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Dissertação Acesso aberto A Mancha no Design e a (in)visibilidade da produção negra na Idade “Mídia”(2024-04) Oliveira, Jean Carlos deNo contexto das discussões contemporâneas sobre educação decolonial, intercultural e antirracista, amplamente debatidas nos últimos anos no Brasil e na América Latina, esta pesquisa visa analisar os processos de invisibilidade da produção negra na formação de designers brasileiros. A partir da noção da mancha indelével da cor, o estudo desenvolve o conceito de "Mancha no Design" para evidenciar como as práticas de design e o racismo algorítmico, uma forma contemporânea de racismo nas redes sociais e plataformas digitais, tem impedido essa produção de ser reconhecida e valorizada. Além disso, a pesquisa analisa três iniciativas que utilizam as mídias digitais e as redes sociais como formas de resistência a esses padrões excludentes.Dissertação Acesso aberto Ações educativas e suas relações com o design expositivo na Casa Museu Ema Klabin(2023-09) ALVES, CristianeResumo A Casa Museu Ema Klabin, antiga residência da colecionadora Ema Gordon Klabin, reúne uma coleção diversificada com objetos catalogados em diferentes tipologias, exibidos em ambientes preservados a partir de um registro de casa, conforme a proposta curatorial da instituição. Nesse contexto, a pesquisa buscou identificar o sistema expositivo que se materializa nas formas de organizar e expor dessa casa museu, orientando a construção de discursos e uma dada natureza de experiência expositiva, examinada por meio de suas ações educativas. Utilizando metodologia de base teórica, fundamentou-se em autores do campo do design e apresentou como estudo de caso a exposição Mesa (ex)posta, mostra de maior regularidade da instituição (realizada desde 2007), em sua edição de setembro a dezembro de 2016. A compreensão desse espaço museológico a partir da perspectiva da cultura material e as articulações que emergem do design expositivo demonstram a relevância desse objeto de estudo para o campo do design. As formas de organizar e expor evidenciam a não neutralidade das exposições, levando-nos a investigar como a abordagem educacional opera por meio de princípios teóricos e práticos enfeixados pela mediação cultural a fim de estimular a criação de espaços de reflexão crítica, contribuindo para a construção de contranarrativas que se manifestam a partir do design expositivo.Dissertação Acesso aberto Design na encruzilhada: o Afrofuturismo enquanto sugestão de um design de futuro(2023-03) NUNES, Cynthia Maria RochaEste trabalho tem por objetivo realizar o cruzo entre a concepção de Afrofuturismo e o design, buscando estabelecer uma base de análise para esta aproximação, tanto para a presente pesquisa quanto para pesquisas futuras. Para tanto, partiu-se da perspectiva da descolonialidade, com o intuito de manter duas ideias antagônicas em interação. Para isso, primeiramente, foi realizado um apanhado teórico do campo do design, entendendo a disciplina enquanto limitadora e possibilitadora dos caminhos a serem seguidos. O design aparece, portanto, como uma prática amplamente difundida, popular e partícipe da capacidade de projetar dos seres humanos. Neste sentido, a Encruzilhada, lugar de pertença do orixá iorubano Exu, aparece enquanto encadeamento entre a descolonização e o design, colidindo a visão que parte de uma perspectiva religiosa, por vezes entendida como mundana, com as concepções eurocentradas. O design, portanto, estaria no território de Exu. Num segundo momento, realizou-se uma exposição do objeto de estudo, o Afrofuturismo, primeiro como antítese do Futurismo, de matriz colonial, e segundo como princípio organizativo para a elaboração de diferentes futuros aos sujeitos afrodiaspóricos, com o intuito de fazê-lo encontrar-se com o design na Encruzilhada. Na terceira parte, apresentou-se o método de análise desenvolvido para a investigação de imagens afrofuturistas, embasado na retomada da memória, tradição e modernidade e a análise de elementos gráficos, culminando num estudo de caso de Karina Duarte (Deskdearte). Desta forma, o cruzo aparece enquanto um mecanismo fulcral para atravessar a perspectiva