Nutrição
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Navegando Nutrição por Autor "Barbosa, Palloma Bezerra Cortez"
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Artigo Científico Acesso aberto Interseccionalidades no âmbito do estado nutricional de adolescentes em vulnerabilidade social do Brasil.(2023-12) MACHADO, Lorena Capistrano da Cruz; NUNES, Sayonara Taveira; Barbosa, Palloma Bezerra CortezIntrodução: A interseccionalidade no contexto de insegurança alimentar e nutricional, considerando grupos socioeconomicamente vulneráveis segundo gênero e cor/raça, parece se relacionar diretamente às maiores prevalências de desvios de estado nutricional entre adolescentes brasileiros. Para reconhecer essa realidade, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) permite o monitoramento de dados antropométricos dos usuários da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde e em programas de transferência de renda de todas as fases da vida. Objetivo: Estimar as prevalências de déficit de estatura, de excesso de peso e de magreza entre adolescentes brasileiros participantes de programas de transferência de renda segundo critérios de sexo e cor/raça em 2022. Métodos: Tratou-se de um estudo ecológico descritivo, realizado a partir de dados secundários registrados no SISVAN no ano de 2022. A avaliação antropométrica foi realizada a partir dos indicadores estatura por idade e índice de massa corporal por idade. Resultados: Observou-se maior prevalência de déficit estatural em adolescentes indígenas de gênero feminino (26,42%) e masculino (22,42%), apresentando menor prevalência em meninos brancos (9,62%). Com relação às prevalências de obesidade, as meninas brancas apresentaram maior predominância (10,8%), em detrimento das meninas indígenas que obtiveram o menor percentual (7,4%). Em contrapartida, a magreza foi mais prevalente entre meninos brancos (4,9%) e menor, entre meninas indígenas (2,2%). Conclusão: Verificou-se importante diferenças interseccionais no estado nutricional entre adolescentes. Nesse sentido, o déficit de estatura associou-se à população indígena, a obesidade às adolescentes brancas e a magreza, aos adolescentes brancos. Com isso, constata-se que a população indígena deve ser foco de ações para reversão da desnutrição crônica, e as meninas brancas para a prevenção e o tratamento da obesidade. Isso reforça a necessidade da continuidade do monitoramento do estado nutricional e da realização de ações de enfrentamento para o cenário encontrado.