Programa de Pós-Graduação em Ciências do Envelhecimento
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Dissertação Acesso fechado Relações entre capacidade funcional, satisfação corporal e conceito de felicidade em idosos longevos(2021) CADEDO, JOSIANEEnvelhecer abrange transformações que estão relacionadas a aspectos mentais, da personalidade, das motivações pessoais e, também, dos recursos sociais. O fenômeno do envelhecimento populacional vem acontecendo, o que provoca uma elevação relevante da expectativa de vida consequentemente o crescimento acelerado dos idosos longevos, que são o grupo de idosos com idade igual ou superior aos 80 anos. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar a capacidade funcional, a satisfação corporal e o conceito de felicidade em idosos longevos. Para isso, foram utilizados os seguintes instrumentos: Identificação dos Participantes; Questionário de V ariáveis Sociodemográficas; Instrumento de Avaliação da Capacidade Funcional para Atividades Avançadas de Vida Diária (AAVD), Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e Expectativa de Cuidado; Escala de Silhuetas para Adultos. Foi aplicado também uma pergunta sobre o Conceito de Felicidade. Além disso, aplicou-se o teste de normalidade, aplicando a correlação de Spearman, o teste de Tukey e Anova. No que diz respeito às análises qualitativas, foi selecionado o método de análise de conteúdo proposto por Bardin. A caracterização da amostra evidenciou uma população predominantemente feminina (68,8%), composta por idosos viúvos (57,3%) residindo com familiares (68,8%). No que se refere a capacidade funcional, 87,5% mostraram-se ativos para AAVDs, 51% independentes para AIVDs e 70,8% independentes para ABVDs. Em relação à escala das silhuetas, as mulheres apresentaram um desejo maior do ideal do corpo que gostariam de ter quando comparado aos homens. A análise de conteúdo evidenciou três categorias que permitem a compreensão do conceito de felicidade na velhice, sendo elas: a felicidade como saúde e bem estar, a felicidade como investimento social e relacional e aspectos negativos sobre a felicidade. A felicidade se relacionou com a manutenção do autocuidado e com a autonomia dos idosos para manter um envelhecimento ativo, saudável, com relações construídas ao longo da vida. A satisfação com a vida se relacionou com a sociabilidade, amizades e sentimentos positivos, bem como com as relações conjugais, sendo estas preditivas da felicidade. A ausência destas condições pode acarretar a recusa pela aceitação da velhice e dificulta na compreensão deste processo, suscitando angústias e o medo da finitude da vida e torna- se um obstáculo para a felicidade.Dissertação Acesso fechado "Padrões dietéticos, ingestão de nutrientes e prevalência de inadequação em idosos residentes no município de São Caetano do Sul"(2021) CAMARGO, HILARAalimentar, disponibilidade e variedade de alimentos são fatores que podem interferir na promoção da saúde. Identificar o consumo alimentar dessa população é imprescindível para verificar o estado nutricional e correlacionar com desfechos clínicos observados. Objetivo: Analisar a ingestão de nutrientes e a prevalência de inadequação de padrões dietéticos identificados nos idosos residentes no município de São Caetano do Sul. Casuística e métodos: Para realização da pesquisa foram utilizados dados do estudo “Avaliação da qualidade da dieta dos idosos residentes no município de São Caetano do Sul”. Participaram do estudo (n=295) idosos com 60 anos e mais de idade. Os padrões dietéticos (PD) identificados foram o “padrão tradicional” (PD1) e composto por arroz, feijão, verduras, azeite, legumes e frango, o segundo padrão (PD2) composto por massas, carne suína e doces, e o terceiro padrão (PD3) por café, leite e pães, manteiga ou margarina. Para avaliação dos nutrientes foram considerados os idosos que aderiram ao padrão cujo escore de consumo individual se posicionou no tercil superior. A análise ingestão de nutrientes dos indivíduos com adesão aos padrões dietéticos foi observada sob os seguintes aspectos: total energético (kcal), oferta total (g) de proteínas (total, animal e vegetal), aminoácidos (leucina e arginina), lipídios (saturado, insaturado e monoinsaturado), colesterol, ácido linoleico e ácido alfa- linolênico, ômega 3, carboidratos totais, açúcar total e de adição, fibras alimentares (total, solúveis e insolúveis) e oferta total (mg/mcg) de vitaminas lipossolúveis (vitamina A, betacaroteno, retinol, vitamina E e K), vitaminas hidrossolúveis (tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, piridoxina, folato total, cobalamina e vitamina C) e minerais (cálcio, fósforo, ferro, magnésio, zinco, cobre, selênio, manganês, sódio e potássio). A comparação da ingestão de energia, macro e micronutrientes dentre os tercis superiores de cada padrão foi realizada pelo teste de Kruskal Wallis, seguido pelo teste de post-hoc de Bonferroni para as comparações múltiplas. A prevalência de inadequação foi calculada com o percentual de idosos com ingestão abaixo do valor de EAR (Estimated Average Requirement) do Instituto of Medicine. Resultados: Ao analisar as diferenças significativa (p≤0,05) entre os padrões foi observado que o PD1 apresentou maiores quantidades de proteína vegetal, arginina, fibras totais e insolúveis, vitaminas E, K, betacaroteno, folato e minerais como magnésio, ferro, cobre, potássio e manganês. As maiores quantidades encontradas no