O menino e o mundo: possibilidades de infância e de voz não-fonocêntrica no cinema
Carregando...
Arquivos
Data
2020
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Linguística, Letras e Artes
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Bubniak, Fabiana Paula
Orientador
Juliano, Dilma Beatriz Rocha
Coorientador
Resumo
This thesis discusses the existence of a non-phonocentric dimension of voice in cinema named neotenic voice from the animated film Boy and the World (2014) by Alê Abreu. This voice emerges when meaning (logos) and materiality (phoné) are transcended. It is in a gap between language and discourse: it’s the place of language’s infancy. Before defining this dimension of voice, a brief history of voice in cinema based on technologies and their influence on the actors performance is necessary. Voice and language studies by authors such as Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Mladen Dolar, Jacques Lacan, Steven Connor and Jonathan Rée are also discussed. The voice treatment in the film and its relations with technique, narrative and the film’s social and political context, leads to the rejection of the three prejudices pointed out by Jacques Derrida: phonocentrism, logocentrism and ethnocentrism.
Esta tese discute a existência de uma dimensão não-fonocêntrica da voz no cinema nomeada de voz neotênica a partir do filme de animação O Menino e o Mundo (2014) de Alê Abreu. Essa voz emerge quando se transcende o sentido (logos) e a materialidade (phoné). Ela está num hiato entre a língua e o discurso: o lugar da infância da linguagem. Antes de definir essa dimensão da voz se faz necessário um breve histórico da voz no cinema a partir das tecnologias e sua influência na performance dos atores. São discutidos também estudos da voz e da linguagem realizados por autores como Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Mladen Dolar, Jacques Lacan, Steven Connor e Jonathan Rée. O tratamento da voz no filme e suas relações com a técnica, a narrativa e o contexto social e político da obra, levam à rejeição dos três preconceitos apontados por Jacques Derrida: fonocentrismo, logocentrismo e etnocentrismo.
Esta tese discute a existência de uma dimensão não-fonocêntrica da voz no cinema nomeada de voz neotênica a partir do filme de animação O Menino e o Mundo (2014) de Alê Abreu. Essa voz emerge quando se transcende o sentido (logos) e a materialidade (phoné). Ela está num hiato entre a língua e o discurso: o lugar da infância da linguagem. Antes de definir essa dimensão da voz se faz necessário um breve histórico da voz no cinema a partir das tecnologias e sua influência na performance dos atores. São discutidos também estudos da voz e da linguagem realizados por autores como Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Mladen Dolar, Jacques Lacan, Steven Connor e Jonathan Rée. O tratamento da voz no filme e suas relações com a técnica, a narrativa e o contexto social e político da obra, levam à rejeição dos três preconceitos apontados por Jacques Derrida: fonocentrismo, logocentrismo e etnocentrismo.
Palavras-chave
O Menino e o mundo, Cinema, Voz, Infância, Fonocentrismo