Influência da espiritualidade/religiosidade no infarto agudo do miocárdio: gravidade e fatores associados
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Data
2018
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Silva, Luan Silva
Orientador
Moreira, Daniel Medeiros
Coorientador
Resumo
Background: religiosity/spirituality have a great influence on habits and behavior on Brazilians and some evidences indicate its effects over cardiovascular disease, especially in Acute Myocardial Infarction. Aim: to evaluate the association between religiosity and cardiovascular risk factor, severity and complication of Acute Myocardial Infarction (AMI). Method: cohort study, with 1 month follow-up, sub-analysis of Catarina Heart Study. Were evaluated 274 patients diagnosticated with first AMI and subjected to questionnaire that involve clinical, laboratorial, electrocardiographics, echocardiographics and angiographics variables. The DUREL (Duke University Religion Index) scale was used to evaluate religiosity, in which smaller scores identify greater religiosity. Results: the scores of organizational religiosity (OR) and intrinsic religiosity (IR) was significantly lower in patients with Systemic Arterial Hypertension (3 (2-4) vs 4 (2–5), p = 0,025) e (3 (3-5) vs 5 (3-8), com p<0,001), respectively. IR scores were lower in patients with dyslipidemia (3 (3-5) vs 4 (3-7), p = 0,006). High values of OR, IR and non-organizational religiosity (NOR) were found in smokers (5 (3-8) vs 3 (3-5), com p<0,001), (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001) e (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p=0,002), respectively. Alcohol users presented higher values of OR, NOR and IR (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001); (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p = 0,007); (5 (3-8) vs 4 (3-6) com p<0,001, respectively). Drug users presented higher values of NOR and IR (3 (2-5,5) vs 2 (1-3), com p = 0,043; 8 (5-11) vs 4 (3-6), com p <0,001, respectively). There was weak association between Timi Frame Count and IR (r = -0,202 e p=0,042). The incidence of unstable angina was significantly lower in more religious patients (0% vs 4%, com p=0,01). Conclusion: This article shows more evidence that religiosity/spirituality acts on Acute Myocardial Infarction, mainly intermediated in reduction of risk factors, like smoking and drug addiction, and reducing angina in the 30-days follow-up.
Fundamentos: a religiosidade/espiritualidade tem grande influência nos hábitos e costumes do brasileiro e há evidências sobre seus efeitos nas doenças cardiovasculares. Objetivos: avaliar a associação entre religiosidade e fatores de risco cardiovasculares, gravidade e complicações do infarto agudo do miocárdio (IAM). Métodos: estudo de coorte, com seguimento de 1 mês, sub-análise do Catarina Heart Study. Foram avaliados 274 pacientes diagnosticados com primeiro IAM e submetidos a questionário que envolve variáveis clínicas, laboratoriais, eletrocardiográficas, ecocardiográficas e angiográficas. Foi utilizado a escala DUREL (Duke University Religion Index) para avaliar religiosidade, na qual escores menores identificam maior religiosidade. Resultados: Os escores de religiosidade organizacional (RO) e intrínseca (RI) foram significativamente inferiores em pacientes com HAS (3 (2-4) vs 4 (2 – 5), p = 0,025) e (3 (3-5) vs 5 (3-8), com p<0,001, respectivamente). Escores de RI foram menores em portadores de dislipidemia (3 (3-5) vs 4 (3-7), p = 0,006). Maiores valores de RO, RI e Religiosidade não-organizacional (RNO) foram encontrados em tabagistas (5 (3-8) vs 3 (3-5), com p<0,001), (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001) e (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p=0,002, respectivamente). Consumidores de álcool apresentaram maiores valores de RO, RNO e RI (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001); (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p = 0,007); (5 (3-8) vs 4 (3-6) com p<0,001, respectivamente). Usuários de drogas apresentaram maiores valores de RNO e RI (3 (2-5,5) vs 2 (1-3), com p = 0,043; 8 (5-11) vs 4 (3-6), com p <0,001, respectivamente). Houve correlação fraca entre o Timi Frame Count e RI (r = -0,202 e p=0,042). A incidência de angina instável foi significativamente menor em 30 dias nos pacientes mais religiosos (0% vs 4%, com p=0,01). Conclusão: este artigo traz mais indícios que religiosidade/espiritualidade apresenta associação com redução de alguns fatores de risco, como tabagismo e drogadição, além de redução de angina no seguimento de 30 dias.
Fundamentos: a religiosidade/espiritualidade tem grande influência nos hábitos e costumes do brasileiro e há evidências sobre seus efeitos nas doenças cardiovasculares. Objetivos: avaliar a associação entre religiosidade e fatores de risco cardiovasculares, gravidade e complicações do infarto agudo do miocárdio (IAM). Métodos: estudo de coorte, com seguimento de 1 mês, sub-análise do Catarina Heart Study. Foram avaliados 274 pacientes diagnosticados com primeiro IAM e submetidos a questionário que envolve variáveis clínicas, laboratoriais, eletrocardiográficas, ecocardiográficas e angiográficas. Foi utilizado a escala DUREL (Duke University Religion Index) para avaliar religiosidade, na qual escores menores identificam maior religiosidade. Resultados: Os escores de religiosidade organizacional (RO) e intrínseca (RI) foram significativamente inferiores em pacientes com HAS (3 (2-4) vs 4 (2 – 5), p = 0,025) e (3 (3-5) vs 5 (3-8), com p<0,001, respectivamente). Escores de RI foram menores em portadores de dislipidemia (3 (3-5) vs 4 (3-7), p = 0,006). Maiores valores de RO, RI e Religiosidade não-organizacional (RNO) foram encontrados em tabagistas (5 (3-8) vs 3 (3-5), com p<0,001), (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001) e (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p=0,002, respectivamente). Consumidores de álcool apresentaram maiores valores de RO, RNO e RI (4 (3-5) vs 3 (2-4), com p<0,001); (2 (2-5) vs 2 (1-3), com p = 0,007); (5 (3-8) vs 4 (3-6) com p<0,001, respectivamente). Usuários de drogas apresentaram maiores valores de RNO e RI (3 (2-5,5) vs 2 (1-3), com p = 0,043; 8 (5-11) vs 4 (3-6), com p <0,001, respectivamente). Houve correlação fraca entre o Timi Frame Count e RI (r = -0,202 e p=0,042). A incidência de angina instável foi significativamente menor em 30 dias nos pacientes mais religiosos (0% vs 4%, com p=0,01). Conclusão: este artigo traz mais indícios que religiosidade/espiritualidade apresenta associação com redução de alguns fatores de risco, como tabagismo e drogadição, além de redução de angina no seguimento de 30 dias.
Palavras-chave
Infarto agudo do miocárdio, Espiritualidade/religiosidade, Fatores de risco