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Cardiotoxicidade relacionada ao uso de trastuzumabe no tratamento em pacientes com câncer de mama
(2024-05) PEREIRA, JANUÁRIO, MIRANDA, Dara Fernanda, Gabriela Batista, Maycon Geiverson Duarte
No cenário mundial atual observa-se que o câncer de mama (CM) é prevalente de forma significativa na população. Em uma parcela de casos de CM, há o aumento da expressão da proteína HER-2 (Human Epidermal growth factor Receptor-type 2) e como tratamento, pode-se utilizar o fármaco específico chamado Trastuzumabe (TTZ). Este, por ser um anticorpo monoclonal, possui menos efeitos adversos sistêmicos quando comparado ao tratamento com quimioterápicos. Apesar dos grandes benefícios, há estudos que apontam que o tratamento com TTZ, principalmente quando associados com antraciclinas (Doxorrubicina/Epirrubicina) ou taxanos (Docetaxel/Paclitaxel), podem causar cardiotoxicidade e diminuir a fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE). Com isso, o intuito do presente trabalho é apresentar uma revisão bibliográfica descritiva, a partir da pesquisa nos bancos de dados Pubmed, Scielo e BVS, acerca da cardiotoxicidade relacionada ao uso de TTZ no tratamento em pacientes com câncer de mama. Com os resultados da revisão, pode-se dizer que o uso do Trastuzumabe associado aos quimioterápicos eleva consideravelmente a presença de eventos cardiotóxicos, sendo um perigo proeminente para indivíduos de idade avançada ou grupos de risco. Ademais, há expectativa referente a diminuição da cardiotoxicidade aplicado a um menor tempo de tratamento, tendo em vista que tal quadro de toxicidade está relacionado com o tempo de exposição ao TTZ. Contudo, são necessários estudos aprofundados para garantir que o encurtamento do tempo do protocolo padronizado, não interfira na efetividade do indivíduo em terapia oncológica.
Impactos na saúde causados pelo uso indiscriminado do Paracetamol
(2024-06) ROCHA,, Bruna Lohaine Alves da; OLIVEIRA,, Daniany Cristina Sanches de; SILVA,, Júlia Carvalho da; COSTA,, Júlia Mariane Ferreira; OLIVEIRA,, Leandro Franco
O paracetamol é um medicamento de venda livre, ou seja, não é necessário possuir uma receita médica para realizar a sua compra. Apesar de se tratar de um medicamento considerado seguro, seu uso indiscriminado e sem orientação médica pode causar problemas à saúde. Uma consequência relacionada à automedicação e ao uso indiscriminado é a intoxicação medicamentosa, que de acordo com dados da Fiocruz, tem aumentado no Brasil e é responsável pelo maior percentual de intoxicações do país. Com o intuito de tentar inverter esses dados, o farmacêutico tem papel importante no sistema de saúde, já que ele tem contato direto com o paciente e através da ação e orientação farmacêutica pode instruir e conscientizar a população em prol da promoção da saúde.
USO TERAPÊUTICO DE CANABINOIDES NO TRATAMENTO DE EPILEPSIA
(2024-06) SILVA, Henrique Apolinário da; DANTAS, Leda Tereza Ferreira; ALCÂNTARA, Maria Inêz Gomes de Souza
A Epilepsia é uma doença cuja característica principal é a manifestação de crises convulsivas, que podem ser generalizadas ou locais, além disso a causa da presença desses fenômenos convulsivos pode decorrer de síndromes, como síndrome de dravet (SD), síndrome de Lennox Gastaut (SLG). Dessa forma, o consumo de medicamentos anticonvulsivantes para diminuir ou extirpar as crises convulsivas é necessário. Mas nem sempre a aplicação dessa linha terapêutica é eficiente, já que a epilepsia refratária é um quadro clínico em que indivíduos, embora consumam os medicamentos anticonvulsivantes, não respondem ao tratamento e as crises continuam. Sendo assim alternativas medicamentosas devem ser buscadas. Entre elas utilizar o canabidiol (CBD), o qual é o princípio ativo do medicamento epidiolex aprovado pela FDA para tratamento de epilepsia em 2018, vem sendo alvo de pesquisas, a exemplo de ensaios clínicos randomizados, com isso é importante entender o uso de canabinoides no tratamento da epilepsia. O presente estudo visa entender essa novidade farmacológica, estabelecendo a caracterização da doença, os estudos clínicos promissores pertinentes à temática, bem como aspectos sobre a droga. Para tanto foi eleito o tipo de estudo revisão narrativa, além disso foi definida uma metodologia que restringiu a pesquisa à espécie humana, delimitou a janela temporal de 2002 a 2024, incluiu os termos "canabidiol", "epilepsia" e "tratamento", tanto em português como em inglês. Enfim, os estudos de Tzadok, Hussain, por exemplo, foram discutidos apresentando resultados satisfatórios para o uso de CBD para o tratamento da epilepsia, o que corrobora os achados da revisão bibliográfica sobre a ação anticonvulsivante do canabidiol.