PD2 foram proteína total e animal, arginina e leucina, niacina e fósforo. O manganês foi o único nutriente que apresentou diferença entre o PD1 e PD2. A prevalência de inadequação nos três padrões dietéticos no tercil de adesão foi acima de 50% para vitaminas D e E, cálcio e magnésio. Conclusão: O padrão alimentar tradicional foi o melhor padrão observado em relação ao maior consumo de nutrientes e menor prevalência de inadequação. Ao analisar a ingestão de nutrientes dos padrões dietéticos e a prevalência de inadequação foi possível identificar a qualidade nutricional de cada padrão e observar que as escolhas alimentares podem impactar na promoção da saúde e no envelhecimento saudável.Dissertação Acesso fechado Representações sociais e motivações de idosos para a reinserção no mercado de trabalho(2021) Machado, MarinnaA ideia central de um envelhecimento ativo é a possibilidade de exercer atividades práticas diárias e sociais, propiciando a ressignificação desta fase da vida. Neste sentido, é observada que a quantidade de idosos no mercado de trabalho vem aumentando, motivada pelo aumento da expectativa de vida, mudanças no cenário socioeconômico, além de outros fatores de natureza econômica e social. Os grupos que promovem a reinserção dos idosos no mercado de trabalho tem aumentado e buscam proporcionar práticas produtivas, além da ressignificação do trabalho na velhice. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa é analisar as motivações de idosos para a reinserção no mercado de trabalho. Trata-se de um estudo de campo exploratório que emprega uma metodologia qualitativa. A pesquisa foi composta por 19 idosos de ambos os sexos que participaram de movimentos de grupos relacionados à reinserção no trabalho nos últimos 6 meses. Como instrumentos para coleta de dados foram utilizados: um questionário sociodemográfico, uma entrevista semiestruturada e os questionários para avaliação da qualidade de vida na velhice, WHOQOL-Old e WHOQOL- Bref. Como resultados, foi apresentada uma amostra com características socioeconômicas diferenciadas do ponto de vista da saúde física, pois são idosos que praticam atividades físicas e apesar de utilizarem remédios diariamente, não precisam da supervisão para o uso das medicações. Foi observado o alto nível de escolaridade, levando em consideração que 84,2% dos entrevistados possuem 12 anos ou mais de estudos, assim como 73,7% dos entrevistados possuem renda média mensal de 4 salários mínimos ou mais. Os participantes também apresentaram bons índices de qualidade de vida, mesmo que estes tenham sido afetados pela pandemia. O trabalho foi significado pelos participantes como uma atividade que permite a construção de um sentido de vida e manutenção de uma rotina produtiva. Os idosos quebram os estereótipos da aposentadoria e reinventam esta fase da vida, buscando trabalhos que não estão diretamente ligados à jornada de uma atividade laboral, mas a possibilidade de exercer um papel na sociedade em que possam transmitir suas experiências de vida, serem reconhecidos e continuarem contribuindo ativamente para a sociedade.Dissertação Acesso fechado Alterações de comportamento dos idosos após um evento estressor e antes do diagnóstico demencial: percepção do cuidador familiar(2021) CALABRO, MARILIO rápido processo de envelhecimento, vem de encontro com o aumento da expectativa de vida. Neste contexto, pode-se dizer que quem vive mais, tem maior probabilidade de surgimento de doenças demenciais, incapacitantes e evolutivas, e diante do curso do envelhecimento, os familiares perceberam alterações de comportamento após um evento estressor vivido pelo idoso, o que levou a impactar todo núcleo familiar. Esses idosos, posteriormente, foram diagnosticados a quadros demenciais, e assim, institucionalizados. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo, descrever quais eventos estressores que os idosos vivenciaram e foram percebidos pelos familiares cuidadores, identificar se houve mudança de comportamento do idoso após o evento estressor, se o familiar cuidador fez correlação das mudanças de comportamento dos idosos com uma demência e se o familiar cuidador compreendia a demência e se sabia lidar com a doença. Foi realizado um estudo de campo qualitativo, baseado em entrevistas narrativas de 12 familiares de idosos demenciados e institucionalizados, onde foram coletadas informações acerca de eventos estressores e eventuais alterações no comportamento dos idosos, antecedentes ao diagnóstico demencial, pela percepção do familiar cuidador, por fim, concluiu-se que todos os idosos sofreram mudanças de comportamento após eventos estressores vivenciados antes do diagnóstico de demência, e que pela percepção dos familiares, entenderam que houve de fato uma possível correlação do evento com a potencialização do quadro, e que a maioria dos familiares não sabia lidar com a doença. Pretende-se com este estudo, o incentivo à novas pesquisas, acerca da importância de os familiares perceberem as alterações de comportamento dos idosos, e com isso, a possível antecipação do diagnóstico, o que permitiria o estabelecimento de ações mais efetivas de tratamento.Dissertação Acesso fechado Letramento em saúde e funcionalidade de pessoas idosas com e sem dor crônica musculoesquelética(2021) MORIYA, KARENA dor crônica musculoesquelética é altamente prevalente na população idosa e está relacionada a alterações na funcionalidade e qualidade de vida. A dificuldade