Infecção de cateter venoso central e fatores de risco em pacientes oncológicos de um hospital infantil de Florianópolis
Carregando...
Arquivos
Data
2018
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Venson, Nicoly Buratto
Orientador
Soncini, Thaise Cristina Brancher
Coorientador
Costa, Imaruí
Resumo
Central venous catheter (CVC) infection is an important complication in pediatric oncology patients, leading to higher morbidity and mortality, also increasing costs to public health,. The present study was a case-control design used to review medical records of children attending a pediatric hospital in Florianópolis who inserted CVC between 2011 and 2016 and identify the risk factors associated with this complication. We retrospectively analyzed the first inserted catheter of 43 patients who had CVC infection and 41 patients without this complication. The mean age of CVC placement in cases was 4.86 years and 6.51 years in controls (p = 0,05), the mean age for infection was 5,09 years and the mean time using CVC until infection was 104,33 days. Males inserted more CVC (62,8%) than females however there was no statistically significant difference in the development of CVC infection (OR 1,027; CI 0.423 - 2.493; p=0,953). Bacteria were responsible for 88,3% of the infections and the most prevalent was coagulase-negative Staphylococci. In this study, we found that catheterization in younger patients is associated with higher risk for infection. Type of neoplasm, gender, hospitalization, and neutrophil counts were not shown to be risk factors for catheter infection. CVC type has no impact upon the risk of infection, and more detailed studies are needed to improve the knowledge about this important complication.
Infecção de cateter venoso central (CVC) é uma importante complicação em pacientes oncológicos pediátricos, acarretando maior morbimortalidade, bem como maiores custos com tratamento e hospitalização. O presente estudo caso-controle avaliou prontuários de crianças atendidas em um hospital pediátrico de Florianópolis que inseriram CVC entre 2011 e 2016 e visou identificar quais os principais fatores de risco associados a esta complicação. Foram analisados retrospectivamente o primeiro cateter inserido de prontuários de 43 pacientes que apresentaram infecção do CVC e 41 pacientes sem este desfecho. A média de idade de colocação de CVC em casos foi de 4,86 anos e 6,51 anos em controles (p=0,05), sendo a idade média de infecção de 5,09 anos e o tempo médio em uso de CVC até a infecção foi de 104,33 dias. Pacientes do sexo masculino colocaram mais CVC (62,8%) que o sexo feminino entretanto não houve diferença estatisticamente significativa no desenvolvimento de infecção de CVC (OR 1,027; IC 0.423 - 2.493; p=0,953). Bactérias foram responsáveis por 88,3% das infecções sendo o Staphylococcus coagulase negativa a mais prevalente. Concluiu-se que a colocação de cateter em pacientes mais jovens foi fator de risco para infecção. O tipo de neoplasia, gênero, internação hospitalar, e a contagem de neutrófilos não se mostraram fatores de risco para infecção de cateter. O tipo de cateter não apresentou impacto para a presença ou não de infecção, sendo necessários estudos futuros e mais detalhados para melhorar o conhecimento acerca desta importante complicação.
Infecção de cateter venoso central (CVC) é uma importante complicação em pacientes oncológicos pediátricos, acarretando maior morbimortalidade, bem como maiores custos com tratamento e hospitalização. O presente estudo caso-controle avaliou prontuários de crianças atendidas em um hospital pediátrico de Florianópolis que inseriram CVC entre 2011 e 2016 e visou identificar quais os principais fatores de risco associados a esta complicação. Foram analisados retrospectivamente o primeiro cateter inserido de prontuários de 43 pacientes que apresentaram infecção do CVC e 41 pacientes sem este desfecho. A média de idade de colocação de CVC em casos foi de 4,86 anos e 6,51 anos em controles (p=0,05), sendo a idade média de infecção de 5,09 anos e o tempo médio em uso de CVC até a infecção foi de 104,33 dias. Pacientes do sexo masculino colocaram mais CVC (62,8%) que o sexo feminino entretanto não houve diferença estatisticamente significativa no desenvolvimento de infecção de CVC (OR 1,027; IC 0.423 - 2.493; p=0,953). Bactérias foram responsáveis por 88,3% das infecções sendo o Staphylococcus coagulase negativa a mais prevalente. Concluiu-se que a colocação de cateter em pacientes mais jovens foi fator de risco para infecção. O tipo de neoplasia, gênero, internação hospitalar, e a contagem de neutrófilos não se mostraram fatores de risco para infecção de cateter. O tipo de cateter não apresentou impacto para a presença ou não de infecção, sendo necessários estudos futuros e mais detalhados para melhorar o conhecimento acerca desta importante complicação.
Palavras-chave
Infecção de corrente sanguínea, Cateterismo venoso central, PICC, Oncologia pediátrica, Fatores de risco