Relações Internacionais

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Uma corrida espancionista: a free and open indo pacific strategy como um contraponto japonês ao belt silk road initative
(2024-06) TAVARES, Geraldo Majela Mota, Geraldo Majela Mota; CARVALHO, Vitória Santiago de
Este estudo tem como enfoque investigar a crescente estratégia japonesa como resposta ao expansionismo chinês concentrado no centro-sudeste asiático, utilizando como base os princípios da estratégia, sendo eles da cooperação interestatal e da promoção da segurança marítima. Nos últimos onze anos, a China vem diligentemente redirecionando seus olhares para o investimento na Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), um projeto massivo que almeja proporcionar novas aberturas comerciais entre os extremos da Ásia, adentrando a África e finalizando na Europa, facilitando assim uma rota fácil entre chineses e europeus. Preocupado com o esboço chinês sendo concretizado intensamente ao longo do hemisfério oriental, o Japão institucionaliza em 2016 a Free and Open Indo-Pacific Strategy (FOIPS), uma estratégia que, a nível global, objetiva cooperação entre o Japão e África, promovendo uma ligação marítima segura e próspera entre os oceanos Pacífico e Índico, e projetos com cunho desenvolvimentista para Estados localizados no Indo-Pacífico. Considerando o exposto, esta obra propõe analisar os diferentes meios pelos quais o plano japonês é utilizado como recurso de contenção à abordagem chinesa, especificamente em nações onde o Japão possui maior possibilidade de maleabilidade diplomática, por meio de financiamentos destinados a infraestrutura nacional e no asseguramento de suas soberanias marítimas ainda contestadas
Estupro como arma de guerra na ocupação japonesa sobre a Coreia durante os anos de 1932 a 1945
(2024-06) COLAÇO, Patrícia Ferreira
O uso do estupro como arma de guerra é anterior até mesmo ao Estado, visto que antes da formalização de nações, homens usavam corpos femininos como campos de batalha para atingir outrem. Durante as investidas imperialistas do Japão pós Restauração Meiji sobre o Estado coreano, não seria diferente. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o modo que o estupro foi utilizado como arma de guerra na ocupação japonesa sobre a Coréia durante os anos de 1932 a 1945. Dessa maneira, conceitua-se o estupro como arma de guerra, apresentam-se a forma que se efetivou o imperialismo japonês e realiza-se uma análise das Casas de Conforto, onde o não reconhecimento das mulheres de conforto afeta as relações entre Japão e Coréia até os dias atuais. A partir de uma pesquisa descritiva, com fontes secundárias e uma abordagem qualitativa, o estudo demonstra como o uso do estupro como arma de guerra é altamente eficaz, destruindo sociedades inteiras devido a sua letalidade.O uso do estupro como arma de guerra é anterior até mesmo ao Estado, visto que antes da formalização de nações, homens usavam corpos femininos como campos de batalha para atingir outrem. Durante as investidas imperialistas do Japão pós Restauração Meiji sobre o Estado coreano, não seria diferente. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o modo que o estupro foi utilizado como arma de guerra na ocupação japonesa sobre a Coréia durante os anos de 1932 a 1945. Dessa maneira, conceitua-se o estupro como arma de guerra, apresentam-se a forma que se efetivou o imperialismo japonês e realiza-se uma análise das Casas de Conforto, onde o não reconhecimento das mulheres de conforto afeta as relações entre Japão e Coréia até os dias atuais. A partir de uma pesquisa descritiva, com fontes secundárias e uma abordagem qualitativa, o estudo demonstra como o uso do estupro como arma de guerra é altamente eficaz, destruindo sociedades inteiras devido a sua letalidade.