UTILIZAÇÃO DO REMDESIVIR PARA O TRATAMENTO DA COVID-19
(2024-06) FERREIRA, Bárbara Cristiane Nogueira; OLIVEIRA, Elson Henrique Alves de
A pandemia de Covid-19 representou uma corrida pela vida e trouxe uma busca imediata para o tratamento da doença e fez surgir uma série de pesquisas para agregar conhecimento científico na eficácia para a recuperação dos pacientes. O objetivo desta pesquisa foi apresentar as contribuições da medicação Remdesivir no tratamento de pacientes com Covid-19. Como metodologia, utilizou-se uma revisão de literatura narrativa do tipo qualitativa que utilizou como palavras-chave Covid-19, Remdesivir e Tratamento que foram inseridas no portal da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) - Bireme, e nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) e na NIH (National Library of Medicine) – PubMed. Com isso, foram recuperadas 20 pesquisas sobre a temática. Os resultados demonstraram que há divergências nos estudos que ora apresentaram resultados positivos no que se refere a melhora clínica dos pacientes, diminuição da carga viral, impacto sobre a gravidade e mortalidade e ora essas afirmações foram contrariadas, afirmando que o medicamento não possui seguridade e eficácia comprovadas. Como conclusão observa-se que o medicamento é liberado para o tratamento de Covid-19, porém os resultados das pesquisas são obscuros e há uma necessidade de estudos experimentais em humanos para afirmações concretas.
Uso da morfina no manejo da dor em pacientes oncológicos
(2024-06) MARTINS, Ingrid Macedo; PINHO, João Victor Campos de; SOUZA, Júlia Mattos Chaia de; CARVALHO, Matheus de Gois
Atualmente, cerca de 90% dos pacientes com alguma doença neoplásica queixam-se de dor proveniente da doença ou do tratamento. O impacto da dor crônica causada pelo câncer compromete os hábitos do paciente, além de impactar na sua qualidade de vida. Desta forma, diante aos efeitos negativos do sintoma provocado por doenças oncológicas, torna-se necessário o manejo do paciente, promovendo, assim, o controle da dor. Dentre os fármacos disponíveis no mercado para manejo do paciente, a morfina destaca-se devido a sua capacidade de modular a dor provocada pela condição de saúde, mostrando-se eficaz no tratamento do câncer. A morfina é um fármaco sintético proveniente da espécie vegetal Papaver somniferum. É pertencente a classe dos opioides, apresenta tempo de meia vida curto, o que impacta na repetição de doses, a fim de se obter o efeito desejado. Devido ao fato de a mesma atuar diretamente no Sistema Nervoso Central, a exposição a repetidas doses pode acarretar na dependência física e psicológica, além de uma possível intoxicação do paciente. Desta forma, apesar da morfina apresentar-se como um fármaco amplamente estudado e difundido na prática clínica no manejo de dores crônicas, seus efeitos adversos e toxicológicos expressam a necessidade do acompanhamento farmacológico, com o objetivo de garantir os efeitos benéficos do fármaco e a adesão do paciente ao tratamento.
