Avaliação intra-hospitalar da prevalência de alterações cognitivas em pacientes HIV positivos e fatores associados

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Data
2019
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Duarte, Eric Andrius Coelho
Orientador
Duarte, Edson Pillotto
Coorientador
Benevides, Maria Luiza Areal Corrêa de Sá e
Resumo
Background: HIV infection affects various organs and systems, especially the Central Nervous System. Among the main neurological manifestations, there is HIV Associated Neurocognitive Disorders (HAND). In this study, we investigate the prevalence of neurocognitive impairment and associated factors. Setting: Observational cross-sectional study was conducted from February to August 2019 at Nereu Ramos Hospital (HNR), a tertiary referral center, in Florianópolis, Santa Catarina, in southern Brazil. Methods: A total of 83 patients were interviewed, submitted to neuropsychological instruments and had their records reviewed. Neurocognitive impairment was defined by International HIV Dementia Scale (IHDS) ≤10 and associated to sociodemographic and clinical data. Results: The prevalence of cognitive impairment in HIV patients was 74.7%. The population consisted of 53% men, with a mean time of diagnosis of 11.94 years and time of treatment of 7.51 years. Lower education level (p = 0.01) and female gender (p = 0.01) have been associated with neurocognitive impairment. Conclusion: The prevalence of neurocognitive impairment in HIV patients was high, especially in patients with lower education and women, suggesting that those patients should be screened more frequently for HAND. In addition, the use of different neuropsychological tools might contribute to future studies.
Introdução: A infecção pelo HIV afeta diversos sistemas do organismo, especialmente o sistema nervoso central. Entre as principais manifestações neurológicas, estão as alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HIV Associated Neurocognitive Disorders; HAND). Neste estudo investigou-se a prevalência de alterações neurocognitivas e os fatores associados. Contexto: Estudo observacional do tipo transversal realizado no período de fevereiro a agosto de 2019, no Hospital Nereu Ramos (HNR), em Florianópolis, Santa Catarina, no sul do Brasil. Métodos: O total de 83 pacientes foram entrevistados, submetidos a instrumentos neuropsicológicos e tiveram seus dados de prontuários revisados. Alteração neurocognitiva foi definida por pontuação na Escala Internacional de Demência do HIV (IHDS) ≤10 e sua presença foi relacionada aos dados sociodemográficos e clínicos dos pacientes. Resultados: A prevalência de alterações cognitivas em HIV positivos foi de 74,7%. A população foi composta por 53% homens, com média de tempo de diagnóstico de 11,94 anos e em tratamento há 7,51 anos. Menor tempo de escolaridade (p=0,01) e sexo feminino (p=0,01) mostraram-se associados à presença de alterações neurocognitivas. Conclusão: A prevalência de alterações neurocognitivas em pacientes HIV positivos mostrou-se elevada, especialmente em pacientes com menor escolaridade e mulheres, o que sugere que esses pacientes devam ser rastreados com maior frequência para HAND. Além disso, o uso de diferentes ferramentas neuropsicológicas podem contribuir para estudos futuros.

Palavras-chave
HIV, Cognição, Demência, Avaliação neuropsicológica, IHDS
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