O papel da ONU na proteção da Polinésia contra os impactos das mudanças climáticas
(2024-06) SILVA, Larissa dos Santos
No âmbito atual, um dos principais impactos para a Polinésia trata-se do aumento do nível do mar em decorrência do derretimento das geleiras, que se encontram diretamente associadas as causas antropogênicas. Considerando que essa região é majoritariamente formada por ilhas, esse aumento torna a Polinésia uma das regiões mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, uma vez que as consequências ameaçam a vida humana e a existência geográficadas ilhas do triângulo polinésio. O presente estudo tem como objetivo analisar o papel da ONU na proteção da Polinésia contra os impactos das mudanças climáticas. Trata-se de um estudo de caso de natureza qualitativa, com abordagem explicativa e foi conduzido com base em fontes bibliográficas e documentais. Neste sentido, apresentou-se a conjuntura regional da Polinésia e como essa região é impactada pelas alterações climáticas, além de apontar as principais ações das Nações Unidas que contribuem para a proteção dessa região, usando a teoria funcionalista para explicar o contexto em que a ONU assume um papel de protetora da Polinésia contra os impactos das mudanças climáticas. Constatou-se que a ONU cumpre seu papel de mecanismo de solução ao mediar ações para mitigar e adaptar as comunidades da Polinésia frente aos impactos das mudanças climáticas.
Bilateralismo uruguaio e seus reflexos no MERCOSUL
(2024-06) BRAGA, Felipe de Mendonça
O Uruguai se juntou ao MERCOSUL pela necessidade de inserção no mercado internacional. O bloco regional que teve como fundadores Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai sofre com a assimetria entre os Estados Partes, fato este que não foi objeto de preocupação na assinatura do Tratado de Assunção e que originou a criação do Mercado Comum do Sul. Sob a ótica da teoria neofuncionalista, vamos buscar as respostas para a falta de resoluções das demandas uruguaias e que ameaça a permanência do Uruguai no bloco e que pode gerar o fim definitivo do MERCOSUL. A crise de 1999 foi determinante para a virada de chave do país em sua relação com o bloco regional, o Uruguai foi aos poucos achando maneiras de demonstrar sua força perante os gigantes do continente. A criação do FOCEM e do Parlamento do MERCOSUL passa por essa mudança de paradigma criada pela crise e pelos efeitos por ela causada, já que tudo que acontece nos gigantes reverbera brutalmente nos países menores. A busca por acordos bilaterais nos últimos anos é a forma que o país encontrou para sair da dependência do MERCOSUL e se impor mesmo que isso cause a saída do Uruguai do MERCOSUL.
Paradiplomacia ambiental na gestão governamental: o princípio da simplificação e as implicações na prática diária na Cidade do Rio de Janeiro.
(2024-06) MELLO, João Victor Oliveira
O presente estudo tem como principal objetivo abordar o princípio da simplificação e as práticas diárias da Paradiplomacia Ambiental na gestão governamental na Cidade do Rio de Janeiro. O objetivo geral é analisar o papel desempenhado pelos governos locais na promoção da governança ambiental na escala global e destacando elementos que fazem dos governos subnacionais atores importantes na promoção do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, com o foco na crescente importância dos governos locais e suas conexões colaborativas, analisamos as ações da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável, enfatizando a importância da autonomia dos Estados subnacionais e a relevância que a cidade do Rio de Janeiro possui na agenda ambiental. O presente estudo contribui na ampliação do estudo da paradiplomacia ambiental que surge dentro do contexto de interdependência complexa. Consiste em pesquisa de caráter exploratório e tem como objetivo proporcionar maior familiaridade e adquirir novos insights sobre uma situação atual. A apresentação dos resultados será feita de maneira qualitativa, com base na coleta de dados de fontes secundárias, incluindo revisão bibliográfica. Com o levantamento de informações ao longo da pesquisa e da análise das informações, conclui-se que a Cidade do Rio de Janeiro possui um papel importante na agenda sustentável colaborando com a preservação do nosso planeta.
