Tatit, Arthur Nestrovski, Zé Miguel Wisnik y Chico Saraiva. Se demuestra que este supuesto "final de la canción" aparece en paralelo con otros fines, que son también el fruto de este anacronismo en la post-modernidad, como trazamos una paralela de la música con la escultura y la literatura, de las consideraciones relativas a la existencia de un canon en algunos momentos específicos. En la industria cultural y teniendo en cuenta que la música en ese momento, llegó a ser un objeto de valor y no sólo entretenimiento, es decir, si antes de servir como fuente de placer, desde el surgimiento de la industria cultural se sustituye por el valor de mercado. Para contextualizar este momento nos dirigimos a Marcos Napolitano Walter Benjamin y Rancière, con respecto a la industria de la cultura. Observamos que los "extremos" se muestra con suficiente evidencia en la postmodernidad como si hubiera necesidad de finalizar algo y luego empezar algo nuevo, como si el passado podría ser extinguido. Con este fin, trazamos una paralela de moderno y postmoderno principalmente a través de Lyotard y Compagnon, y demostramos que los cortes entre una vez y otros no son tan simples como algunos teóricos proponen. Desde el punto de vista de Compagnon y Terry Eagleton, el canon ya no está presente en la literatura de los años sesenta. En el mismo período, también existe la llegada de la indústria cultural, y en ese momento la canción viene con un formato específico, lo que convierte la escena musical, después de todo, los artistas se convierten en canciones pensando en el modelo que se podría ahorrar y no habría interés el mercado industrial. En la posmodernidad, el supuesto fin de la canción parece ser el resultado de un desglose de estas formas como lo eran antes. Esta "falsa creación" de nuevos formatos de música se hace a mano por archivo noción Derrida, desde el concepto de idea Tinhorão auténtico, intertextualidad Kristeva y de Benjamín de la atrofia del aura. Nos damos cuenta de que el campo de la música, las artes y la literatura están interconectados en diferentes períodos, a través de eventos que causan la aparición de nuevos conceptos, por lo que establecer un paralelismo entre la intertextualidad, como Julia Kristeva, y la polifonía, así como entre "la escultura expandida "Rosalind Krauss, y" canción ampliado "por Wisnik. El concepto de "escultura expandida", nos demuestra un paralelismo con el concepto de la no pertenencia a la vista de Florencia Garramuño

Palavras-chave

Música popular - Brasil

Citação