A herança digital sob a ótica do direito sucessório brasileiro: aspectos relevantes sobre a transmissão de bens virtuais e proteção da privacidade do de cujus

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Data

2023-06-28

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Passos, Igor da Silva
Silva, Raquel Souza Costa

Orientador

Machado, Carlos Alberto Novaes

Coorientador

Resumo

Hoje, com o uso inexorável de novas tecnologias, principalmente depois do surgimento e da onipresença da internet, o mundo não é mais o mesmo, e as pessoas estão mais conectadas do que nunca; gerando assim uma revolução social. Nessa nova cultura da vida cibernética, situações nunca antes vivenciadas acabam gerando diversas questões jurídicas, por exemplo, o que fazer com os conteúdos criados, comprados e armazenados na internet? Rastros da existência online estão por todos os cantos já que a maioria das pessoas vivem na grande rede, modernizando cada vez mais seus aparelhos eletrônicos e acumulando milhares de informações como senhas de e-mail, dados pessoais em redes sociais e seus perfis, filmes, músicas, jogos adquiridos em formato digital, avatares do multiverso online e para além, sites dotados de valor econômico e blogs de sucessos, são todos chamados de ativos digitais. Diante dessas novas realidades, a questão da transferência post mortem de ativos digitais surge na ausência de declaração do falecido, confrontando a questão do direito à privacidade do mesmo. O presente trabalho busca analisar se é possível realizar transferências póstumas de bens digitais sem declaração de última vontade no testamento do falecido, e se a resposta for sim, como fazer para que tal situação não viole os direitos de privacidade do de cujus? Para deliberar sobre este problema, primeiro foi resolvida a coexistência dos direitos de personalidade do falecido e dos herdeiros, retomando ligeiramente o desenvolvimento da internet, desde o ciberespaço para a cibersociedade. Em seguida, examina-se o patrimônio digital e os ativos digitais que o compõem, a autorregulação e os projetos de lei em tramitação pelo legislativo federal, discutindo-se então o direito digital conceituado e contextualizado. Considerando a principal alternativa, a chamada herança digital envolve a transferência dos bens digitais do falecido para seus sucessores como espólios. O presente trabalho analisa os efeitos jurídicos dessa nova forma de transmissão de bens como questão principal, procurando determinar como a atual legislação civil brasileira a protege, ou se é necessário incluir dispositivos legais específicos sobre o assunto no Código Civil Brasileiro. Para tanto, o estudo foi realizado por meio de método comparativo, validando o tema a partir das suas diferenças e semelhanças, considerando para tanto, a possibilidade de transferência de bens digitais sem prévia declaração de cujus, e a proteção à privacidade do falecido e de terceiros. Por sua vez, o método de abordagem é o histórico. Trataremos, portanto, primeiramente, a respeito dos direitos de personalidade da pessoa natural, e como eles passam a ser tutelados após o falecimento, logo em seguida uma breve introdução ao direito sucessório. Será possível visualizar também, uma breve revisão histórica das novas tecnologias da informação e como elas transformaram a sociedade. Além de analisar as implicações jurídicas de alguns projetos de lei em tramitação no Brasil, a respeito do assunto

Palavras-chave

Herança digital, Ativos digitais, Sucessão, Privacidade

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