Medicina

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Fraturas de estresse de joelho em um ambulatório de joelho na cidade no sul de Santa Catarina
(2024-06) CARDOSO, Cintia dos Santos Fagundes; MARTINS, Rafael Olivio
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o perfil epidemiológico, os mecanismos de lesão e a localização das fraturas de estresse na tíbia proximal e no fêmur distal em pacientes atendidos no ambulatório cirúrgico de joelho de uma clínica ortopédica no sul de Santa Catarina. Métodos: Estudo do tipo transversal com análise de dados secundários. Foram analisados 30 prontuários incluídos na pesquisa de pacientes com diagnóstico de fratura de estresse. Na descrição dos dados foram utilizadas frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis qualitativas e medidas de tendência central e dispersão para as quantitativas. Resultados: A média de idade dos prontuários avaliados foi de 35 anos (Desvio-padrão: 12 anos) com predominância do sexo feminino (80%). Houve predomínio de dor há mais de um mês (40%), referida em região medial do joelho (n=20; 66,67%), com domínio do local de lesão na tíbia proximal (36,67%), seguido do platô tibial (20%). Verificou-se ainda como causa da lesão o trauma relacionado a corrida (60%), seguido por musculação (6,67%). Conclusões: Houve predominância de indivíduos do sexo feminino, adultos jovens e praticantes de exercícios de alto impacto, como a corrida. Dessa forma, a região medial da tíbia foi a mais acometida.
Associação entre quadro clínico e funcional com exame de imagem em pacientes com lombalgia atendidos em uma clínica de radiologia do sul de santa catarina
(2024-06) ROSA, Patricia Carvalho da; OLIVEIRA, Julyana Gomes de
Introdução: A lombalgia é uma condição comum que causa dor na região lombar da coluna vertebral, afetando significativamente a qualidade de vida e gerando altos custos socioeconômicos. Objetivo: avaliar dados clínicos, funcionais e de imagem em pacientes com lombalgia atendidos em uma clínica radiológica do sul do Brasil. Resultados: Participaram do estudo 64 pacientes, sendo a maioria de mulheres (68,8%), com média (±DP) de idade de 52,3 (± 16,5) anos. No questionário de Roland-Morris (QRM) a mediana (p25-p75) foi de 16 (13-18). Os achados mais comuns da ressonância magnética foram discopatia/ abaulamento ou desidratação discal (86%) e osteoartrose/osteofitose (58%). A análise estatística revelou associações significativas entre a escolaridade, idade e presença de comorbidades com a lombalgia crônica. No entanto, não houve associação significativa entre o sexo e a lombalgia crônica. Os resultados da ressonância magnética não mostraram associação significativa com as limitações funcionais relatadas pelos pacientes, avaliada pelo QRM. Conclusão: Embora diferentes lesões possam ser identificadas na ressonância magnética, não há uma associação estatisticamente significativa entre esses achados e as limitações funcionais avaliadas pelo questionário de Roland Morris. Isso destaca a necessidade de uma abordagem abrangente na avaliação e no tratamento da lombalgia crônica.
Perfil da sexualidade feminina em acadêmicas do curso de medicina em uma universidade de Santa Catarina
(2024-06) PAGNUSSATT, Letícia
Objetivo: Identificar o perfil clínico e epidemiológico da sexualidade feminina em acadêmicas de medicina em uma Universidade do Sul de Santa Catarina. Métodos: Estudo epidemiológico do tipo transversal, aplicado um questionário para as acadêmicas de medicina matriculadas em uma universidade do sul de Santa Catarina, no período de 01 de março a 31 de dezembro de 2023, a população em estudo compreendeu 428 acadêmicas das 572 matriculadas no curso. Resultados: Perfil demográfico predominantemente de jovens, brancas, católicas, cisgêneros e heterossexuais. Constatou-se a presença de educação sexual, o método contraceptivo mais utilizado são os contraceptivos orais, com baixa adesão do uso de preservativos. A maioria consegue alcançar o orgasmo, reconhecem a menstruação como um processo natural do corpo feminino. A masturbação, ainda, é um tabu entre as acadêmicas e o benefício do uso de sex toys não está amplamente difundido. Na função sexual, a maioria sente bastante desejo sexual, excitação e lubrificação. A maioria desconhece os estágios da resposta sexual feminina. Sobre a anatomia feminina, possuem conhecimento como era previsto. Referente ao abuso sexual, metade das entrevistas desconhecem as etapas após vivenciar um abuso sexual. Conclusão: As acadêmicas estão mais propensas a vivenciar a sua sexualidade, receberam educação sexual, conseguem chegar ao orgasmo e reconhecem a menstruação como um processo natural do corpo feminino. Contudo, há tabus em temas como sex toys e masturbação. Os estágios da resposta sexual feminina, ainda não estão amplamente difundidos entre as acadêmicas.