Uso indiscriminado de metilfenidato em estudantes do ensino superior
(2024-06) AMARAL, Bianca Gomes; RIBEIRO, Emillyn Marcela Teixeira; RODRIGUES, Erika Carvalho; VIEIRA, Gabriela Franco
O metilfenidato é um substância psicoestimulante, utilizada no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia. Contudo, o uso tem se tornado cada vez mais comum entre estudantes, principalmente devido à pressão acadêmica e a busca incessante por bons resultados, considerando a melhora cognitiva e o aumento da concentração que tal uso proporciona. Entretanto, essa prática sem o diagnóstico adequado, pode causar problemas à saúde física e mental. Neste estudo, foi realizada uma revisão narrativa da literatura científica, buscando artigos nacionais e internacionais entre 2004 e 2024, que abordam o tema “Uso indiscriminado de metilfenidato em estudantes do ensino superior”, aplicando termos indexados. Foram selecionados 13 estudos para análise e discussão, a fim de esclarecer o impacto do uso indiscriminado do metilfenidato em estudantes do ensino superior, tanto a curto prazo quanto a longo prazo. Todos os artigos científicos trouxeram que o metilfenidato é o medicamento mais prevalente no Brasil para o tratamento de TDAH, visando a otimização do desempenho escolar. No entanto, seu uso indiscriminado tanto a curto e a longo prazo, pode ocasionar uma série de efeitos adversos, incluindo: insônia, perda de apetite, ansiedade, irritabilidade, euforia, complicações cardiovasculares, distúrbios psicológicos e até mesmo dependência química. Por fim, pode-se concluir que é fundamental a conscientização entre os estudantes sobre os riscos decorrentes da medicalização da vida acadêmica, como o uso indiscriminado do metilfenidato, além de enfatizar a importância de um diagnóstico adequado que abordem as causas subjacentes dos problemas e não apenas os sintomas apresentados.
Risco-benefício do tratamento farmacológico na depressão pós-parto
(2024-06) DINIZ, Ana Luíza Silva; COUTO, Raiane Rocha; OLIVEIRA, Savio Pereira de
Marcada por sintomas emocionais e comportamentais difusos, a depressão pós-parto (DPP) é uma doença que acomete um percentual considerável de mulheres no período pós-gestacional. Algumas teorias tentam explicar sua fisiopatologia, mas a origem ainda não é muito bem compreendida. Diversos fatores, como socioeconômicos e socioculturais, são marcantes para o desenvolvimento da DPP e os sintomas não diferem significativamente de outros quadros depressivos. No que tange ao tratamento farmacológico, medicamentos antidepressivos das diversas classes podem ser empregados, no entanto, o risco-benefício tanto para a mãe quanto para o lactente deve ser considerado para a definição do tratamento, sendo esta temática o objetivo do presente artigo que teve sua elaboração baseada na pesquisa da literatura científica de diversas bases de dados. Os dados apresentados sugerem principalmente a farmacoterapia como tratamento ideal, mas esbarram na segurança e na causa da doença. A prevenção e o correto diagnóstico também estão atrelados a esse fato, no entanto, refletem a falta de dados epidemiológicos sobre o tema. De acordo com os estudos, os fármacos sertralina e fluoxetina apresentam maior segurança para o lactente.
Aplicação do ácido hialurônico tópico no combate ao ressecamento cutâneo e rejuvenescimento da pele
(2024-06) MARQUITO, Ana Clara; CAMPOS, Marcela; RODRIGUES, Nayara; OLIVEIRA , Raquel; SANTOS , RAYANNE
O ácido hialurônico é uma substância amplamente estudada e utilizada na indústria cosmética e dermatológica devido às suas propriedades hidratantes e rejuvenescedoras para a pele. Com o envelhecimento, a pele perde sua capacidade natural de reter água, levando ao ressecamento e ao surgimento de rugas. O ácido hialurônico surge como uma opção terapêutica promissora, pois é capaz de atrair e reter água, mantendo a pele hidratada e conferindo uma aparência jovem e saudável. Estudos mostram que sua aplicação tópica estimula a produção de colágeno e elastina, proteínas importantes para a estrutura e firmeza da pele, combatendo os sinais visíveis do envelhecimento. Sua aplicação eficaz está relacionada ao peso molecular, sendo as variantes de menor peso mais penetrantes na pele e mais eficazes na hidratação. Estudos mostram sua eficácia na prevenção do ressecamento e no rejuvenescimento da pele. Portanto, o ácido hialurônico é uma substância ativa valiosa no tratamento do ressecamento e envelhecimento da pele, com múltiplos mecanismos de ação que incluem desde a restauração do líquido sinovial até a estimulação da produção de colágeno, promovendo saúde e vitalidade à pele
Avaliação da eficácia e segurança no uso de dupilumabe em pacientes pediátricos diagnosticados com dermatite atópica moderada a grave.