colonial do design, permitindo que elementos antagônicos encontrem-se e formem o novo, que também é constituído do ancestral, daquilo que já existe. Conclui-se, portanto, que o Afrofuturismo é uma manifestação do cruzo, e que as representações de futuro nele contidas constituem o reverberar sobre o futuro dos que foram apagados pela história. Os artefatos afrofuturistas representam, consequentemente, um processo de humanização dos indivíduos afrodiaspóricos, que representam-se a apresentam-se ao mundo a partir de seus futuros imaginados, mas imanentes.Dissertação Acesso aberto Ecos marxistas na obra do Grupo Dziga Vertov: atrações, ideologia, distanciamento e desvio(2023-10) Bronzeri, MuriloO Grupo Dziga Vertov foi um coletivo de cineastas criado, em 1968, por Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, e que se dissolveu em 1972. O coletivo também surge logo após os eventos do Maio de 68 na França. Os filmes do Grupo Dziga Vertov tiveram muitos temas políticos que dialogavam com a esquerda francesa da época. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a filmografia do Grupo Dziga Vertov e encontrar “ecos”, ou seja, rastros, vestígios, de elementos marxistas em tais filmes. O corpus da pesquisa inclui quatro filmes do grupo: Sons britânicos, Lutas na Itália, Tudo vai bem, e Aqui e acolá, questionando-os a partir da “montagem de atrações” de Eisenstein (1988); o ensaio Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado, de Louis Althusser (1980); o “distanciamento” de Bertolt Brecht (1978); e o “desvio” de Guy Debord (1956). Para tanto, o trabalho divide-se em duas partes: um mapeamento bibliográfico conceitual e de contextualização histórica, seguido pela análise da filmografia, que se inspira na proposta de Manuela Penafria (2009). Mesmo que o Grupo Dziga Vertov já tenha sido estudado por outros autores, estudá-lo continua sendo uma oportunidade de colaborar com os estudos já existentes sobre o grupo. Além disso, os filmes do Grupo Dziga Vertov são obras que demoraram para chegar ao Brasil, já que foram exibidos pela primeira vez em 2005, e esse estudo pode inspirar cineastas a explorarem novas formas de expressão e fomentar discussões em torno de filmes sobre a realidade brasileira.Dissertação Acesso aberto Hospitalidade em Viagens de Incentivo(2023-04-13) Librach Buckup, EduardoEste estudo foi proposto para investigar os benefícios da hospitalidade no segmento de mobilidade corporativa, especificamente no mercado de viagens de incentivo. Apresenta o resultado de uma pesquisa empírica, exploratória e explicativa pelo método misto, feita em três etapas com base nos conceitos Emic-Etic-Emic. O problema da pesquisa proposto foi compreender a importância da hospitalidade entre stakeholders envolvidos em mobilidade corporativa para alcançar um diferencial competitivo em viagens de incentivo. As proposições (P) da investigação foram: (P1) a hospitalidade exercida para stakeholders é importante ao criar fortes laços comerciais e vantagens competitivas no setor; (P2) a cultura da hospitalidade e os componentes do experienscape oferecidos em viagens de incentivo são fundamentais para criar experiências diferenciadas; e (P3) a meta-hospitalidade, quando alcançada em uma viagem de incentivo, se torna um diferencial aos premiados e cliente, garantindo o sucesso da viagem. Para elaboração e desenvolvimento deste estudo, foram apresentados conceitos gerais e outros específicos de hospitalidade, mobilidade corporativa, stakeholders, competitividade e viagens de incentivo por autores renomados em suas áreas de estudo. O instrumento de coleta de dados da pesquisa de campo foi organizado por meio de entrevistas em profundidade com gestores da área, membro de associações e sócios de agências do setor de viagens de incentivo; uma survey feita por meio de questionário estruturado com premiados/participantes dessas viagens e, por fim, um estudo de casos múltiplos por meio da observação participante do autor em três viagens (1. Brasil - Foz do Iguaçu, 2. Alemanha – Munique, Berlim e Áustria – Innsbruck e 3. Jamaica – Montego Bay). Os principais resultados encontrados foram que a hospitalidade é importante ao criar fortes laços comerciais