O dilema entre direitos humanos e cultura no oriente médio
(2024-06) FREITAS, Dominique de
O Oriente médio é uma região localizada no sudoeste asiático, composto por 15 países reconhecidos internacionalmente e uma zona caracterizada por sua instabilidade política e seus diversos conflitos que perduram longos anos, provenientes principalmente de divergências religiosas, sendo o Islã a religião com maior número de adeptos, tornando-se também o principal elemento cultural da região. Esse cenário torna a região alvo de muitas críticas, especialmente de países ocidentais, os quais destacam a não relevância da Declaração Universal de Direitos Humanos a civis, não-islâmicos, mulheres e homossexuais, onde observa-se que a percepção médio-oriental a respeito dessas questões é especialmente diferente, já que para muitos desses Estados, a Sharia é parte de sua legislação, onde todas suas leis são baseadas no Alcorão e Maomé, os principais representantes da religião islâmica. Dado essas informações, o objetivo desse trabalho é avaliar o dilema entre a cultura oriental e o papel da Declaração Universal dos Direitos Humanos nesse cenário, ressaltando a origem do islã, sua expansão e importância para a população local, usando a teoria de Regimes Internacionais, nas figuras de Robert O. Keohane e Stephen D. Krasner.
O surgimento do NBD como contraponto das Instituições de Bretton Woods
(2024-06) AMARO, Marcus Vinícius Neves de Azevedo Rodrigues
Este trabalho tem o intuito de realizar uma análise sobre a possibilidade do banco de investimento do BRICS, o Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) se tornar uma força de contra oposição econômica as instituições ainda vigentes de Bretton woods, assim criando uma alternativa para os países subdesenvolvidos e não desenvolvidos dos quais não se encaixam tão bem nas regras dessas entidades internacionais, como também permitindo aos países membros a liberdade de utilizar as suas próprias moedas em seus acordos, em contraponto ao uso do dólar como moeda de troca. Pontuando os contextos históricos desde o surgimento do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional no fim da 2a Grande Guerra, a fundação do BRICS e do NBD até a atualidade, dessa maneira associando esses acontecimentos com a teoria do Neomarxismo e a Teoria da Dependência, dos quais se focam na dependência político-econômica entre os países.
A diplomacia climática brasileira na arena internacional: uma análise das normas, identidades e desafios no período da COP23 até a COP24
(2024-12) LUBRANO, Carlo dos Santos
Este trabalho se propôs a analisar a atuação da diplomacia climática brasileira no período compreendido entre a COP23 e a COP24, explorando as dinâmicas das normas, identidades e desafios enfrentados. A pesquisa revelou que, embora o Brasil tenha demonstrado alinhamento retórico com acordos internacionais, a implementação efetiva das normas climáticas enfrentou desafios significativos, evidenciando a tensão entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. A construção da identidade brasileira na arena climática global foi examinada, destacando o país como um protagonista ambivalente, navegando entre suas responsabilidades globais e as demandas locais por crescimento. A análise também revelou a necessidade de uma abordagem coordenada diante dos desafios geopolíticos e econômicos, sublinhando a importância de medidas práticas para traduzir compromissos em ações eficazes. As negociações internacionais entre a COP23 e a COP24 mostraram o Brasil desempenhando papéis diversos, destacando a importância da cooperação regional e internacional. A participação ativa em discussões sobre financiamento climático e transferência de tecnologia indicou uma compreensão crescente da necessidade de recursos e colaboração global. No entanto, a análise ressaltou a importância de uma estratégia diplomática coesa para garantir o alcance efetivo das metas ambientais. Além disso, a pesquisa enfatizou a necessidade de considerar não apenas relações bilaterais, mas também alianças multilaterais para fortalecer a posição do Brasil na diplomacia climática. A dinâmica evolutiva do tema exigirá uma vigilância contínua e ajustes estratégicos para enfrentar os desafios emergentes. Este estudo, ao fornecer uma visão de um momento específico, destaca áreas de avanço e aponta para a necessidade contínua de diálogo e ação efetiva no combate às mudanças climáticas.
Refugiados no Mar Mediterrâneo: impactos e desafios para a União Europeia pós-2015 á luz da relação UE-Turquia.