Microagressões raciais e autoestima em mulheres negras de uma comunidade remanescente de um quilombo no sul de Santa Catarina
(2024-06) ANTUNES, Manuella Gomes; MARQUARDT, Manuella
Este estudo analisou o perfil sociodemográfico, as microagressões raciais e a autoestima em mulheres negras na comunidade quilombola Ilhotinha, em Santa Catarina. Trata-se de um estudo observacional com delineamento transversal, realizado através de entrevista presencial. Para obtenção dos dados aplicou-se questionário sociodemográfico, Escala de Autoestima de Rosemberg, e Escala de Microagressões Raciais de Gênero. A maioria das participantes eram adultas, casadas, com baixa escolaridade, e exerciam atividade remunerada no momento da entrevista. Constatou-se elevada autoestima e baixa ocorrência de microagressões raciais e de gênero. É de suma importância salientar que a questão da autoestima em mulheres negras vai muito além da estética, podendo também impactar na saúde mental e qualidade de vida dessa população que luta diariamente pela valorização cultural e igualdade social.
Prevalência de sintomas da síndrome de burnout em profissionais de saúde encarregados em setores de emergência em diferentes hospitais do sul de Santa Catarina
(2024-06) PEREIRA, Pedro Miguel Ghizoni; HEERDT, Carlos Gabirel Hensing
Introdução: A síndrome de Burnout é uma afecção psicológica que pode ser caracterizada em três dimensões, sendo estas a despersonalização, a exaustão emocional e a desrealização profissional. Atualmente, a síndrome vem se tornando gradativamente mais prevalente, principalmente entre profissionais de saúde em setores de emergência. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência dos sintomas da doença em hospitais do sul do Brasil. Métodos: Estudo observacional de delineamento transversal. Foram estudados profissionais de saúde encarregados em setores de emergência de três hospitais do sul do Brasil, por meio de questionários autoaplicáveis validados. Resultados: Foram coletados 68 questionários, dos quais 15 (22%) foram excluídos por preenchimento incompleto. Dos participantes, 66% pertenciam ao sexo feminino e a mediana (p25-p75) de idade foi 31 (26-37,5) anos, 41,5% eram técnicos de enfermagem, 30,2% enfermeiros e 28,3% médicos. Dentro da amostra, 35,8% trabalhavam em uma instituição hospitalar de pequeno porte, 39,6% em uma de médio e 39,6% em uma de grande porte, 12(22,6%) dos trabalhadores nunca realizaram férias. As prevalências verificadas de exaustão emocional, despersonalização e desrealização profissional altas foram de 28,3%, 30,2% e 26,4%, respectivamente. A classificação do risco de desenvolvimento da síndrome de Burnout foi verificada em 4 (7,5%) dos participantes. O subitem desrealização profissional apresentou classificação baixa quando associado a exercer atividade em outra instituição, com RP de 0,14 e valor de p=0,001. Conclusão: A prevalência de sintomas da síndrome de Burnout se mostrou baixa neste estudo. Dentre as dimensões caracterizadas pelo Maslach Burnout Inventory (MBI), a despersonalização se mostrou alta com maior prevalência que as demais.
