Efeitos neurotróficos e bioquímicos da atividade física como terapia complementar na esclerose múltipla: uma revisão integrativa da literatura

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Data

2024-07

Tipo de documento

Artigo Científico

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Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

GROHMANN, Elaine Barbosa

Orientador

ABREU, Fabiana Guichard de

Coorientador

Resumo

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune que afeta o sistema nervoso central, causando inflamação, desmielinização e neurodegeneração. Objetivou-se revisar os efeitos da atividade física (AF) em pessoas com EM, especialmente em relação aos fatores neurotróficos e marcadores bioquímicos. A revisão incluiu estudos que investigaram o impacto da AF em marcadores como neurofilamentos, citocinas e proteínas. A seleção envolveu uma triagem de artigos nas bases de dados PubMed e Science Direct, resultando na inclusão de 12 estudos com 471 participantes ao todo. Os resultados indicam que a AF melhora a massa muscular, a capacidade funcional e os marcadores neuroprotetores. Reduzindo os níveis de neurofilamento de cadeia leve e aumentando os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro. Além disso, a AF tem efeitos anti-inflamatórios, reduzindo substâncias inflamatórias como interleucina-6 e proteína C-reativa, enquanto aumenta substâncias anti-inflamatórias como interleucina-10. No entanto, os resultados variam conforme a intensidade e a duração do exercício, além do perfil dos pacientes. Alguns estudos relataram aumento de proteínas neuroprotetoras como irisina e fator de crescimento endotelial vascular, mas os efeitos podem ser temporários. A mobilização de células Natural Killer após o exercício também foi menos eficiente em pacientes com EM, sugerindo a necessidade de abordagens personalizadas. Apesar dos benefícios evidenciados, limitações metodológicas em muitos estudos indicam a necessidade de pesquisas mais robustas. Conclui-se que a AF pode ser uma estratégia terapêutica eficaz para a gestão da EM, proporcionando benefícios físicos e neuroprotetores, embora sejam necessárias intervenções mais personalizadas e estudos futuros para otimizar essas práticas.

Palavras-chave

Inflamação, Doença autoimune, Citocinas, Neurodegeneração

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