Fatores associados a gravidade na pancreatite aguda

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Data

2019

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Bertoli, Pedro Henrique

Orientador

Costa, Marianges Zadrozny Gouvêa da

Coorientador

Resumo

Background: The revised Atlanta classification is used to stratify acute pancreatitis (AP) into mild, moderate or severe, based on parameters that evaluate organ failure and local and/or systemic complications. Conclusions regarding risk factors for the evolution of severe AP are insufficient. Objective: Identify factors associated with severity in AP. Method: This is an observational, case-control study, conducted in a private hospital in Florianópolis (SC), with a sample of 120 patients with diagnosis of AP. Data collection was through medical records. Variables with p<0,2 were included in the regression models. Crude and adjusted logistic regression models were performed, estimating the Odds Ratio (OR) and its respective confidence intervals of 95%. In the adjusted model, variables with significant results in the gross regression were inserted. The significance level adopted in the analyzes was 5%. The present study complies with the bioethical principles determined by National Health Council Resolution 466/12. Results: The sample was composed mostly of male patients (51.7%) and aged between 18 and 55 years (59, 2%). Regarding clinical characteristics, most patients had biliary pancreatitis (41.7%), body-mass index less than 30 (51.7%), amylase (60.8%) and lipase (85.0%) increased above 3 times the normal upper limit, C-reactive protein greater than 150 mg / l (75.0%) and hematocrit lower than 44% (65.8%). Most patients had no comorbidities. Age greater than 75 years (OR: 5.10; 95% CI: 1.55-16.79), Obesity (OR: 2.30; 95% CI: 1.02- 5.17), C-reactive protein greater than 150 mg / l (OR: 8.10; 95% CI: 1.81-36.22), diabetes mellitus (OR: 4.41; 95% CI: 1.85-10.48), hematocrit greater than 44% (OR: 5.88; 95% CI: 2.50-1.82), fasting time greater than 48 hours (OR: 3.27; 95% CI: 1.32-8.09) and length of stay greater than 7 hours days (OR: 40.36; 95% CI: 12.92-126.09) increased the chance of presenting moderate/severe pancreatitis. Conclusions: Serum C-reactive protein, hematocrit, diabetes mellitus and obesity were important risk factors for worse severity of AP. Within the initial management, food reintroduction in less than 48 hours proved to be a protective factor to avoid severe cases.
Contexto: A classificação de Atlanta revisada é utilizada para estratificar a pancreatite aguda (PA), dividindo-a em leve, moderada ou grave, baseando-se em parâmetros que avaliam falência orgânica e complicações locais e/ou sistêmicas. São insuficientes as conclusões a respeito de fatores de risco para a evolução de quadros graves da PA. Objetivo: Identificar os fatores associados a gravidade na PA. Método: Trata-se de um estudo observacional, tipo caso- controle, realizado em hospital privado, em Florianópolis (SC), com amostra de 120 pacientes, com diagnóstico de PA. A coleta de dados se deu por meio de prontuários. As variáveis que apresentaram valor de p<0,2 foram inseridas nos modelos de regressão. Modelos de regressão logísticas brutas e ajustadas foram realizados, estimando-se o Odds Ratio (OR) e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. No modelo ajustado foram inseridas as variáveis com resultado significativo na regressão bruta. O nível de significância adotado nas análises foi de 5%. O presente estudo atende aos princípios bioéticos determinados pela resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por pacientes do sexo masculino (51,7%) e com idade entre 18 e 55 anos (59,2%). Em relação às características clínicas, a maioria dos pacientes apresentava pancreatite de etiologia biliar (41,7%), índice de massa corporal menor que 30 (51,7%), amilase (60,8%) e lípase (85,0%) aumentadas acima de 3 vezes o limite superior normal, proteína C reativa maior que 150 mg/l (75,0%) e hematócrito menor que 44% (65,8%). A maioria dos pacientes não apresentava comorbidades. A idade maior que 75 anos (OR: 5,10; IC95%: 1,55-16,79), obesidade (OR: 2,30; IC95%: 1,02-5,17), proteína C reativa maior que 150 mg/l (OR: 8,10; IC95%: 1,81- 36,22), diabetes mellitus (OR: 4,41; IC95%: 1,85-10,48), hematócrito maior que 44% (OR: 5,88; IC95%: 2,50-13,82), tempo de jejum maior que 48 horas (OR: 3,27; IC95%: 1,32-8,09) e tempo de internação maior que 7 dias (OR: 40,36; IC95%: 12,92-126,09) elevaram a chance de apresentar pancreatite moderada/grave. Conclusões: Os valores séricos de proteína C reativa, hematócrito, diabetes mellitus e obesidade se mostraram importantes fatores de risco para quadros com pior gravidade de PA. Dentro do manejo inicial, a reintrodução alimentar em menos de 48 horas se mostrou um fator protetivo para evitar casos mais graves.

Palavras-chave

Pancreatite, Índice de gravidade de doença, Doença aguda

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