de compreender informações relacionadas à dor e seu manejo pode contribuir para seu ciclo de perpetuação. O letramento em saúde (LS) consiste na capacidade de compreender e utilizar informações relacionadas à saúde e seu déficit foi associado à desconfiança relacionada ao controle da dor e ao baixo conhecimento sobre a dor crônica musculoesquelética em adultos. O objetivo deste estudo foi determinar se o nível de LS é fator associado ao nível de funcionalidade de pessoas idosas com e sem dor crônica musculoesquelética. A hipótese foi que o LS inadequado estaria associado a menores níveis de funcionalidade em pessoas idosas e que esta associação seria maior entre aquelas com dor crônica musculoesquelética. Os dados foram coletados por meio de um formulário eletrônico. O LS foi avaliado por meio do Newest Vital Sign e a funcionalidade por meio do World Health Disability Assessment Schedule — WHODAS 2.0. 174 idosos de ambos os sexos foram incluídos, sendo 121 com relato de dor crônica musculoesquelética (3 meses ou mais) e 53 sem relato de dor. O escore do WHODAS foi classificado em categorias de Maior Funcionalidade e Menor Funcionalidade a partir de uma análise de cluster usando o algoritmo K-Means. Os fatores associados a cada nível de funcionalidade foram determinados a partir de uma análise de árvore de decisão. O LS não foi fator associado à funcionalidade entre idosos sem dor. O LS inadequado apresentou-se como fator associado à menor funcionalidade entre idosos com dor crônica e idade maior ou igual a 71 anos. Entre idosos com menos de 71 anos, o LS inadequado foi fator associado a menor nível de funcionalidade entre aqueles com menor nível de escolaridade (máximo de ensino fundamental). Os resultados deste estudo reforçam a importância de que profissionais que atuam na atenção a pessoas idosas com dor crônica, estejam atentos ao nível de LS, principalmente entre os idosos com maior idade ou menor nível de escolaridade, considerando sua associação com um menor nível de funcionalidade.Dissertação Acesso fechado Efeitos agudos do treinamento de força com diferentes níveis de pressão de restrição do fluxo sanguíneo e de alta intensidade sobre as respostas cardiovasculares e perceptuais em homens adultos(2021) DE OLIVEIRA, ROQUENas últimas décadas, o treinamento de força com restrição do fluxo sanguíneo (TFRFS) tem ganhado destaque com aplicação nas áreas da reabilitação clínica, no esporte e em pesquisas que tem como objetivo promover o aumento na massa muscular e da força em diferentes populações. Embora o TFRFS realizado em baixas intensidades (20 a 50% de 1RM) tem induzido adaptações neuromusculares similares ao treinamento de força de alta intensidade (TFAI - ≥ 70% de 1RM), os estudos sobre as respostas cardiovasculares (CDV) e perceptuais desse modelo de treinamento tem apresentado resultados conflitantes. Além disso, existe uma preocupação sobre os efeitos do TFRFS sobre o reflexo pressor do exercício (metaborreflexo muscular) e a resposta CDV aumentada. A divergência desses estudos pode ser em parte atribuída ao uso de pressões de restrição do fluxo sanguíneo de forma arbitrária. O objetivo desse estudo foi investigar as respostas agudas cardiovasculares, perceptuais e reflexa muscular ao TRFRS com diferentes níveis de pressão de restrição e o TFAI. Participaram deste estudo 22 homens (29,1 ± 9,0 anos; 79,4 ± 14,2 kg; 1,75 ± 0,1 m), com experiência mínima de 6 meses em treinamento de força. Após as sessões de familiarização, os participantes completaram quatro protocolos de treinamento de força, de forma aleatória, no exercício de flexão e extensão do cotovelo do braço dominante, separados por no mínimo 48h entre eles. Foram eles: 20% de 1RM com 40% da pressão de oclusão (POCL) (20/40), 20% de 1RM com 80% da POCL (20/80), 20% de 1RM com 120% da POCL (20/120) e 70% de 1RM (70/0). As medidas de frequência cardíaca (FC), da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), da pressão de oclusão (POCL) e do duplo produto (DP) foram realizadas antes e imediatamente após o exercício. A resposta pressora reflexa ao exercício (RPRE) foi medida antes e após 30 min a realização dos protocolos de treinamento. A percepção subjetiva de esforço (PSE), de dor (PSD) e a percepção subjetiva de afeto (PSA) foram mensuradas ao final dos protocolos. A FC aumentou após todos os protocolos, sem diferença entre eles. A PAS e a PAM foram maiores em 20/120 e 70/0, enquanto a PAD foi maior em 20/120 e o DP foi maior em 70/0. A POCL aumentou somente em 20/120 e foi superior a todos os protocolos. A RPRE aumentou em todos os protocolos sem diferença entre eles. A PSE aumentou em todos os protocolos, porém, 20/120 e 70/0 foram maiores que os outros protocolos. A PSD foi maior em 20/80 e 20/120, enquanto a PSA foi menor em 20/120 seguido por 20/80. Podemos concluir que o estresse cardiovascular e a percepção subjetiva de esforço foram maiores nos protocolos de treinamento de força com pressão de restrição suprasistólica e de alta intensidade. A maior percepção de dor e menor afeto (desprazer) foram observados nos protocolos com maiores níveis de pressão de restrição. No entanto, a reatividade pressora reflexa muscular não diferiu entre os protocolos.Dissertação Acesso fechado Estudo comparativo entre os efeitos da prática de exercícios físicos tradicionais e do pilates na cognição e percepção da imagem corporal, na percepção de dor, no nível de atividade física e na mobilidade funcional de idosos(2021) GOMES, AMANDAO envelhecimento é um processo natural no qual componentes biológicos, psicológicos e sociais modificam-se e reestruturam-se. Tem sido amplamente proposto que a prática de exercícios físicos contribui para retardar as alterações do envelhecimento. Vários tipos de exercícios físicos influenciam no comportamento dos aspectos da saúde dos idosos, porém poucos estudos comparam os efeitos dos exercícios físicos tradicionais com o Pilates. Assim, o objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos da prática dos exercícios físicos tradicionais e do Pilates sobre a cognição e percepção da imagem corporal, a percepção de dor, o nível de atividade física e mobilidade funcional em idosos. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídos 30 idosos (60 ou mais anos) divididos em 3 grupos: Sedentários, Praticantes de Exercícios Físicos Tradicionais e Pilates. Todos os participantes foram avaliados quanto: a cognição, pelo (Mini Exame do Estado Mental), a percepção da imagem corporal, pelo (Image Marking Procedure), a intensidade (Escala Visual analógica da Dor) e os aspectos subjetivos da dor (Questionário McGill de Dor), ao nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física, IPAQ) e a mobilidade funcional (Time Up and Go Test). A análise dos dados foi realizada com auxílio do software GraphPad Prism 8.0 e o nível de significância estabelecido em 5% (p<0,05). Os resultados do presente estudo apontaram o grupo dos sedentários com os piores resultados das variáveis pesquisadas, quando em comparação com demais grupos. No entanto, foi observado ausência de diferenças quanto ao nível de cognição avaliado pelo MEEM. Pode-se sugerir ainda, que a prática de atividade física, independente de ser tradicional ou Pilates promove uma melhor percepção da imagem corporal. Os praticantes de Pilates apresentaram menores índices de dor quando comparados aos demais grupos. Já os praticantes de exercícios físicos tradicionais apresentaram maior nível de atividade física em detrimento aos demais grupos. A mobilidade funcional entre os idosos participantes não apresentou diferenças significativas quando comparada entre grupos. Apesar de haver muitas dúvidas na prescrição de exercícios físicos, associar exercícios aeróbios, aos resistidos parecem a melhor alternativa, em detrimento ao sedentarismo. Assim, os programas de exercícios devem ser individualizados conforme as necessidades específicas do idoso.Dissertação Acesso fechado Autopercepção após meditação com base em mindfulness de idosos em distanciamento social pela pandemia da COVID-19(2021) MATTA, KÁTIA APARECIDAO aumento da população idosa sinaliza a importância da associação entre longevidade, saúde física, mental e qualidade de vida. Várias práticas são utilizadas para elevar essa qualidade e a meditação baseada em mindfulness pode beneficiar A você, minha eterna 4 AGRADECIMENTOS A Professora Claudia Carnevalle, obrigada por ter sido tão generosa, por sua incansável dedicação e compreensão nos momentos de dificuldades pelos quais passei. Jamais irei esquecer a maneira especial com que me tratou e me acompanhou, sem seu apoio eu não teria chegado até aqui. A minha orientadora, agradeço os muitos ensinamentos e as múltiplas sugestões que contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do meu trabalho. Deixo também um agradecimento especial aos idosos que participaram dessa trajetória tão prazerosa. Obrigada pela confiança, vocês foram fundamentais no desenvolvimento desse trabalho. 5 aspectos ligados à saúde e contribuir para tornar o indivíduo menos reativo ao recontextualizar experiências diárias. Atualmente este é um tema bastante relevante devido ao distanciamento social preconizado pelas autoridades de saúde justificado pela pandemia da COVID-19. Este estudo teve como objetivo analisar a auto- percepção dos efeitos da prática meditativa baseada em mindfulness em idosos em distanciamento social. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa e contou com 30 participantes contactados por aplicativo de mensagens. Os participantes receberam vídeos semanais de práticas de meditação por oito semanas e foram convidados a responder um formulário de auto-percepção sobre seus sentimentos antes e após as práticas. Os sentimentos foram categorizados e o teste estatístico do qui-quadrado foi aplicado. Ao final das oito semanas os participantes responderam duas questões qualitativas que foram analisadas pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Dos 30 participantes incluídos, 22 chegaram até o final do estudo. A maior parte eram mulheres (81,8%) com idade média de 65 anos. Houve alteração da auto-percepção de sentimentos antes e após as práticas meditativas. Sentimentos como pensativo, cansado, preocupado e triste foram relatados somente antes das práticas, enquanto os sentimentos feliz e muito bem, aumentaram em proporção significativa após as práticas. A análise qualitativa mostrou que a prática apoiou e beneficiou os participantes. Assim, é possível concluir que, para esse grupo de idosos, a prática da meditação baseada em mindfulness atuou de forma positiva e benéfica durante o isolamento social.Dissertação Acesso fechado Motivação para o empreendedorismo em pessoas com mais de 50 anos: uma pesquisa quantitativa(2021) CIDRAL, FREDERICOO mundo vem passando por diversas transformações, e uma das principais é o aumento da expectativa de vida que cresce a cada ano, acompanhada