Prevalência de complicações tardias após Bypass Gástrico
(2024-06) MENDES, Helena Jeremias; NASCIMENTO, Ricardo Reis do
INTRODUÇÃO: Embora seja vastamente documentada a eficácia e segurança do procedimento, o ypass gástrico em Y de Roux, como qualquer procedimento cirúrgico, não é isento de riscos e complicações. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de complicações tardias após bypass gástrico. MÉTODOS: O estudo possui delineamento transversal observacional e foi realizado em uma clínica privada e em um hospital no sul de Santa Catarina no período de setembro de 2023 a dezembro de 2023. A população do estudo é composta por registros de prontuários de pacientes que realizaram cirurgia de by-pass gástrico em Y de Roux em um município do sul de Santa Catarina no período de 01 de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. RESULTADOS: Em 25,4% dos pacientes inclusos no estudo apresentaram complicações tardias, sendo que 10 pacientes sofreram mais de 1 complicação. O perfil identificado entre os pacientes que realizaram o Bypass foi: predominantemente do sexo feminino (75,4%), a média de idade encontrada foi 36,86 anos, 48,9% sofriam de Obesidade Classe III, 3,2% haviam se submetido previamente ao Sleeve Gástrico, 11,5% faziam uso de bebida alcoólica e 6,3% deles eram tabagistas ou ex-tabagistas e mais de 42% dos avaliados apresentavam esteatose hepática. A complicação mais prevalente foi a colelitíase (11,5%), seguida pela ulceração marginal (7,1%) e a nefrolitíase (3,2%). O tempo médio entre o procedimento de Bypass e a primeira complicação tardia foi de 15,17 meses, e a média de idade dos pacientes na data da primeira complicação tardia foi de 38,17 anos. Já o tempo médio entre o Bypass e a segunda complicação foi de 29,25 meses e a média de idade na segunda complicação foi de 42,50 anos. O exame de Ultrassonografia foi o mais realizado dos exames complementares (45,31%) entre os pacientes com complicação e 48,44% desses pacientes foram submetidos à Colecistectomia Videolaparoscópica. Vale lembrar que, 12,5% dos pacientes com complicação tardia necessitaram de mais de 12 horas de internação hospitalar. Além disso, nenhum desses demandou de internação em Unidade de Terapia intensiva. Com relação ao desfecho, 100% dos pacientes que necessitaram de internação hospitalar tiveram alta após o tratamento. CONCLUSÃO: A prevalência de complicações tardias após bypass gástrico foi de 25,4%.
Infecções relacionadas à assistência à saúde e desfecho em pacientes em uma unidade de terapia intensiva do sul do Brasil
(2024-06) OLIVEIRA, Maria Paula Balla de; CAMARGO , Tatiane Souza
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde representam eventos adversos resistentes aos serviços de saúde, aumentam o tempo de internação, os custos com o manejo do paciente, além de ampliar a mortalidade e morbidade. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico das infecções relacionadas à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva no sul do Brasil. Delineamento: Estudo do tipo transversal, com coleta de dados secundários de pacientes internados na UTI que tiveram IRAS, no período de 01/01/2022 a 31/12/2022 em hospital terciário do sul de Santa Catarina. Resultados: Foram analisados 122 pacientes. O perfil identificado entre os pacientes foi predominante do sexo masculino (59%), na faixa etária de 60 anos ou mais (55,7%). A presença de alguma comorbidade estava presente na maioria dos pacientes (80,9%). Mais de 60% tinham como fator de risco a hipertensão. O sítio de infecção mais prevalente foi a corrente sanguínea (83,6%), seguido do trato respiratório (80,3%) e trato urinário (46,7%). Na comparação com desfechos, a idade ≥60 anos e a presença de alguma comorbidade esteve mais associada ao óbito. E o sexo feminino relacionado com infecção do trato urinário, maior presença de bactérias gram-positivas na corrente sanguínea e gram-negativas no trato respiratório e urinário. Implicações: Este estudo permitiu analisar os casos de infecção relacionada à assistência à saúde em UTI, bem como os patógenos etiológicos mais prevalentes, chamando atenção para importância de medidas preventivas e de precaução em ambiente de terapia intensiva.
Prevalência de violência entre universitários em uma universidade no sul de Santa Catarina
(2024-06) NASCIMENTO, Arthur David Conrado; KRUEL, Ana Júlia Antunes
Introdução: A violência, presente desde a colonização, é definida como o uso intencional de poder físico ou psicológico contra indivíduos ou grupos. Nas universidades, a violência persiste, tornando crucial o debate e ações para criar um ambiente inclusivo e livre de discriminação. Instituições de ensino superior devem promover conscientização e políticas públicas para garantir igualdade de direitos, respeitando a diversidade sexual e de gênero. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de violência entre universitários da Universidade do Sul de Santa Catarina no segundo semestre do ano de 2023.Métodos: Trata se de um estudo transversal o qual avaliou 316 acadêmicos dos cursos de medicina, psicologia e enfermagem. A coleta de dados aconteceu no ano de 2023, por meio de questionários autoaplicados. Resultados: A prevalência de violência entre universitários foi de 7,3%. Observou-se que 4,4% sofreu violência psicológica/moral,0,9%violência sexual e 1,6% sofreu mais de um tipo. Em relação a violência sexual, 2,2% responderam que sofreram assédio sexual. Ainda, 1,9% responderam que já sofreram violência por conta da orientação sexual e identidade de gênero, sendo 1,6%psicológica/moral. Além disso, percebeu-se uma associação entre se sentir excluído e ter sofrido algum tipo de violência e também entre ter sofrido violência psicológica e se sentir excluído. Conclusões: O presente estudo demonstra uma prevalência de mulheres, brancas, entre 18 e 25 anos, com renda de 1 a 5 salários-mínimos, residentes de Tubarão, solteiras, cisgênero e heterossexuais. Os tipos de violência mais prevalentes foram a violência psicológica e a sexual.