(2023-12) SILVA, Yasmin Rodrigues da
A dermatite atópica (DA) é uma patologia de natureza multifatorial que atinge principalmente crianças e se manifesta por meio de lesões eczematosas caracterizadas por prurido intenso e ressecamento da pele. Pesquisas de alcance internacional, como o Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC), apontam que no Brasil a DA foi identificada em 8,2% das crianças com idades entre 6 e 7 anos e em 5% dos adolescentes com idades entre 13 e 14 anos. Na DA ocorre uma resposta imunológica desequilibrada, com as células Th2 predominando sobre as células Th1, que resulta na liberação de citocinas específicas, como IL-4, IL-5 e IL-13, causando inflamações na pele. Com o objetivo de oferecer uma alternativa promissora frente aos tratamentos convencionais para DA, o dupilumabe, um anticorpo monoclonal humano, foi introduzido no mercado visando aprimorar a segurança e o conforto no tratamento. Seu mecanismo de ação envolve a inibição da sinalização das citocinas inflamatórias IL-4 e IL-13. O presente artigo visa conduzir uma revisão narrativa da literatura, para avaliar a eficácia e segurança no uso de dupilumabe no manejo da DA moderada a grave em pacientes pediátricos. A pesquisa de evidências científicas foi conduzida em bancos de dados eletrônicos como: PubMed, SciELO, BVS e Google Scholar. Como resultado, foi constatado um bom perfil de segurança no uso do dupilumabe, o que culminou em melhorias substanciais em todos os indicadores avaliados como prurido, eczema e qualidade de vida dos pacientes.
Tratamento farmacológico do diabetes mellitus no sistema único de saúde(SUS) Em Minas Gerais,Brasil
(2023-12) TORQUETTI,, Cristiane eustaquia; MOREIRA,, Karine
A diabetes mellitus (DM) trata-se de um grupo de doenças metabólicas com etiologia múltipla capaz de influenciar o metabolismo normal dos carboidratos, proteínas e gorduras além de contribuir para a ocorrência de complicações. Pode ser dividida em tipo 1 (DM1) e tipo 2 (DM2). A longo prazo, a Atenção Primária à Saúde (APS) é responsável pelo acompanhamento de pessoas com diabetes no SUS. Os tratamentos baseiam-se na mudança de estilo de vida que deve ser associada a tratamentos farmacológicos para controle glicêmico. Desse modo, o presente estudo, realizado a partir de uma revisão narrativa da literatura, tem como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre o campo de atuação do farmacêutico no cuidado ao paciente com diabetes no SUS, em Minas Gerais, Brasil enfatizando as ações relacionadas a assistência e atenção farmacêutica destacando-se os fármacos que são inseridos na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) e na Relação Municipal de Medicamentos (REMUNE) de Belo Horizonte. O Brasil vem investindo no aperfeiçoamento e na publicação de listas de medicamentos essenciais como uma forma de garantir o acesso à assistência farmacêutica assim como a promoção do uso racional de medicamentos, neles incluídos os fármacos disponibilizados para o tratamento da diabetes. Nesse sentido, a Assistência Farmacêutica é imprescindível para o acompanhamento do paciente com diabetes, devido a sua complexidade e necessidade de cuidados, informações, conscientização e escolha da farmacoterapia mais adequada. Enfim a assistência farmacêutica configurando-se como essencial para o acompanhamento da paciente com diabetes. No cuidado ao paciente com DM essas ferramentas demonstram ser fundamentais, padronizando o cuidado e direcionando para condutas que sejam mais assertivas. Diante da importância do tema aqui proposto, espera-se que este estudo sirva como fonte consulta para os profissionais envolvidos no cuidado e que estimule a realização de novos estudos relacionados ao tema.
Logística reversa de medicamentos vencidos: Revisão narrativa da literatura.
