Características do infarto agudo do miocárdio em pacientes jovens

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Data

2020

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Martins, Guilherme Silveira
Petkow, Monique Cristine
Ferreira, Manuella Bernardo
Silva, Roberto Leo da
Fattah, Tammuz
Felippe, André Santos

Orientador

Moreira, Daniel Medeiros

Coorientador

Resumo

Background: The incidence of Acute Myocardial Infarction (AMI) in young people has grown in the last decade and few studies have been carried out with an emphasis on this population. Objective: To assess the severity profile of very young (<30 years old) and young (<40 years old) patients, relating risk factors and coronary lesions. Method: Cohort with 712 patients from 08/2016 to 02/2020 admitted with first AMI in hospitals in the Florianópolis metropolitan area. Risk factors, Syntax Score, TIMI Frame Count, left ventricular ejection fraction (LVEF), delta-t and door-to-balloon time were evaluated. Values of P<0.05 were considered significant. Result: Systemic arterial hypertension (SAH) had a lower prevalence in very young patients (0% vs. 58.7%)(p=0.012) and in young patients (26.1% vs. 59.3%)(p=0.002). There was a higher prevalence of alcohol use in the very young (80% vs. 33.3%)(p=0.046) and drug addiction, with the very young (40% vs. 3.3%)(p = 0.046) and the young (21.7% vs. 2.9%)(p=0.011). All had more STEMI - the total being in the very young group (100% vs. 48.8%)(p=0.028). Young group had a higher odds ratio for left ventricular dysfunction after AMI (OR=4.24)(p=0.026), a lower odds ratio for worse coronary reperfusion after angioplasty (OR=0.135)(p=0,063) and no difference in terms of prolonged delta-t and door-to-balloon time. Conclusion: Young people have a lower prevalence of SAH and a higher prevalence of drug and alcohol abuse. Most of them had STEMI and had a higher odds ratio of left ventricular dysfunction, despite a greater coronary flow after angioplasty. There was no difference regarding delta-t and door-to-balloon time.
Justificativa: A incidência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em jovens cresceu na última década e poucos estudos foram efetuados com ênfase nessa população. Objetivo: Avaliar o perfil de gravidade de pacientes muito jovens (<30 anos) e jovens (<40 anos) relacionando fatores de risco e lesões coronarianas. Método: Coorte que avaliou 712 pacientes de 08/2016 a 02/2020 hospitalizados por primeiro IAM na Grande Florianópolis. Foram avaliados fatores de risco, escore Syntax, TIMI Frame Count, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, delta-t e tempo porta-balão. Foram considerados significativos valores de P<0,05. Resultado: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) teve menor prevalência em pacientes muito jovens (0% vs. 58,7%) (p=0,012) e em jovens (26,1% vs. 59,3%)(p=0,002). Houve maior prevalência de uso de álcool nos muito jovens (80% vs. 33,3%)(p=0,046) e drogadição, sendo nos muito jovens (40% vs. 3,3%)(p=0,046) e nos jovens (21,7% vs. 2,9%) (p=0,011). Ambos tiveram mais IAM com supradesnível de ST (IAMCSST) – sendo a totalidade no grupo dos muito jovens (100% vs. 48,8%)(p=0,028). Jovens tiveram uma maior razão de chances de disfunção ventricular esquerda pós IAM (OR=4,24)(p=0,026), uma menor razão de chances para uma pior reperfusão coronariana pós angioplastia (OR=0,135)(p=0,063) e não obtiveram diferença significativa quanto ao delta-t prolongado (OR=0,72)(p=0,547) e tempo porta-balão prolongado (OR=0,86)(p=0,776). Conclusão: Jovens têm menor prevalência de HAS e maior de uso de drogas e álcool. Em sua maioria apresentaram IAMCSST e maior razão de chances de disfunção ventricular esquerda, apesar de um maior fluxo coronariano pós angioplastia. Sem diferença quanto ao delta-t e tempo porta-balão.

Palavras-chave

Infarto agudo do miocárdio, Adulto jovem, Drogas Ilícitas, Fatores de risco, Infarto do miocárdio com supradesnível do segmento ST

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