Perfil epidemiológico de ciclistas amadores da região de Criciúma e Tubarão
(2024-06) MENDES, Diego Meurer; GAVA, Carlos Eduardo Pacheco
Objetivos: O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico de ciclistas amadores na região de Criciúma e Tubarão. Métodos: Estudo transversal por meio de uma abordagem de conveniência recrutando indivíduos participantes dos principais grupos de ciclismo amador na região. A coleta de dados foi realizada através de um formulário online. Resultados: Participaram do estudo 102 ciclistas com predomínio do sexo masculino, ensino superior completo e idade média de 43,5 anos. A modalidade mais popular é o Mountain Bike, e a participação em competições de ciclismo amador e o uso de suplementos é frequente na amostra estudada. A adesão ao uso de equipamentos de segurança é alta, com destaque para capacetes e luvas. Lesões e problemas de saúde são relatados por 30 (29,4%) participantes, embora eles considerem o ciclismo benéfico para a saúde e favorece o emagrecimento. A altura média foi de 1,74 metros, IMC médio de 25,7 e peso médio de 78,5 kg. Conclusão: Conclui-se que o ciclismo é uma prática esportiva que beneficia a saúde, no entanto, também oferece riscos de lesões por queda ou por movimentos repetidos, e sofre um apelo para o uso de suplementos alimentares. Portanto, para enfatizar os benefícios e minimizar os riscos, os conhecimentos e recursos da medicina esportiva sejam aplicados a esta população, tanto em atendimentos de rotina e de emergência, bem como em atendimentos com objetivos relacionados ao ciclismo.
Incidência de espinha bífida em crianças nascidas em Santa Catarina: estudo ecológico da última década
(2024-06) WENSING, Guilherme Xavier
Introdução: Defeitos do tubo neural (DTNs) são anomalias congênitas que afetam o sistema nervoso central nas primeiras semanas embrionárias, sendo a espinha bífida uma manifestação comum, com sintomas neurológicos, ortopédicos e urológicos. Fatores genéticos e ambientais contribuem para essas anomalias. O diagnóstico pré-natal aprimorado e uma abordagem multidisciplinar desde a gestação são cruciais para minimizar complicações. Material e Métodos: Este estudo ecológico analisou a incidência de espinha bífida em crianças nascidas em Santa Catarina de 2013 a 2022, com dados do DataSUS. Foram apresentadas características da população estudada e métodos estatísticos empregados. Resultados: Em Santa Catarina, houve 223 casos de espinha bífida (23,13 por 100.000 habitantes). Joinville, Florianópolis e São José foram os mais afetados. A incidência foi maior entre o sexo masculino, sendo observado maior prevalência entre as gestantes de 25 a 29 anos. A maioria dos recém-nascidos tinha escores de Apgar altos e peso entre 3000 e 3999g. Blumenau registrou 41 óbitos, o maior número. Não houve diferenças significativas entre os sexos. Discussão: A queda nos casos de espinha bífida em Santa Catarina pode estar ligada à fortificação de ácido fólico. A predominância masculina e racial branca, além da incidência entre as gestantes mais jovens, ressaltam questões sociodemográficas e de acesso à saúde. Os escores de Apgar destacam a importância da avaliação precoce, e os óbitos ressaltam a necessidade de monitoramento contínuo para reduzir a morbidade e mortalidade. Conclusão: O estudo reitera a importância de políticas de saúde e práticas clínicas para reduzir a incidência da espinha bífida e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.