(2023-12) ANDRADE, Ana Claudia Borges; MOURA, Brenda Milhorato Zoroastro de
No Brasil, tem se observado um elevado aumento no consumo de medicamentos, o qual está relacionado a uma série de motivos, através da normalidade em relação ao uso indiscriminado de medicamentos e da automedicação. Além disso, o elevado consumo gera um aumento ainda maior da produção dentro da indústria farmacêutica, logo leva a um ciclo de consequências que o descarte inadequado de medicamentos vencidos ou em desuso traz para o meio ambiente e a saúde da população, mostrando a grande importância que a logística reversa de medicamentos vencidos traz para atribuir uma destinação apropriada a esses resíduos. O presente trabalho foi realizado objetivando avaliar a eficiência do sistema atual de logística reversa, a fim de identificar os desafios e obstáculos na implementação da logística reversa de medicamentos vencidos, propor melhorias e soluções para otimizar os processos e analisar os impactos ambientais e econômicos, promovendo a conscientização sobre a importância do descarte correto destes medicamentos. A legislação de logística reversa de medicamentos no Brasil deu um passo adiante com o decreto federal 10.388/2020, que decreta regras a fim de garantir igualdade na fiscalização e execução dos deveres instaurados aos fabricantes, importadores, distribuidores, e comerciantes a imposição da logística reversa de medicamentos com a finalidade da destinação correta do descarte apropriado dessas substâncias químicas em desuso ou vencidas. De acordo com a o Sindicato das Empresas de Coleta, Limpeza e Industrialização de Resíduos de Minas Gerais, SINDILURB (2021) o Brasil é o sétimo país com maior consumo de medicamentos e é um fator alarmante o fato que, as pesquisas demonstradas neste estudo apontam que grande parte da população ainda acredita que a melhor forma de descarte de medicamentos seja em lixo comum ou nos esgotos e desconhece o impacto negativo deste descarte inadequado para a sociedade.
Uso do canabidiol em casos de anciedade e depressão: Uma revisão da literatura
(2023-12) TEODORO,, Joyce Marcondes Teodoro; DAMASCENO,, Marilia Guimaraes Damasceno
RESUMO A ansiedade e a depressão são transtornos mentais comuns que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Embora existam diferentes abordagens para o tratamento desses distúrbios, o uso do canabidiol (CBD) tem ganhado destaque devido aos seus potenciais benefícios terapêuticos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura científica sobre o uso do CBD no tratamento da ansiedade e depressão, analisando os resultados de estudos clínicos e experimentais. Foi realizada uma busca sistemática em bases de dados científicas, como PubMed, Scopus e Web of Science, para identificar estudos relevantes sobre o tema. Foram incluídos artigos que abordavam o uso do CBD em casos de ansiedade e depressão, excluindo-se estudos que não estavam disponíveis em texto completo ou que não estavam escritos em inglês. A revisão da literatura revelou que o CBD apresenta potencial para o tratamento da ansiedade e depressão, atuando em diferentes vias e sistemas neurotransmissores relacionados aos sintomas desses transtornos. Estudos clínicos demonstraram que o CBD pode reduzir os sintomas de ansiedade em pacientes com transtorno de ansiedade social, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de ansiedade generalizada. Além disso, o CBD também se mostrou eficaz no alívio dos sintomas depressivos em pacientes com depressão maior. Com base nos dados revisados, é possível concluir que o CBD apresenta potencial terapêutico no tratamento da ansiedade e depressão. No entanto, são necessárias mais pesquisas para elucidar os mecanismos de ação do CBD e determinar as melhores formas de administração e dosagem para cada transtorno. Além disso, é fundamental considerar a segurança e os possíveis efeitos colaterais do uso do CBD em longo prazo.
Uso Abusivo de Ansiolíticos na Juventude
(2023-06-14) Coimbra, Isabella; Silva, Elvis
A ansiedade é um transtorno presente em muitos jovens, principalmente quando expostos a situações de demasiado estresse, cobranças excessivas, ou preocupações por algo irreal. Os medicamentos psicotrópicos são uma preocupação presente em grande parte do mundo. Ansiolíticos são amplamente utilizados para tratamentos de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e seu uso indiscriminado pode causar danos na vida adulta. Os benzodiazepínicos também são utilizados para tratar esse transtorno e se administrados de forma errônea podem causar tolerância e dependência, trazendo danos irreversíveis. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão da literatura com o intuito de demonstrar a importância do profissional farmacêutico no uso de medicamentos psicotrópicos, principalmente os ansiolíticos. No levantamento bibliográfico, observou-se que a maioria dos abusos de ansiolíticos ocorrem pela falta de informação dos profissionais da saúde, destacando casos de prescrições incorretas, muitas vezes realizadas por profissionais da clínica geral que não possuem conhecimento significativo para tal. O uso sem receituário também é comum, e o que é dado na portaria 344\98 deve ser cumprido. Ao longo deste estudo pode-se notar que grande parte dos casos diagnosticados como TAG na juventude, na verdade são situações esporádicas de crises de ansiedade e variações de humor, o que compromete ainda mais o uso excessivo e indiscriminado da terapia medicamentosa. Portanto, é de responsabilidade da equipe médica o diagnóstico assertivo e aos farmacêuticos a orientação acerca do uso e armazenamento, além da correta dispensação. Com este estudo, esperamos instigar os profissionais da saúde a realizar a nossa maior missão: Contribuir para a saúde e o bem estar dos pacientes.