(2023-12) MONTEIRO, Gabriela Chaves
Este artigo científico examina os desafios enfrentados pela UE no pós-2015, com foco na gestão dos fluxos migratórios marítimos no Mar Mediterrâneo, considerando as complexas relações da UE-Turquia e a proximidade geográfica do Mar Mediterrâneo, rota importante para migrantes que buscam refúgio. No entanto, divergências, controvérsias têm afetado está relação, seja na falta de cooperação entre os próprios Estados da UE, na distribuição não equitativa de responsabilidades, na recepção dos refugiados, na pressão que ocorre no sistema de refúgio da UE, ou na necessidade de cooperação dentro da UE são discutidas na ótica da interdependência complexa, pois a teoria oferece uma abordagem analítica para compreender as relações UE-Turquia e assim alcançar a cooperação, o compartilhamento de responsabilidades e no diálogo para os fluxos migratórios. Em suma, os fluxos migratórios no Mar Mediterrâneo apresentam desafios complexos, seja na análise dos desafios e na aplicação da teoria destacam a cooperação entre os Estados da UE, buscando soluções conjuntas para a pressão que ocorre no sistema de refúgio, garantindo os direitos humanos e dos refugiados.
Investimento estrangeiro direto no Brasil: uma análise sobre o sobre o impacto do risco político na economia.
(2023-12) CANDIDO, Keith de Sá
O presente artigo explora a percepção do ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) na economia brasileira, considerando os fatores que impactam no recebimento de empresas e capital. Este trabalho visa argumentar que há uma relação direta entre a entrada do capital estrangeiro e o risco político no país. Como fundamento teórico, essa análise será baseada no conceito de Interdependência Complexa, de Robert Keohane e Joseph Nye, para explicar e compreender a dependência mútua entre países, atores e o poder que o governo tem a respeito do IED no Brasil. Serão consideradas informações e classificações definidas pelas agências de ratings sobre o grau de investimento. A pandemia de covid-19 será colocada neste trabalho como um estudo de caso, por ser um acontecimento histórico que atingiu todos os setores da economia e diversos atores do cenário internacional. Essa temática é relevante devido ao impacto e à colaboração no desenvolvimento da economia brasileira.
A paradiplomacia carioca os grandes eventos da cidade do Rio de Janeiro de 2007 a 2016 como forma de projeção internacional
(2023-12) PINHEIRO, Iuri Marotti
O presente trabalho tem como foco principal abordar os acontecimentos na cidade do Rio de janeiro no período de 2012 a 2016 no que tange aos eventos sediados na cidade e seus desdobramentos. Este artigo não visa discorrer sobre qualquer evento ou acontecimento, mas sim sobre eventos específicos que se encaixam na categoria de “megaeventos” um tipo novo de evento que não é só apenas uma atração cultural, mas sim um movimento econômico que move a cidade a transformando em um verdadeiro organismo vivo. Sendo assim, examinar o papel do governo subnacional na reconstrução da imagem positiva da cidade do Rio em âmbito global, mostrando assim a importância dos entes subnacionais e sua relevância no cenário mundial, o global acontece no local. Tendo em vista o mundo cada vez mais globalizado interligado, se faz urgente a percepção do novo papel das cidades em diversos fatores da construção de uma nação desenvolvida.
Paradigmas no comércio exterior: um olhar das Relações Internacionais
(2023-12) AGUIAR, Letícia Karla de Souza
As relações internacionais desempenham um papel crucial no cenário global, especialmente quando se trata do comércio internacional, logística e práticas sustentáveis. Em um mundo cada vez mais interconectado, onde bens e serviços fluem entre nações de maneira constante, a diplomacia, os acordos comerciais e a colaboração internacional desempenham um papel fundamental na conformação dessas dinâmicas. A relação entre comércio internacional, logística e práticas sustentáveis no contexto das relações internacionais possui raízes profundas na história das interações entre nações. Ao longo dos séculos, o comércio internacional tem sido um dos principais motores das relações internacionais, impulsionando a conectividade e a interdependência entre diferentes países e regiões. A Revolução Industrial, por exemplo, marcou uma virada na história das relações internacionais, com o comércio global impulsionando o crescimento econômico, mas também resultando em impactos ambientais significativos, como a poluição e o esgotamento de recursos naturais. A mudança climática, a degradação ambiental e as preocupações com os direitos humanos e as condições de trabalho estão moldando a agenda global. Os acordos internacionais, como o Acordo de Paris sobre o clima e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, destacam a importância de considerar o impacto ambiental e social do comércio internacional e das práticas logísticas. A interação entre as relações internacionais pode discutir com as praticas de comercio internacional, e nas praticas mais sustentáveis seja no relacionamento institucional ou governamental, impactando no ambiente logístico, social e ambiental.