e vantagens competitivas no setor, os componentes do experienscape são fundamentais nas viagens e a meta-hospitalidade é possível ser alcançada durante os incentivos. Inclusive existe uma relação interessante das teorias de experienscape e a meta-hospitalidade, que se entrelaçam e são complementares nas viagens de incentivo.Dissertação Acesso aberto Pombagiras na Encruzilhada: incorporação, design de aparência e desobediência de gênero(2023-03) SANTOS, Gustavo Rocha e SilvaEsta pesquisa cruza estudos relacionados ao corpo, gênero e design de aparência focando na Pombagira, entidade das religiões afro-brasileiras Umbanda e Candomblé. A metodologia inclui revisão teórica que perpassa linhas de abordagem relativas ao corpo, às perspectivas de gênero, à composição da aparência e às práticas de incorporação. Além desta tomada, também foi praticado o método do “pesquisador cambono” proposto por Simas e Rufino (2019), caracterizado pela observação e participação no campo de pesquisa. Por meio dessas estratégias, algumas das dinâmicas do corpo no terreiro foram vivenciadas no Centro Espírita Pai Tupiara de Umbanda Afro-Brasileira, localizado em Santos (SP), onde foram realizados entrevistas e registros fotográficos das Pombagiras. O percurso é iniciado com uma abordagem sobre o corpo, com recortes relativos ao gênero e à aparência, para encaminhar questões sobre as dinâmicas identitárias e expressividades de gênero contra-hegemônicas. Por meio de percurso histórico e apresentação sobre algumas das práticas ritualísticas de terreiros, observam-se aspectos das relações entre corpo e gênero na Umbanda. Nos espaços sagrados da religião, o corpo é cruzado pelo fenômeno do transe de incorporação, caracterizado pela alternância de consciência, bem como pela expressividade corporal e pela aparência correspondentes à entidade incorporada. Nos momentos de transe, os corpos se reconstroem com gestualidades, vestimentas, maquiagens e acessórios, entre outros elementos que integram sua aparência, ora reiterando, ora desobedecendo aos princípios da heteronormatividade que delineiam figuras masculinas ou femininas. Na incorporação da Pombagira, algumas desobediências se manifestam, pois estas entidades se expressam como mulheres ao mesmo tempo em que aspectos sociais associados às masculinidades são incorporados. Neste contexto, considera-se que o corpo em transe, tornado Pombagira, contraria noções hegemônicas de gênero e as colocam na encruzilhada entre padrões pré-estabelecidos, subversão, expressividade e criação.Dissertação Acesso fechado Selfie museum e espaços instagramáveis: design de ambientes para o meio digital(2023-09) SAGRILLO, Isabela CovreEsta dissertação aborda o estudo dos ambientes conhecidos como instagramáveis, que são espaços projetados com o objetivo de atrair e cativar a atenção das pessoas para a produção de conteúdo nas redes sociais, principalmente no Instagram. O trabalho se justifica pela falta de uma base acadêmica dedicada à compreensão desses ambientes sob uma perspectiva mercadológica. Para desenvolver esse tema, inicialmente é apresentado um contexto histórico sobre o autorretrato e sua evolução ao longo do tempo, acompanhando o surgimento e aprimoramento das tecnologias de imagem, especialmente em relação às selfies. Além disso, é feita uma análise da cultura da exposição pessoal por meio das selfies e do fenômeno "aqui e agora", impulsionado pelas possibilidades da internet. Um ponto central da dissertação é a introdução do conceito de selfie museum, um espaço projetado exclusivamente para a produção de conteúdo destinado à internet, visto no decorrer da pesquisa que não necessariamente ao compartilhamento de selfies nas redes sociais. Esses espaços apresentam diversos ambientes elaborados com a intenção específica de serem instagramáveis, ou seja, de proporcionarem cenários visualmente atrativos e estimulantes para as fotos compartilhadas. Posteriormente, é proposta uma taxonomia que enumera e descreve as principais características de design que contribuem para a formação do conceito de ambiente instagramável. Para a análise dessas características, foram escolhidos como objeto de estudo os selfie museums, devido à sua