Comparação entre índices prognósticos para predição de óbito em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital do sul do Brasil
(2024-06) MENEZES, Sabrina Bianchi de; CÂNDIDO, Ana Alice Araújo Ribeiro
Introdução: Os escores prognósticos de gravidade da doença utilizam conhecimentos clínicos para calcular a probabilidade de um desfecho desfavorável. O objetivo deste estudo foi comparar a acurácia dos índices prognósticos Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II) para predição de óbito em UTI. Método: Coorte retrospectiva. Foram aleatorizados pacientes maiores de 18 anos que estiveram internados entre Janeiro de 2022 a Dezembro de 2022 na UTI analisada. Resultados: Foram avaliados 385 prontuários, com prevalência do sexo masculino, com média (±DP) de idade de 60,5 (±15,7) anos. O perfil cirúrgico foi mais frequente (63,6%) e o tempo de internação teve mediana (p25-75) de 5 (3-9) dias. A média (±DP) de pontuação do APACHE II foi de 14,1 (±8,5) e do SOFA de 3,7 (±3,1). As intervenções cirúrgicas tiveram maior frequência absoluta nos diagnósticos cardíaco/circulatório (91), neoplásico (46), abdominal (27), traumático (23) e outros (18).A taxa de mortalidade foi de 24,2%. No modelo bivariado, as variáveis associadas significativamente ao óbito foram escores APACHE II e SOFA, idade ≥ 60 anos, insuficiência renal crônica (IRC), perfil clínico, os diagnósticos respiratório, neurológico, infecção, neoplasia e a ausência de diagnóstico cardíaco/circulatório e tempo de internação. O modelo multivariado para óbito demonstrou uma área sob a curva Característica de Operação do Receptor (ROC) (IC 95%) de 0,895 (0,858-0,932) e p<0,001, onde as variáveis incluídas demonstraram OR (IC 95%) para o APACHE II 1,222 (1,172-1,274), SOFA 1,623 (1,460-1,803) e o APACHE II aplicado em associação com o SOFA 1,171 (1,134-1,209). Nesse modelo, também tiveram significância Diabetes Mellitus 1,990 (1,002-3,949), IRC 16,062 (2,288-112,772) e ausência de diagnóstico cardíaco/circulatório 0,458 (0,206-1,000). Conclusão: A aplicação do APACHE II e do SOFA fornece boa acurácia para predizer desfechos clínicos em UTI.
Prevalência de alterações mamárias em decorrência do aleitamento materno nos primeiros dias de pós-parto
(2024-06) NICOLEIT, Gabriel Pellegrin; ROSA, Maria Eduarda Caetano da
Objetivo: Identificar as principais dificuldades encontradas pelas puérperas no aleitamento materno entre os primeiros dias de puerpério, objetivando estimar a prevalência de complicações mamárias nos primeiros dias de pós-parto. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional com delineamento transversal com puérperas entre o terceiro e o quadragésimo-segundo dia, que frequentaram o serviço de triagem neonatal entre o período de setembro de 2023 a fevereiro de 2024, através da aplicação de questionários com as participantes do estudo, em um município do sul de Santa Catarina. Resultados: A principal faixa etária encontrada das puérperas foi entre 16 e 34 anos, sendo brancas e solteiras. As complicações mamárias mais encontradas foram fissura, ingurgitamento mamário, mastite e bloqueio de ductos. Conclusão: Em metade das participantes evidenciou-se alguma complicação mamária. Dentre as complicações, a fissura mamária foi a mais prevalente.
Conhecimento dos acadêmicos de medicina de uma universidade do Sul de Santa Catarina sobre o Sistema Único de Saúde
(2024-06) PAULA, Winicius Leonardo Oliva de
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, criado pela Constituição Federal de 1988, visa garantir o acesso universal, integral e de qualidade aos serviços de saúde. Apesar dos avanços desde sua implementação, o SUS ainda enfrenta desafios significativos. A regionalização é uma estratégia chave do sistema, permitindo uma gestão adaptada às realidades locais e maior participação popular. No entanto, há uma falta de conhecimento sobre o SUS entre a população geral e, surpreendentemente, entre estudantes de cursos de saúde, incluindo medicina. Estudos sugerem que, embora os alunos de medicina sejam introduzidos aos conceitos do SUS no início de sua formação, este conhecimento se dilui ao longo do curso. Este estudo pretende avaliar o conhecimento dos acadêmicos de Medicina de uma universidade no sul de Santa Catarina sobre o SUS. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal com acadêmicos do sexto ao oitavo semestre do curso de medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), campus Tubarão. A amostra incluiu 175 acadêmicos. Participaram do estudo aqueles que estavam regularmente matriculados, presentes no dia da coleta dos dados e que aceitaram participar mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi aplicado um questionário sociodemográfico e sobre o SUS. A análise dos dados foi feita utilizando frequências absolutas e relativas para variáveis qualitativas, e medidas de tendência central e dispersão para as quantitativas. Resultados: A amostra foi majoritariamente feminina (65,71%), na faixa etária de 20 a 30 anos (88,57%) e solteira (94,29%). Sobre o SUS, 92,57% dos acadêmicos tiveram matéria específica sobre suas bases legais durante o curso, mas apenas 38,29% avaliaram seu conhecimento pessoal como "bom". Os princípios de "Universalidade, Integralidade e Equidade" foram identificados por 98,86% dos acadêmicos, mas apenas 5,71% assinalaram corretamente todos os princípios do SUS. A descentralização foi o princípio mais reconhecido (71,43%), enquanto o controle social foi o menos identificado (18,86%). Em relação aos campos de atuação do SUS, 84,00% reconheceram corretamente alguns campos, mas nenhum acadêmico identificou todas as alternativas corretas. Quase todos os acadêmicos (98,29%) já haviam utilizado serviços do SUS, e 43,68% classificaram o sistema como "bom". Conclusões: Este estudo revela que os acadêmicos de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, majoritariamente mulheres solteiras entre 20 e 30 anos, possuem um conhecimento sólido sobre o SUS, embora haja espaço para aprimoramento na compreensão e prática dos seus princípios. Além disso, a alta taxa de utilização e a avaliação positiva dos serviços do SUS indicam sua relevância e aceitação entre os estudantes.
Perfil epidemiológico dos pacientes psiquiátricos internados em um hospital do sul de Santa Catarina
(2024-06) BRAIDE, Carlos Victor Santos; RODRIGUES, Mateus Alexandre Dadia
Introdução: Internações psiquiátricas vem obtendo importância devido a um contexto de maior atenção à saúde mental, dada a crescente prevalência de transtornos mentais. Apesar das mudanças, diante de um contexto histórico, internações em hospitais psiquiátricos ainda são necessárias, porém como último recurso e por períodos menores. Contudo, persiste um tabu em relação a essas internações, ignorando a realidade da alta prevalência de transtornos mentais e o sofrimento psíquico dos pacientes. Dessa forma, o presente estudo objetivou caracterizar o perfil sociodemográfico e clínicos dos pacientes psiquiátricos internados em um hospital do sul de Santa Catarina. Métodos: Trata-se de um estudo transversal o qual avaliou prontuários de 300 pacientes internados em um hospital, de uma cidade do sul de Santa Catarina. A coleta de dados ocorreu entre setembro a novembro de 2023, por meio um instrumento de coleta de dados próprio, os quais foram coletados via pesquisa em prontuários eletrônicos. Resultados: A maioria dos pacientes internados são do sexo feminino. Sendo os sintomas orgânicos e os transtornos mentais e comportamentais por uso de álcool, mais prevalentes, em ambos os sexos. Conclusões: Evidencia-se, portanto, a necessidade do avanço no âmbito de saúde psiquiátrica, com a finalidade de beneficiar indivíduos com distúrbios psiquiátricos e, consequentemente, atenuar o número de pessoas afetadas por essas morbidades.
Prevalência de alterações detectdas a partir do teste do pezinho em um município no sul de Santa Catarina
(2024-06) BENDO, Alícia Brighenti
Objetivo: Estimar a prevalência de alterações detectadas a partir do teste do pezinho em um município do Sul de Santa Catarina, no período de agosto de 2023 a fevereiro de 2024. Método: Estudo transversal, sendo analisados 237 crianças e respectivas progenitoras e resultado do teste, no setor de triagem neonatal da Fundação Municipal de Saúde do município. Resultados: De 237 neonatos analisados, 21 apresentaram alterações no Teste do Pezinho. O Traço Falciforme foi a principal alteração detectada, e a prematuridade e/ou baixo peso ao nascer o principal determinante para a necessidade de recoleta. Não houve diferenças significativas entre os resultados do teste e gestação de risco ou via de parto. Conclusões: O estudo destaca a importância do teste do pezinho na detecção precoce de patologias neonatais, tendo as hemoglobinopatias como as mais prevalentes. Apesar das limitações, os resultados evidenciam uma adesão satisfatória ao período de coleta e à consulta pré-natal, indicando melhorias no cuidado maternoinfantil.
