Projetar arquitetura: um estudo de morfogênese digital
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Data
2023-10-23
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
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Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Campoy, Carlos Quedas
Orientador
Ramos, Fernando Guillermo Vázquez
Coorientador
Resumo
Interessa-se pelo ato de projetar Arquitetura, como a construção de um pensamento inventivo ou um trabalho em movimento, especificamente nos primeiros momentos em que partidos arquitetônicos e algumas estruturas começam a ser geradas. O computador é duplamente posicionado como um parceiro leve e ativo para a morfogênese digital (abordagem paramétrica digital para geração, derivação e estruturação de formas, neste último caso). Atém-se, teórica e conceitualmente, ao Design Thinking, de Bryan Lawson e de Nigel Cross, e ao Design Intelligence, de Michael Speaks, que, por sua vez, defende um meta-processo independente de prescrições, assim como modelos de programação, embora limitados, encapsulando e promovendo conhecimentos. Aborda-se este trabalho dentro do contexto brasileiro de projeto e acadêmico, que levanta uma questão central: devido à resistência cultural à aprendizagem, o aproveitamento de um potencial que os computadores têm a oferecer está aquém de uma realidade plausível. Aceitando que existe uma primeira demanda exigindo extrapolar essa condição, desenvolve-se uma primeira hipótese: é plausível empregar a modelagem indireta realizada pelas programações de modelos algorítmico-paramétricos no Grasshopper. Integram-se os Sistemas Generativos, a tecnologia BIM e a Prototipagem Rápida. Outras duas hipóteses decorrentes surgem: esse potencial plausível é mais interessante para os professores (arquitetos) do que para os estudantes; os modelos tendem a suavizar a barreira cultural de aprendizagem. O objetivo geral consiste na elaboração de uma metodologia de auxílio ao ato projetivo (inventivo). O objetivo específico é configurar uma dimensão metodológica operacional, embora esteja em uma relação de reciprocidade com outra conceitual, que tende a fundamentar a primeira. Inspira-se nos conceitos e em algumas operações desenvolvidas pelo arquiteto Greg Lynn, cujo trabalho nesses sentidos revela robustez desde a década de 1990. Desenvolve-se a tese de que a metodologia proposta, até em conjunto com desenhos analógicos, pode auxiliar os arquitetos e os estudantes brasileiros a construírem e a organizarem os seus pensamentos inventivos, sejam direcionados ao nascimento e à transformação de partidos arquitetônicos com algumas estruturas, ou para o próprio meta-processo. Todavia, procura-se entender em que medida e como esse auxílio pode acontecer. As validações das hipóteses e da tese demandam investigação específica, que se realiza por um laboratório de testes formado por alunos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu. A abordagem teórica e conceitual se desenvolve por meio de uma revisão bibliográfica e incorporação de interpretações locais. Para a aproximação empírica ao desenvolvimento das programações (o objeto da pesquisa) e para chegar aos estudos práticos, emprega-se a metodologia Design Science Research. Conclui-se que a sustentação da tese e as validações das hipóteses são fortemente dependentes de aspectos ambientais e principalmente pessoais, não exclusivamente condicionadas pela metodologia de projeto proposta. Contudo, contribui-se metodologicamente com uma, entre tantas outras possíveis construções do pensamento inventivo arquitetônico – ainda que parcialmente pela perspectiva das formas e do meta-processo. Ademais, proporciona-se uma alternativa plausível para auxiliar na elaboração de certos estudos preliminares.
Palavras-chave
projeto de arquitetura, design intelligence, morfogênese digital, contexto brasileiro, Greg Lynn