A INTERPRETAÇÃO DO CONHECIMENTO BIOLÓGICO E A ESCOLA COMO FERRAMENTAS TRANSFÓBICAS: fatores que impedem a TRANS-formação da realidade de corpos dissidentes no espaço escolar.

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Data

2021-12-10

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Biológicas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Gonçalves, Edinando Neto

Orientador

Queissada, Daniel Delgado

Coorientador

Resumo

A transfobia está enraizada no espaço educacional e acaba sendo validada diariamente, dificultando a permanência de corpos dissidentes nesse ambiente. A interpretação do conhecimento biológico é outra ferramenta que auxilia nesse processo, sendo utilizada para julgar os corpos como normais ou patológicos. O objetivo central deste trabalho é analisar o emprego inadequado de conhecimentos biológicos para sustentar discursos transfóbicos dentro das escolas e conhecer as consequências geradas por um ensino excludente. Além de, buscar identificar alternativas para tornar esse ambiente mais inclusivo e aberto à diversidade. A metodologia utilizada no trabalho foi a Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS), focando em trabalhos publicados nos últimos 10 anos. Identificou-se que os conhecimentos biológicos são empregados como uma maneira de categorizar corpos trans, impondo o que devem fazer e quais locais devem frequentar. No espaço escolar, a infraestrutura é planejada para atender apenas as pessoas cisgêneros. Isso pode ser percebido em atitudes simples, como a recusa em reconhecer as pessoas trans/trav pelo nome social e o impedimento do uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero. A falta de preparo dos docentes e da gestão para lidar com a temática, e a ausência do debate de gênero no currículo escolar e em documentos educacionais, como a BNCC e o PNE sustentam a transfobia. Nesse contexto, os alunos cis desenvolvem certa repulsa pelos alunos trans/trav, excluindo-os do convívio social e educacional. Percebe-se a necessidade de incluir essa temática nos documentos educacionais, para que estes possam ser debatidos nas escolas. Além disso, a capacitação da gestão pedagógica, a formação continuada dos docentes e a inclusão do tema nos cursos de graduação são aspectos importantes para que possam trabalhá-lo corretamente com os alunos.

Palavras-chave

Educação, Transfobia, Biologia, Debate de gênero, Inclusão

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