Perfil epidemiológico de pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital no sul de Santa Catarina
(2024-06) LEANDRO, Vinícius Isidoro; GONÇALVES, Ana Clara
Introdução: A colecistectomia, procedimento cirúrgico para remover a vesícula biliar, é amplamente indicada no tratamento de cálculos biliares e complicações associadas. Com sua introdução no Brasil na década de 1990, seguida pela sua disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2008, consolidou-a como a abordagem preferencial. Dessa forma, o presente estudo se propõe a descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital no sul de Santa Catarina, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022. Métodos: Realizado no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão, Santa Catarina, este estudo epidemiológico de delineamento transversal utilizou a revisão de prontuários como técnica de coleta de dados. Foram analisados 754 prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia durante o período especificado. Resultados: A análise sociodemográfica revelou uma predominância de pacientes do sexo feminino, adultos, e de etnia branca. Em termos de comorbidades, hipertensão arterial sistêmica foi a mais prevalente, seguida por obesidade e diabetes mellitus. 69,30% dos pacientes foram submetido à colecistectomia videolaparoscópica. Complicações intraoperatórias foram raras, com apenas um caso de pneumoperitonite relatado. As complicações pós-operatórias variaram em incidência, incluindo náuseas, dores abdominais e êmese. Conclusões: Este estudo proporciona uma visão abrangente do perfil dos pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital específico do sul de Santa Catarina durante um período de cinco anos. Os resultados destacam características demográficas, prevalência de comorbidades e incidência de complicações cirúrgicas, contribuindo para uma melhor compreensão da prática clínica nesse contexto específico. A predominância de pacientes do sexo feminino e adultos, juntamente com a baixa taxa de complicações, sugere a eficácia e segurança do procedimento, corroborando sua posição como tratamento padrão para condições como colelitíase e suas complicações associadas.
Caracterização dos pacientes internados por litíase em um hospital do sul de Santa Catarina de janeiro de 2018 a janeiro de 2022
(2024-06) SOUZA, Andressa Tonelli de
Introdução: Acredita-se que o desequilíbrio entre a solubilidade e a precipitação de sais na urina sejam os responsáveis pela nefrolitíase. O presente estudo, visa caracterizar os casos de internação por litíase renal ou ureteral, sua evolução clínica, através do tempo de permanência na internação e procedimentos curativos e diagnósticos realizados. Métodos: estudo do tipo coorte retrospectiva. Foram analisados os prontuários de pacientes em atendimento hospitalar, dentre os quais foram selecionados somente os internados, tendo como causa de internação a litíase renal ou ureteral (CIDs N13 e N20), no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2020. Resultados: O estudo contemplou 772 pacientes internados, cujos atendimentos resultaram em 995 internações. Dos 772 pacientes, 441 (57,1%) eram do sexo masculino, 94,2% eram brancos; 443 (56,1%) eram casados; e quanto à escolaridade, 238 (30,8%) dos pacientes possuíam ensino médio completo. A idade média do paciente no atendimento foi de 44,54 anos (DP ± = 13,87), variando entre 18 e 84 anos. Quanto ao tempo de evolução, a maioria das internações (84,5%) duraram entre 1 e 2 dias, cuja média foi 1,75 dias, variando entre 1 e 21 dias. Observou-se que, em 92% das internações, foram realizados procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos para tratamento do quadro de litíase. Conclusões: conclui-se que a maioria dos pacientes internados em decorrência de uretero ou nefrolitíase na unidade hospitalar, precisaram de intervenção invasiva ou minimamente invasiva, seja ela pré ou pós cirúrgica, para o manejo do quadro apresentado em detrimento das opções medicamentosas.
Perfil clínico-epidemiológico de pacientes hospitalizados por quadro de hemorragia digestiva alta
(2024-06) COELHO, Mariana
INTRODUÇÃO: A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) possui diversas repercussões clínicas e econômicas, configurando uma emergência médica frequente. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de pacientes hospitalizados por HDA. MÉTODOS: Estudo transversal, com coleta de dados a partir de prontuários de pacientes maiores de 18 anos diagnosticados com HDA (CID K92), no período de 01/01/2012 a 31/12/2022 em hospital terciário do sul de Santa Catarina. RESULTADOS: No período analisado foram hospitalizados 2175 pacientes com HDA. Neste estudo, a amostra foi de 249 pacientes. O perfil identificado entre os pacientes foi predominante do sexo masculino (67,9%), com média (±DP) de idade de 65,3 (±15,4) anos. O quadro clínico mais comum na chegada ao hospital foi hematêmese e melena (65,8% no grupo varicoso e 40,3% no não varicoso). A HDA não varicosa foi a mais prevalente (70,7%), sendo que a principal etiologia do sangramento evidenciada pela EDA foram as úlceras gástricas (40,6%). A taxa de mortalidade foi de 8,4%, e no subgrupo varicoso chegou à 17,8%. CONCLUSÃO: O sexo masculino foi mais prevalente em pacientes com HDA (67,9%) e média de idade (±DP) encontrada foi 65,3 (±15,4) anos. Ademais, o uso de AINES teve significância estatística no surgimento de HDA não varicosa, sobretudo em pacientes idosos. A taxa de mortalidade foi maior no subgrupo varicoso (17,8%) e a maioria desses pacientes possuíam doença hepática de base, que agravava seu quadro clínico, levando a uma evolução desfavorável. Este estudo contribui para a compreensão contínua da HDA como uma condição clínica complexa e multifacetada, cuja abordagem pode ser auxiliada pela melhor compreensão dos pacientes que apresentam um prognóstico mais desfavorável.