conexão direta com o tema em questão. Por fim, a pesquisa se encaminha para um levantamento técnico que visa investigar os selfie museums existentes no Brasil, com o intuito de analisar a adequação desses ambientes ao contexto do Design. Essa análise visa compreender como os espaços são concebidos e projetados para serem atrativos para o público, estimulando o compartilhamento de conteúdo nas redes sociais. Em resumo, esta dissertação preenche uma lacuna na pesquisa acadêmica ao explorar os ambientes instagramáveis e os selfie museums sob uma perspectiva mercadológica, contextualizando-os historicamente e examinando suas características de design. Ao fazer isso, busca-se compreender como esses espaços se conectam com a cultura da exposição pessoal nas redes sociais e como o Design pode ser aplicado para aprimorar a experiência dos usuários nesses ambientes digitais.Dissertação Acesso aberto Sol, praia, badalação e filmes : o envolvimento do Instituto Nacional do Cinema com os festivais de cinema a partir de um estudo de caso dos eventos da Baixada Santista (1970-1974)(2021-08) Corrêa, Paulo Vitor LuzEsta pesquisa tem como objetivo analisar o envolvimento do Instituto Nacional do Cinema (1966-1975) com os festivais de cinema, usando como estudo de caso os quatro eventos sediados na Baixada Santista em 1970, 1973 e 1974. O INC foi uma autarquia criada pela ditadura militar com o objetivo de ser o órgão que determinava as diretrizes da execução da atividade cinematográfica no país. Uma de suas prerrogativas era o envolvimento com os festivais internacionais e nacionais, se relacionando com estes eventos das mais variadas formas ao longo de seus nove anos. No período-INC, os festivais internacionais eram pautados por motivações políticas, com participações dos governos nacionais no processo de envio das obras a estes eventos. O Instituto também é palco de disputa entre a produção cinematográfica de São Paulo e Rio de Janeiro pelo controle da autarquia, fazendo com que esses embates fossem alocados para os festivais que tivessem a participação e controle do Instituto. Nos festivais do período, além da programação fílmica, predominava uma agenda social focada na presença de astros e estrelas nestes certames em atividades paralelas às exibições. As celebridades nos festivais, ao participarem das programações sociais, causavam a chamavam badalação, que era convertida em repercussão e publicidade para os festivais e entidades associadas. O Instituto daria maior atenção aos eventos nacionais que exibissem longas-metragens pensando na futura inserção de tais obras no mercado interno, reflexo do contexto do final dos anos 60 e início dos 70, período do suposto Milagre Econômico e da conquista do mercado interno do produto brasileiro em seu parque de exibição local. Os festivais brasileiros nesse contexto serão utilizados como estratégia para ajudar na “conquista”. Para construir o contexto de realização dos festivais da Baixada Santista recorreu-se a fontes do período, como jornais, revistas, legislação, Resoluções, convênios e contratos, a fim de analisar como que o INC se envolveu na realização dos quatro festivais e inseriu a sua agenda de interesses nesses eventos, quais suas características, o que têm em comum, no que diferem, que atividades foram levadas do Instituto para as suas programações, como a badalação foi utilizada como elemento de divulgação desses festivais e como a disputa pelo protagonismo cinematográfico e controle do poder estatal do setor esteve em Santos e Guarujá, percebendo então como os assuntos macros da cinematografia brasileira se deslocaram para eventos micro, isto é, os festivais. Os quatro eventos aqui analisados exemplificam os dois momentos distintos de relação do Instituto com os festivais nacionais: de 1966-1972, em que o INC cria um calendário de eventos oficiais onde insere neste apenas os considerados relevantes, mas sem organização jurídica para tal e de forma desordenada; e de 1973-1975, quando baixa a Resolução n° 88 que estabelece as normas para a realização de festivais brasileiros e cria um aparato de controle oficial que padronizaria como a autarquia lançaria suas esferas político-econômicas nestes festivais.