Uma análise da cooperação sino-brasileira no desenvolvimento tecnológico aeroespacial
(2023-12) LOPES, Jhullya Santos da Encarnação
O presente estudo se dedica a uma análise da política externa da República Popular da China durante a vigência do 14º Plano Quinquenal, que engloba o período de 2021 a 2025, e seu subsequente reflexo sobre a dinâmica da cooperação bilateral sino-brasileira no setor de tecnologia aeroespacial. Esta investigação é fundamentada nos memorandos de entendimento consignados no ano de 2023, se inscreve no âmbito da teoria da interdependência complexa de Keohane e Nye. Nesse escopo, intenta-se aprofundar a compreensão das estratégias chinesas voltadas à colaboração com o Brasil nesse setor de elevada especialização, considerando os matizes estratégicos e pragmáticos. Adicionalmente, o estudo promove uma minuciosa retrospectiva das relações sino-brasileiras no domínio aeroespacial, salientando conquistas notáveis, a exemplo do programa de satélites CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), que se dirige como um ícone de sucesso na parceria. Ressalta-se, por conseguinte, a importância dessa relação simbiótica para ambas as nações, ao passo que se sublinha a complexidade de seus desafios e as promissoras oportunidades emergentes, moldadas pela disparidade de desenvolvimento e assimetrias no cenário global.
Entre a crise e a comoção: uma análise das contradições europeias nas políticas e respostas às crises de refugiados no século XXI.
(2023-12) CARVALHO, Amanda Lopes
No âmbito da legislação internacional para refugiados, representada pela Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 e seu subsequente protocolo de 1967 – que se configuram enquanto base jurídica para a definição e proteção de refugiados – é uma obrigação legal aos Estados a não distinção, de qualquer natureza, entre indivíduos para o acesso aos seus direitos de refugiados. Após o continente europeu criar medidas sem precedentes para o acolhimento e resguardo daqueles que fugiam da Ucrânia após a invasão russa, houve o surgimento de comparações com a postura tomada em relação a outras crises de refugiados no século XXI. Isso levou a observações de um duplo padrão no tratamento e formulação de leis direcionada a diferentes grupos de refugiados. Levando em consideração o aprofundamento da crise humanitária no Mediterrâneo e a intensificação do sentimento anti-imigração na Europa, o objetivo deste estudo é investigar as causas e efeitos da seletividade europeia quanto a aplicação dos preceitos basilares do refúgio. A partir do emprego da teoria construtivista, este artigo propõe-se a responder como os atores sociais e a existência de normas, identidades e pensamentos conjuntos na Europa impactam a formulação das políticas e respostas humanitárias do continente, de modo a alimentar assimetrias em suas abordagens diante das crises de refugiados da Ucrânia e do Mediterrâneo; valendo-se de informações coletadas a partir de uma análise qualitativa de fontes primárias e secundárias.
A colonização japonesa na Coreia: uma análise do genocídio cultural e suas consequências
(2023-12) FONSECA, Bárbara de Almeida
Operando como uma zona de protetorado japonês desde 1905, a Península Coreana foi oficialmente anexada ao território do Japão Imperial no ano de 1910, por meio do Tratado de Anexação Japão-Coreia. À luz da Teoria Construtivista das Relações Internacionais, esta pesquisa propõe-se a analisar como ocorreu o processo de colonização na Coreia e como a existência de uma identidade pré-colonial frustrou os planos japoneses de assimilação cultural e subordinação da população coreana à figura do Imperador. Esse cenário, aliado à importância militar estratégica da península, culminou na adoção de medidas cada vez mais repressivas e violentas pelos oficiais japoneses na Coreia, classificadas atualmente pelo Direito Internacional como crimes de genocídio, mais especificamente genocídio cultural. Além disso, os eventos desse período contribuíram para a consolidação do nacionalismo moderno coreano, assim como a não cicatrização dessas feridas históricas continua a impactar diretamente nas relações diplomáticas entre os países envolvidos até os dias atuais.

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