Prevalência dos fatores de risco associados ao câncer de mama nas mulheres atendidas em um município do sul de Santa Catarina
(2024-06) VENTURA, Rafaela Letícia
OBJETIVOS: Estimar a prevalência dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama nas mulheres atendidas na atenção primária de um município do sul de Santa Catarina. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal observacional com coleta de dados prospectiva. A amostra foi composta por mulheres a partir dos 30 anos que foram atendidas, nas unidades básicas de saúde escolhidas do município, durante os meses de agosto a dezembro de 2023. RESULTADOS: O estudo analisou 369 mulheres e dessas 48,1% estavam na faixa etária dos 50 aos 69 anos. Das mulheres participantes, 93,8% afirmaram ter filhos e 79,4% amamentaram. Já sobre a menopausa o montante de mulheres que afirmou estar nesse período é de 58,3%. O histórico familiar positivo estava presente em 28,7% das participantes do estudo e o sedentarismo foi relatado por 61,8% da amostra. O risco familiar presente teve associação com o período menopáusico (n=71). Não houve associação entre os hábitos de vida e o histórico familiar para câncer de mama. CONCLUSÃO: A neoplasia maligna de mama é uma doença de elevado impacto na vida das mulheres e tem sua origem em múltiplos fatores de risco que necessitam ser investigados visando estratégias de prevenção e identificação precoce nos grupos com risco aumentado. Palavras-chave: Fatores de risco; Mama; Prevalência; Neoplasias da Mama.
Estresse percebido e consumo referido de psicofármacos entre acadêmicos ingressantes no curso de medicina: prevalência e fatores associados
(2024-06) ANGELO, Bianca Farias; FARIAS, Helena Mazzuco
Introdução: O período que antecede o ingresso no ensino superior e o início da vida acadêmica são reconhecidos por gerar ansiedade, estresse e até depressão, atribuídos à pressão do vestibular, interferência familiar e concorrência acadêmica. No decorrer do curso, o estresse aumentado dos estudantes de medicina torna-se um fator que pode comprometer sua qualidade de vida, gerando como consequência dificuldades em relacionamentos sociais e o abuso de substâncias, como os psicofármacos. Objetivo: Este estudo visa avaliar o nível de estresse percebido e o consumo de psicofármacos entre estudantes ingressantes em uma universidade no Sul de Santa Catarina, além de investigar os fatores associados a esses fenômenos. Métodos: O estudo foi descritivo, transversal e quantitativo. A amostra incluiu 93 estudantes ingressantes no curso de Medicina. Foram utilizados dois questionários: um sobre perfil sociodemográfico e consumo de psicofármacos, e outro baseado na Escala de Estresse Percebido. Os dados foram coletados através do Google Formulários, com consentimento ético e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos estudantes avaliados, a maioria era do sexo feminino (65,59%), brancos (93,55%), solteiros (93,55%) e residentes em Tubarão (93,55%). O estudo revelou que 44,09% dos estudantes apresentaram alto nível de estresse percebido. Quanto ao consumo de psicofármacos, 25,81% dos estudantes eram usuários, sendo os antidepressivos a classe mais utilizada. Transtornos como ansiedade e depressão foram frequentemente diagnosticados entre os estudantes. Conclusão: O estudo conclui que os ingressantes no curso de Medicina enfrentam altos níveis de estresse e utilizam psicofármacos em frequência significativa, refletindo a necessidade de estratégias preventivas e de suporte psicológico dentro das universidades para mitigar esses impactos negativos na saúde mental dos estudantes.

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