DESENVOLVIMENTO DE FILME DE ALGINATO ASSOCIADO A VITAMINAS, Aloe vera OU MEL NO TRATAMENTO DE FERIDAS E QUEIMADURAS
(2023-06-29) PILÓ CAMPOS, ANA PAULA; ALANISE RIBEIRO, BARBARA; OLIVEIRA DUARTE JÚNIOR, DÁRIO; SABATELE MARIANO SOARES, JÉSSICA; DE MOURA ALMADA, PATRÍCIA
Ferimentos causados por queimadura ainda são um desafio clínico devido à gravidade do dano tecidual, à desidratação da ferida e o longo período no processo de recuperação do paciente. O desenvolvimento de curativos que melhor se adaptam as feridas cutâneas tem ganhado atenção na literatura. Dentre os vários curativos para feridas, os materiais a base de alginato demostraram ser adequados por permitir o carreamento e liberação prolongada de ativos que favoreçam a regeneração tecidual, como diferentes tipos de vitaminas e substâncias naturais. Entre essas, estão a Aloe vera e o mel por apresentarem características cicatrizantes. Nesse contexto, o presente estudo teve o objetivo propor o desenvolvimento e a avaliação de filmes a base de alginato de sódio contendo Álcool Polivinílico ou glicerina como agentes plastificantes, associados a Aloe vera ou mel, como alternativa no tratamento de feridas causadas por queimaduras. Os filmes desenvolvidos foram caracterizados por Microscopia Eletrônica de Varredura e óptica (MEV) e Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), além de serem avaliados segundo seu potencial antimicrobiano e citotoxicidade em culturas de fibroblastos (ensaio de MTT - 3-(4,5 dimetiltiazol-2il) – 2,5 – difeniltetrazólio - Thermo Fisher Scientific). As características físicas dos filmes demonstram ser favoráveis devido a presença de estrutura porosa o que favorece a liberação gradativa de ativos do material como também maior superfície de contato para melhor aderência dos filmes. Os resultados de FTIR permitiram a identificação dos grupos funcionais característicos de cada ativo incorporado como o mel, Aloe vera, óleo de girassol, vitamina E e Vitamina A. Na avaliação da atividade antibacteriana para Staphylococcus aureus e Pseudomonas spp, todos os grupos não apresentaram característica inibitória. Já os ensaios in vitro de citotoxicidade demonstraram maior viabilidade celular para todos os filmes formulados com Aloe vera, principalmente com glicerina, e menor viabilidade celular para o filme associado a glicerina contendo mel. Assim sendo, sugere-se que os filmes a base de glicerina apresentam uma maior liberação dos ativos e que a Aloe vera seria um candidato interessante na formulação de curativos para queimaduras, uma vez que favoreceu a proliferação de fibroblastos, conforme visto no teste de citotoxicidade.
Uso da Cannabis sativa na oncologia para o tratamento da dor
(2023-06-28) Fiorilo, Jéssica; Alkmim, Débora; Anacleto, Sabrina; Queiroz, Sayonara
O câncer se refere a um conjunto de mais de 200 doenças, podendo ser ocasionado por meio de um processo que compreende várias etapas relacionadas a uma expansão clonal de células mutantes. Na atualidade, os tratamentos clínicos que se encontram disponíveis para a dor crônica muitas vezes demonstram ser insuficientes, tornando-se necessário o desenvolvimento de novos fármacos que ampliem as possibilidades terapêuticas, principalmente no cuidado ao paciente oncológico. Diante desta realidade a Cannabis sativa e seus derivados representam uma promissora terapia antálgica. Desta forma, esse estudo de revisão narrativa da literatura abordou sobre o uso da Cannabis para auxílio da dor causada pela neoplasia maligna. Nas duas últimas décadas puderam ser observados avanços em relação ao tratamento e diagnóstico do câncer e mesmo os tratamentos clínicos que se encontram disponíveis para a dor crônica ainda não conseguem suprir todas as necessidades, tornando-se, fundamental o desenvolvimento de possibilidades para o tratamento, principalmente no cuidado ao paciente oncológico. Nesse sentido destaca-se o uso dos canabinóides, apontados em muitos estudos como potencialmente benéficos para o tratamento da dor crônica oncológica e criam a perspectiva de que estes fármacos possam ser amplamente utilizados para o tratamento da dor. Diante do exposto, foi possível verificar que a utilização da Cannabis sativa L. É capaz de controlar sintomas associados ao tratamento do câncer, como por exemplo, náuseas e vômitos, além de exercer atividade analgésica, possuir ação antitumoral e reduzir os sintomas de insônia, ansiedade e depressão.
