Frequência e fatores associados aos sinais clínicos de miopatias em uma série de casos de pacientes HIV positivos internados em um centro de referência terciário em uma capital na região sul do Brasil
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Data
2019
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Martins, André Luiz Pereira
Orientador
Duarte, Edson Pillotto
Coorientador
Benevides, Maria Luiza Areal Corrêa de Sá e
Resumo
HIV, viral protein and antiretroviral drugs provoke a neuroinflammatory cascade that causes damage to neuromuscular structures. Therefore, several comorbidities arise. Among them, there is myopathy. The frequency of myopathy and the associated factors in HIV+ patients followed at Nereu Ramos Hospital, a tertiary referral center in southern Brazil were investigated. This was a census-based study with a total of 76 HIV+ patients admitted from February to August 2019, they were interviewed and submitted to a questionnaire developed by the authors, which included neurological examination, evaluation of proximal and distal strength of upper and lower limbs by dynamometers and medical records review. Myopathy was defined by clinical criteria. Demographic, clinical and strength variables were investigated. The frequency of myopathy was 10.5%, among which 25% had reported myalgia. Decreased strength in dynamometry (p=0.02 for arms; p<0.01 for thighs) and reduced circumference (p<0.01 for arms; p=0.01 for thighs) of proximal limbs were associated to myopathy. Moreover, myopathy was less frequent among males (p= 0,02; IC 95%=1-1,52; RP=1,23). The frequency of myopathy is relevant among HIV patients, and dynamometry together with proximal limbs circumference might be valuable diagnostic tools.
O HIV, a proteína viral e os medicamentos antirretrovirais provocam uma cascata neuroinflamatória capaz de degradar a estrutura neuromuscular. Consequentemente, diversas comorbidades surgem; entre elas, a miopatia. Investigou-se a frequência e os fatores associados às miopatias em pacientes HIV+ acompanhados no Hospital Nereu Ramos, centro de referência terciário em Florianópolis, Santa Catarina, no sul do Brasil. Estudo realizado em forma de censo com o total de 76 pacientes HIV+ internados de fevereiro a agosto de 2019, os quais foram submetidos a questionário desenvolvido pelos autores, exame neurológico, aferição da força dos membros por dinamômetros e tiveram seus prontuários revisados. Miopatia foi definida por critérios clínicos. Variáveis demográficas, clínicas e de força foram investigadas e relacionadas à miopatia. A frequência de miopatia foi de 10,5%, entre os quais 25% referiram mialgia. A diminuição de força em dinanometria (braços: p=0,02; coxas: p<0,01) e menor circunferência (braços: p<0,01; coxas: p=0,01) proximais se mostraram associadas à presença de miopatia. Além disso, miopatia foi menos frequente entre os pacientes do sexo masculino (p=0,02; IC 95%=1-1,52; RP=1,23). A frequência de miopatia mostrou-se considerável entre pacientes HIV+ e sugere-se que a dinamometria e a circunferência dos membros proximais possam ser ferramentas diagnósticas valiosas.
O HIV, a proteína viral e os medicamentos antirretrovirais provocam uma cascata neuroinflamatória capaz de degradar a estrutura neuromuscular. Consequentemente, diversas comorbidades surgem; entre elas, a miopatia. Investigou-se a frequência e os fatores associados às miopatias em pacientes HIV+ acompanhados no Hospital Nereu Ramos, centro de referência terciário em Florianópolis, Santa Catarina, no sul do Brasil. Estudo realizado em forma de censo com o total de 76 pacientes HIV+ internados de fevereiro a agosto de 2019, os quais foram submetidos a questionário desenvolvido pelos autores, exame neurológico, aferição da força dos membros por dinamômetros e tiveram seus prontuários revisados. Miopatia foi definida por critérios clínicos. Variáveis demográficas, clínicas e de força foram investigadas e relacionadas à miopatia. A frequência de miopatia foi de 10,5%, entre os quais 25% referiram mialgia. A diminuição de força em dinanometria (braços: p=0,02; coxas: p<0,01) e menor circunferência (braços: p<0,01; coxas: p=0,01) proximais se mostraram associadas à presença de miopatia. Além disso, miopatia foi menos frequente entre os pacientes do sexo masculino (p=0,02; IC 95%=1-1,52; RP=1,23). A frequência de miopatia mostrou-se considerável entre pacientes HIV+ e sugere-se que a dinamometria e a circunferência dos membros proximais possam ser ferramentas diagnósticas valiosas.
Palavras-chave
Miopatia, HIV, AIDS