Literatura infantil homoafetiva e não-sexista: da submissão à subversão da mulher para a produção de memória e formação de subjetividades
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Data
2021
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Linguística, Letras e Artes
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Machado, Marlos José Lima
Orientador
Souza, Ramayana Lira de
Coorientador
Resumo
Os processos de produção de subjetividades dominantes, ou subversivos, tem à sua disposição a família, a escola e a literatura infantil como seus principais produtores de memória à formação da consciência. As obras de temática homoafetiva masculinas, femininas e não-sexistas apesar de ajudarem direta ou indiretamente no combate à violência contra a mulher e contra o feminino, podem paralelamente, reproduzir estereótipos que diminuem a potência de agir, pensar e existir de ambos, pois nenhuma forma de comunicação está livre de reproduzir ideias sexistas, machistas e misóginas. Este estudo de abordagem bibliográfica e qualitativa teve como objetivo analisar elementos literários e imagéticos em obras infantis não-sexistas e de temática homoafetiva masculina e feminina para verificar como esses construtos são apresentados nessas obras, bem como os mesmos podem ser capazes de perpetuar, criar ou subverter memórias heteronormativas tão presentes na nossa sociedade, afetando sobremaneira a formação da consciência e o devir dos sujeitos desde crianças. Constatou-se que há diferença na produção de imagens da mulher e do feminino em obras de temática homoafetiva masculina e não-sexistas com as de temática homoafetiva feminina, pois, enquanto as primeiras insistem em
perpetuar estereótipos preconceituosos em relação a mulher e ao feminino, as segundas evitam que o corpo da mulher, representado na narrativa, seja marginalizado.
Palavras-chave
Literatura infantil, Feminino, Subversão, Homoafetividade Memória, Subjetividade