Intoxicação por fentanil e seus principais análogos do Brasil
(2023-06-29) Pereira, Arielly Santos; Oliveira, Julio Francisco de; Silva, Mateus Augusto Lage; Crevelario, Nilda Aparecida; Santos, Yasmin Heringer dos
A partir do ópio são derivados os opiáceos, como a morfina. Já os opioides, como o fentanil e os seus análogos (alfentanil, remifentanil e sufentanil), são substâncias sintetizadas em laboratórios. Esses fármacos são agonistas opioides e têm como principais efeitos a analgesia e a sedação. Desta forma, este estudo realizado a partir de uma revisão narrativa da literatura teve por objetivo discorrer sobre os dados farmacológicos, toxicológicos e epidemiológicos acerca da intoxicação por fentanil e seus principais análogos do Brasil. Os opioides apresentam um potencial para a tolerância e dependência, o que pode levar o usuário a intoxicação, síndrome de abstinência, overdose e morte. Para tratamento desses quadros, além de terapias de diminuição da dose, usam-se antagonistas opióides, como a naloxona e a naltrexona, que atuam revertendo os efeitos clínicos e adversos causados pelo fentanil e seus análogos. Logo, apesar dos seus benefícios terapêuticos, atualmente eles vêm assumindo protagonismo no uso recreativo indiscriminado como droga de abuso, exigindo uma maior atenção por parte dos profissionais da saúde.
Intervenções do farmacêutico para redução dos erros na Dispensação de medicamentos no âmbito hospitalar
(2023-06) Bruna Lacerda, Bruno Francisco; Ivonete Cristina, Josiane Stephanie; Keren Gabrielle
Erros relacionados a medicamentos podem ser caracterizados como eventos evitáveis que são capazes de colocar em risco a saúde dos pacientes. Estes erros influenciam diretamente na eficácia e segurança do tratamento prescrito além de promover a elevação dos custos hospitalares. Cabe ressaltar que entre as ações do profissional farmacêutico estão a promoção do uso racional de medicamentos e a busca em garantir segurança, eficácia e a qualidade dos medicamentos que são fornecidos à população. Desta forma, este estudo que foi realizado por uma revisão bibliográfica tem por objetivo discorrer sobre as ações que podem ser realizadas pelo profissional para a redução de erros relacionados a medicamentos em âmbito hospitalar. Assim, no âmbito hospitalar, o farmacêutico deve desenvolver ações de farmácia clinica que sejam voltadas para o cuidado do paciente a partir da realização da atenção farmacêutica. Assim, a ocorrência de erros de medicação no ambiente hospitalar pode ser relacionada a uma série de fatores que quando analisados e identificados de maneira eficaz pelo farmacêutico possibilitam a instituição de medidas eficazes, como por exemplo, o esclarecimento ou correção da prescrição, fornecimento de informações sobre os medicamentos, identificação de erros no sistema, recomendação da adoção de terapias alternativas, notificação além da identificação de interação medicamentosa o que garante maior segurança ao paciente e a obtenção de melhores resultados.
Sepse no paciente idoso: uma revisão narrativa da literatura
(2023-06-29) Ferreira, Gabriela; Passos, Isabela; Rodrigues, Guilherme
A sepse é definida como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida, secundária a resposta desregulada do hospedeiro à infecção. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão narrativa da literatura relacionando o risco de desenvolvimento da sepse com o envelhecimento humano, destacar o papel do farmacêutico, além de ressaltar a importância de protocolos institucionais. Foram utilizadas as bases de dados Pubmed, Scielo, BVS e Springer, utilizando-se como descritores: “idoso” e “sepse”. O envelhecimento é um fenômeno que tem como particularidade o acúmulo de processos degenerativos, somados a um estado hiper inflamatório e declínio da resposta imunológica. A fisiopatologia da sepse é complexa e envolve resposta inflamatória exacerbada, desequilíbrio da resposta imunológica, coagulopatia e disfunção orgânica. Um estudo epidemiológico demonstrou que 70,8% dos óbitos por sepse foram de pessoas com faixa etária ≥ 60 anos. Realizar o diagnóstico precoce é fundamental para a diminuição da alta morbimortalidade, para isso ferramentas de triagem foram projetadas para auxiliar na identificação. Cabe ao farmacêutico realizar intervenções com a equipe médica quando necessário para auxiliar na seleção, adição, substituição e ajuste da farmacoterapia do paciente. Assim, o trabalho evidenciou a fragilidade da população idosa e a necessidade de profissionais especializados à frente do cuidado desses pacientes. Palavras-chave: sepse, idoso, envelhecimento, epidemiologia.
Zolpidem: aumento do seu uso associado ao cenário pandêmico da COVID-19
(2023-06-28) Junior, Cláudio Murilo do Santos; Souza, Júlia Isabela de; Machado, Karina Viana; Ferraz, Lunna David
No início de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu a Covid-19 como uma doença pandêmica e, desde então foram criados diversos protocolos preventivos de propagação do vírus incluindo o isolamento social, algo que, somado a todas as incertezas que cercavam o novo cenário mundial resultou em um aumento do sofrimento psicológico e consequentemente o uso de substâncias psicoativas. No Brasil, a comercialização dos psicofármacos aumentou 17% em 2020 e 13% só nos primeiros cinco meses de 2021, em específico o zolpidem, que teve o maior crescimento (113%) no período de 2019 a 2021. O presente estudo se propôs a analisar o aumento do uso do zolpidem durante a pandemia da Covid 19 através de uma revisão narrativa baseada em artigos científicos e compêndios oficiais. Desse modo, foi constatado que a crescente procura do zolpidem ainda traz uma problemática maior, o uso indiscriminado do medicamento e diversos problemas associados, fazendo-se necessária a implementação de estratégias para assegurar o uso racional da substância, como a terapia cognitiva comportamental (TCCs), cursos de educação em saúde e a necessidade de reavaliar a notificação do receituário, visto que, atualmente, o zolpidem é adquirido por meio de receitas do tipo B1 e de controle especial, podendo implicar em um tempo de tratamento maior que o indicado.
Atenção farmacêutica de pacientes portadores de HIV e AIDS na adesão ao tratamento antirretroviral.
(2023-06-21) Santos, Diego; Amorim, Eron; Câmara, Lucas; Souza, Rafaela
No começo dos anos 80, com o surgimento de um novo vírus conhecido como Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), foi disseminado em todos os continentes sendo caracterizado como uma pandemia. O vírus infecta as células do sistema imunológico principalmente linfócitos TCD4+, se replicando e destruindo as células, causando imunossupressão do indivíduo, tendo como tratamento o uso de antirretrovirais. O presente estudo visa realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o HIV/AIDS e ressaltar a importância do profissional farmacêutico na adesão ao tratamento antirretroviral e a necessidade desse profissional no cuidado de pessoas vivendo com HIV e AIDS. Com o levantamento bibliográfico observou-se que a relação dos pacientes com uma equipe multidisciplinar traz uma qualidade de vida e adaptação ao tratamento sendo a adesão umas das principais dificuldades, visto que a Terapia Antirretroviral (TARV), acarreta efeitos adversos como: Hepatotoxicidade, reações de hipersensibilidade e cutâneas graves, insônia, cefaleia, náuseas e vômitos. O profissional farmacêutico possui um papel crucial na adesão a terapia, atuando nos principais pontos onde há maior dificu ldade à adesão medicamentosa, no início e na continuidade do tratamento, estando presente na dispensação dos antirretrovirais, na orientação e no acompanhamento analítico com propriedade para intervenções na terapia, atuando de forma direta no manejo do tratamento para atingir ao máximo uma melhor adesão do paciente ao tratamento com antirretrovirais. Palavras-chave: Assistência farmacêutica; HIV e AIDS; Tratamento antirretroviral.

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