da evolução tecnológica, com isso enxergamos uma mudança do perfil do idoso, eles estão muito mais aptos a empreender. Empreender é criar algo novo, transformar ideias em realidades, fazer acontecer, saber calcular riscos e aproveitar oportunidades. Em 2018, a população de empreendedores entre 55 e 64 anos representava em torno de 35,6% do total dessa faixa etária no Brasil. O objetivo do presente estudo foi identificar o motivo pelo qual pessoas com mais de 50 anos empreendem. Para isso foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem quantitativa. Foram incluídos na pesquisa 34 pessoas de ambos os sexos. Foi realizada correlação de Spearman entre as variáveis. Foi considerado significativo p < 0,05. A média de idade foi de 62,7 anos. Entre o total de participantes, 50% eram do sexo feminino, 68% dos participantes tinham nível superior de escolaridade e quase 60% eram casados ou viviam com um (a) companheiro(a), 50% dos participantes tinham 2 filhos, 9% moram sozinhos, 45% ganhavam menos que 3 salários mínimos. Encontramos correlações positivas entre os motivos pelos quais os idosos empreendem como “fazer algo prazeroso”, “satisfação com a vida” e “realização profissional”. A Variável Renda fez correlação negativa com: “Falta de oportunidade de emprego, Mudança de estilo de vida, Realização profissional”. Em relação às mudanças mais marcantes após empreender, os resultados mais relevantes encontrados foram “Me realizei profissionalmente”, “Me Trouxe Felicidade” e “Criei novos aprendizados”. Os dados deste trabalho demonstram uma forte relação entre o empreendedorismo, participação social e situação financeira entre as pessoas com mais de 50 anos. Os principais motivos que levam os participantes da pesquisa a empreenderem estão relacionados ao convívio com as pessoas, em complementar a renda familiar, em continuar trabalhando, em fazer algo diferente e prazeroso, em fazer amigos. Além disso, estão relacionados também à mudança de estilo de vida, à necessidade financeira, à realização profissional e à satisfação com a vida. Essas relações tornam o empreendedorismo uma ferramenta importante que pode auxiliar para o aumento da qualidade de vida das pessoas. Além disso, o empreendedorismo pode trazer novas perspectivas para o futuro das pessoas, como aumento do seu convívio social e também da sua renda.Dissertação Acesso fechado "Risco nutricional, medo de cair e qualidade de vida em idosos longevos de diferentes contextos comunitários"(2021) WILSON, BONIFÁCIOO envelhecimento da população brasileira vem acompanhado de algumas preocupações com a qualidade de vida e o envelhecimento ativo. O objetivo desse trabalho foi relacionar o risco nutricional, o medo de cair e a qualidade de vida em idosos longevos de diferentes contextos comunitários. Foram avaliados, neste estudo de campo transversal quantitativo, 68 idosos (ambos os sexos), com mais de 80 anos de idade e diferentes contextos comunitários. Os participantes responderam um questionário com variáveis sociodemográficas e dados antropométricos. Para verificar o estado nutricional o questionário Mini Avaliação Nutricional (MAN). Para avaliar o medo de cair (FES-I). Para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o questionário da World Health Organization Quality of Life, na versão curta (WHOQOL-bref) e a versão para idosos (WHOQOL-old). Foi realizada análise descritiva e correlação de Pearson, considerando o “r” crítico de 0,22 com p<0,05, utilizando o programa Graph Prism 8.0. Os participantes apresentaram idade média de 83 anos (±3,0), 38 (55,9%) eram eutróficos pelo valor de índice de massa corpórea, sendo que 48 (70,6%) eram do sexo feminino, 42 viúvos (61,8%), 53 (78,0%) residiam em casa própria, 43 (63,2%) possuíam renda mensal de um a três salários mínimos (salário mínimo na época do estudo = R$917,00), e 51 (75,0%) estudaram somente até o Ensino Fundamental I. Quanto ao estado nutricional, avaliado pelo MAN a média foi 25,7 (±2,9), destacando que não apresentavam risco nutricional, tinham pequena preocupação em sofrer quedas (FES-I = 24,68 ±7,7). Observou-se que houve correlação positiva entre os domínios do WHOQOL-bref e o MAN, entre as facetas do WHOQOL-old e o MAN, e os domínios do WHOQOL-bref e as AAVDs. A qualidade de vida de idosos longevos está relacionada ao risco nutricional e ao medo de cair. Os dados desse estudo demonstram que quanto menor a qualidade de vida do idoso longevo de diferentes contextos comunitários maior o seu risco nutricional, menor o seu desempenho motor e maior o seu medo de cair. Estratégias para melhorar a saúde global, bem como estratégias e práticas que garantam um envelhecimento saudável e ativo, podem ser importantes na melhora da qualidade de vida desta crescente população.Dissertação Acesso fechado Fatores familiares e grau de dependência dos idosos associados a institucionalização em ILPI(2021) BIANCHI, SUZANAIntrodução: Com o número crescente de idosos no mundo, cada vez mais, será comum encontrar duas ou três gerações de uma mesma família com pessoas com mais de sessenta anos de idade. Devido às mudanças sociais e à busca por cuidados específicos e contínuos diante da complexidade de cada idoso, a procura por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) está cada vez mais comum. O processo de institucionalizar um idoso é complexo e está associado a diversas questões, desde as financeiras, até ao julgamento da sociedade e a resistência dos familiares pela visão negativa da institucionalização relacionada ao abandono, perda da liberdade e local de espera pelo momento da morte atribuída aos antigos asilos. Objetivo: Identificar fatores familiares e de dependência de idosos associados à institucionalização. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e de natureza quantitativa. Foram incluídos 34 participantes, sendo 17 familiares de idosos institucionalizados numa ILPI localizada na Zona Leste da Grande São Paulo e 17 familiares de idosos não institucionalizados pareados por idade e sexo. Os dados dos participantes foram obtidos por meio de questionário sociodemográfico e os idosos correspondentes a cada participante foram avaliados quanto ao grau de dependência pelas escalas de Katz, Lawton e pela Avaliação de Atividades Avançadas de Vida Diária. Os dados foram submetidos à análise de correspondência múltipla. Resultado: Todos os idosos institucionalizados apresentavam grau III de dependência. Houve predominância do sexo feminino tanto para familiares de idosos institucionalizados (59%) quanto não institucionalizados (89%), indicando que as mulheres ainda são as responsáveis pelos cuidados de idosos. Os familiares dos idosos não institucionalizados são mais jovens, e a maior parte ainda trabalha quando comparados aos familiares dos idosos institucionalizados. Além disso, os familiares dos idosos não institucionalizados são maiores em relação a número de filhos. Conclusão: O estudo mostrou relação entre idade, sexo e estado civil dos familiares e o grau de dependência dos idosos institucionalizados.Dissertação Acesso fechado Ancestralidades, corporeidades e o passar do tempo: Mestres da Cultura Popular Brasileira de Matrizes Afrocentradas(2021) da Silva, AdailtonEste trabalho buscou investigar as ancestralidades, corporeidades e o processo de envelhecimento no contexto da cultura de matrizes afrocentadas. Considerando que se trata de uma cultura baseada na oralidade, na qual o idoso tem, tradicionalmente, importante papel no compartilhamento de saberes ancestrais; e na qual o corpo é dispositivo de expressão resistência em manifestações culturais; tornar as perspectivas de Mestres da Cultura Popular Brasileira de Matrizes Afrocentradas sobre estes aspectos visíveis no meio acadêmico, enriquece a reflexão sobre diferentes formas de envelhecer. Sendo assim, o objetivo principal deste estudo foi investigar a ancestralidade, a corporeidade e o processo de envelhecimento na perspectiva de mestres idosos de cultura popular de matrizes afrocentradas. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, com abordagem baseada na Sociopoética. Participaram do estudo quatro idosos reconhecidos como Mestres de Danças Populares Brasileiras de matrizes africanas por suas comunidades. O estudo envolveu três etapas: a construção de uma narrativa oral e criação de uma dança/coreografia livre com base em um ritmo africano; a produção de uma narrativa mais aprofundada, a partir da visualização do vídeo da dança realizada por eles na fase anterior; e a finalização da produção de dados, reservado para compartilhar a análise prévia do pesquisador com os mestres, e assim realizada uma contra-análise com os mesmos. Deste modo, nas considerações, acredita-se que este trabalho contribuiu para ampliar a visibilidade de Mestres, do negro idosos, da cultura popular e do conhecimento afrocentrado no cenário acadêmico, permitindo o desenvolvimento dos temas propostos. Além de ampliar a visão sobre o negro idoso de forma decolonial, contrapondo a visão hegemônica de degradação e mazelas desse processo de envelhecimento.Dissertação Acesso fechado Estratégias de estimulação das funções executivas no envelhecimento: uma revisão integrativa(2021) GUEDES, LILIANDiante do aumento da expectativa de vida, o declínio das funções cognitivas em idosos vem se atenuando. Identificar nos estágios iniciais do comprometimento cognitivo em idosos permite estratégias de intervenção precoce direcionadas. O treinamento cognitivo baseado em estratégia é uma abordagem corretiva que envolve orientação e prática em técnicas compensatórias para melhorar a cognição, incluindo as funções executivas (FE) que são os processos cognitivos de controle e integração destinados à execução de um comportamento dirigido a objetivos. O treinamento das funções executivas parece promover a plasticidade cognitiva e neural na velhice, embora mais pesquisas sejam necessárias para desenvolver uma estrutura mais abrangente que conecte e elucida os mecanismos subjacentes ao treinamento cognitivo, transferência cognitiva e envelhecimento cognitivo. Objetivo do presente estudo foi apresentar uma revisão integrativa de artigos que contenham treinamento cognitivo das funções executivas para idosos saudáveis, traçando um perfil metodológico das intervenções dos estudos e a eficácia reportada das intervenções. Trata-se de revisão integrativa da literatura, as seguintes bases de dados: LILACS, PsycINFO, PubMed, Scielo foram usadas para identificar artigos relevantes publicados nos últimos anos. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2020 à fevereiro de 2021. Para selecionar os artigos foram utilizadas palavras chaves indexadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) nos idiomas inglês e português: treinamento cognitivo, intervenção cognitiva, envelhecimento saudáveis, funções executivas, neuroplasticidade. A partir da escolha dos termos mencionados, foram realizadas todas as possibilidades de cruzamentos entre os descritores, utilizando-se o ícone AND; e ícone OR. Resultaram desta busca 09 artigos elegíveis, os quais constituem a amostra deste trabalho. Foram identificados que o efeito de estimulação das funções executivas em idosos sem comprometimento cognitivo pode melhorar no desempenho nas atividades avançadas, instrumentais e básicas de vida diária. A análise dos artigos sugere uma relação positiva entre o desempenho cognitivo do idoso e o treinamento cognitivo, onde o as atividades promotoras de estimulação contribuiriam para a prevenção do declínio cognitivo.Dissertação Acesso fechado "Relação entre autoeficácia, aprendizagem e reserva cognitiva: uma revisão narrativa sobre suas interfaces no processo de envelhecer"(2021) GOMES, GLACIELLEAtualmente, diferentes meios de divulgação destacam o crescimento da população de idosos em diferentes partes do mundo. Tal fato tem se tornado frequente. Com o passar dos anos, quanto mais idosa a pessoa for, maiores são as formas de comprometimentos em diferentes âmbitos da vida. Dentre esses comprometimentos as funções cognitivas merecem destaque, pois prejudicam a realização de diferentes tarefas cotidianas, desde triviais às mais sofisticadas. Tais prejuízos consequentemente podem levar à possíveis quadros demências ou influenciar negativamente no cotidiano do idoso, através da falta de socialização, diminuição da independência, entre outros. Mesmo diante de tantas transformações é possível que o idoso diminua os sintomas de prováveis comprometimentos cognitivos. Para isso, componentes obtidos por sua autoeficácia, aprendizado e reserva cognitiva podem amenizar possíveis prejuízos, possibilitando um melhor funcionamento de seu organismo, um envelhecer ativo, bem-sucedido e com possibilidade de uma maior qualidade de vida. A hipótese para esta dissertação é que através do acúmulo de componentes do aprendizado e da aquisição de componentes de autoeficácia pode haver acúmulo de reserva cognitiva, possibilitando um desenvolvimento mais efetivo e eficaz das habilidades cognitivas, as quais proporcionam benefícios na autonomia e funcionalidade de indivíduos na fase idosa. Com base em tais prerrogativas, essa pesquisa focou em conceituar e delimitar a importância do aprendizado e da autoeficácia na Reserva Cognitiva e na forma do envelhecer, apresentando conceitualizações e implicações para a área do envelhecimento. Com isso, este estudo visou refletir sobre as temáticas anteriormente apresentadas, pautando-se na revisão de materiais clássicos e contemporâneos descritos na literatura. O método escolhido para este feito foi à revisão narrativa de caráter descritivo. As discussões perpassam a prerrogativa de que o envelhecer deve ser observado por diferentes áreas do saber, baseando-se em suas múltiplas facetas e conjunturas, configurando-se na área interdisciplinar. As implicações da aprendizagem nas habilidades cognitivas denotam estarem imbricadas desde os primeiros anos do indivíduo, repercutindo nas diferentes fases do seu cotidiano e em especial no envelhecer. Isto posto, a aprendizagem denota ter papel fundamental no desenvolvimento do indivíduo, especialmente no desenvolvimento da a Ainda, indivíduos com maior disponibilidade de recursos cognitivos tendem a apresentar menores complicadores nesta fase da vida. Como oncluir que a compreensão, desenvolvimento e manutenção de autoeficácia propiciará melhor reserva cognitiva, possibilitando um fator protetivo para possíveis declínios cognitivos e outros transtornos associados, e até mesmo como fator preditivo para um melhor desempenho na vida. Estudos futuros devem compreender com maior exatidão que âmbitos neurofuncionais poderiam exercer maior influência para a autoeficácia e com isso na manutenção de reserva cognitiva dos indivíduos idosos, e em que faixa etária isso poderia ter maior implicação.Dissertação Acesso fechado "Diferentes volumes de treinamento físico em modelo experimental de menopausa e obesidade: efeitos metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos"(2021) SANTOS, NICOLASApós a menopausa, há maior tendência a um estado pró-inflamatório, acúmulo de gordura visceral e aumento de pressão arterial, contribuindo para a obesidade e aumento do risco cardiovascular. Por outro lado, o treinamento físico promove benefícios importantes sobre fatores de risco cardiometabólicos. Nesse sentido, o Colégio Americano de Medicina do Esporte sugere que a frequência semanal para prática de atividade física regular seja, no mínimo, 3 dias por semana. Entretanto, essa recomendação se aplica a população geral, de modo que não se considera a associação de fatores de risco tão frequentemente observada após a menopausa. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de diferentes volumes de treinamento físico aeróbio moderado sobre parâmetros metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos em um modelo experimental de menopausa alimentado com dieta hiperlipídica. Para isto, foram utilizadas 32 camundongos C57BL/6J ooforectomizadas alimentadas com dieta hiperlipídica, divididas em 4 grupos (n=8 cada): sedentário (OSD); treinado 3 dias por semana em moderada intensidade (OTD3); treinado 5 dias por semana em moderada intensidade (OTD5); treinado 7 dias por semana em moderada intensidade (OTD7). A administração da dieta hiperlipídica teve duração de 9 semanas, sendo que a ooforectomia foi realizada ao final da 4a. Glicemia de jejum e tolerância oral à glicose foram avaliadas antes da ooforetomia e ao final do estudo. O treinamento físico teve duração de 4 semanas (6a a 9a semana do protocolo). Ao final do estudo, os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (PA), análise da sensibilidade barorreflexa e da modulação autonômica cardiovascular. Os resultados demonstram que o maior volume de treinamento físico (OTD7) proporcionou redução acentuada do peso corporal, tecido adiposo (OSD: 0,060±0,007; OTD3: 0,051±0,005; OTD5: 0,052±0,009; OTD7: 0,029±0,003 gramas) e glicemia de jejum (OSD: 158±6; OTD3: 145±5; OTD5: 143±5; OTD7: 133±5 mg/dL). Em parâmetros cardiovasculares, os grupos que treinaram 5 (OTD5) e 7 (OTD7) dias na semana apresentaram redução na PA sistólica e média (OSD: 113±2; OTD3: 111±2; OTD5: 102±3; OTD7: 103±2 mmHg), na frequência cardíaca (OSD: 655±14; OTD3: 538±30; OTD5: 532±36; OTD7: 520±12 bpm), melhora na sensibilidade barorreflexa (resposta bradicárdica - OSD: 1,5±0,2; OTD3: 2,1±0,1; OTD5: 2,5±0,3; OTD7: 2,4±0,1 bpm/mmHg), redução no balanço simpato-vagal (BF/AF - OSD: 2,7±0,6; OTD3: 1,7±0,2; OTD5: 0,9±0,3; OTD7: 0,9±0,2) e na modulação simpática vascular (VAR-PAS - OSD: 20±4; OTD3: 19±2; OTD5: 10±2; OTD7: 11±2 mg/dL). Por outro lado, a prescrição de treinamento físico aeróbio 3 dias na semana parece ser insuficiente para manejo dos fatores de risco cardiometabólicos observados com a associação da privação ovariana e obesidade. Concluindo, o público feminino, especialmente após a menopausa, carece de diretrizes específicas de orientação para a prática de atividade física, já que o mínimo recomendado para a população geral (3 dias por semana) não é eficaz no manejo dos fatores de risco cardiometabólicos observados na associação de privação ovariana e obesidade.Dissertação Acesso fechado ENVELHECIMENTO DO FUTEBOLISTA PROFISSIONAL BRASILEIRO: Avaliação das funções executivas e habilidades motoras(2021) DA SILVA, ANDERSONIntrodução: As funções executivas exercem uma grande importância no corpo humano e no esporte essas habilidades exigem que o futebolista aperfeiçoe a capacidade de atenção seletiva, controle de memória e ação nos movimentos. Objetivo: Comparar as funções executivas e habilidades motoras de idosos ex jogadores de futebol profissional, amador e um grupo controle. Métodos: O estudo avaliou 55 indivíduos idosos com idades de 60 a 79 anos sendo ex -ogadores de futebol profissional, jogadores amadores e um grupo controle por meio dos instrumentos: Teste bateria de avaliação frontal (BAF), Timed up go Test (TUG), avaliação de equilíbrio (MINIBESTest), avaliação do equilíbrio postural - Y balance test, teste de agilidade (shuttle run), teste de estabilização da coluna (multifidus- scharman), teste de extensão do joelho (isocinético). Resultados: Na análise de correlação realizada com o grupo de profissionais, entre o teste de rastreio cognitivo FAB com os testes funcionais, houve correlação positiva entre o teste de Scharman com flexibilidade mental (r=,77; p =0,006) e a; SEBT -LE com instruções conflitantes (r = ,57; p = 0,04), SEBT LD com o valor do total do teste (r =,59; p = 0,03) e autonomia com minibest (r= ,65 p= 0,08) e controle inibitório com autonomia (r= ,65 p=0,08). Conclusão: O processo de reversibilidade após a aposentadoria do futebol é semelhante aos amadores e não praticantes de futebol, ou seja, o fato de terem sido profissionais não os diferiu dos outros grupos em relação a força muscular, equilíbrio postural, flexibilidade, agilidade e a função executiva.Dissertação Acesso fechado Influência da renda econômica sobre as características sociodemográficas, arranjo familiar, condições de saúde, qualidade de vida e capacidade funcional de longevos residentes no estado de São Paulo(2021) MICILLO, GLÁUCIAO envelhecimento pode ser definido como um conjunto de modificações fisiomorfológicas, bioquímicas e psicológicas, que são determinantes para a perda gradual da capacidade de adaptação do indivíduo ao ambiente. Este é um processo dinâmico, irreversível e progressivo que provoca no organismo complexas modificações nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar se a renda mensal poderia influenciar nas características sociodemográficas, no arranjo familiar, nas condições de saúde, na qualidade de vida e na capacidade funcional de uma amostra de longevos residentes no Estado de São Paulo. Um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado de outubro de 2016 a outubro de 2018. Uma amostra de conveniência de 106 idosos foram incluídos no presente estudo com idade igual ou superior a 80 anos de ambos os sexos, que viviam em diferentes contextos comunitários do Estado São Paulo e eram atendidos em alguma instituição parceira da Universidade São Judas Tadeu, campus Mooca. Considerando os longevos que apresentavam renda mensal própria proveniente de atividades remuneradas, aposentadoria e/ou pensão foram formados os seguintes grupos: renda mensal de até 1 salário mínimo, como representantes da classe socioeconômica mais baixa (n= 29), grupo com renda mensal entre 1 a 3 salários mínimos, como representantes da classe socioeconômica intermediária (n= 50) e grupo com renda mensal acima de 3 salários mínimos, como representantes da classe socioeconômica mais elevada (n= 22). Os dados demográficos e socioeconômicos apresentados são referentes à idade, gênero, estado civil, cor ou raça, escolaridade, renda mensal, tipo domicílio, relações familiares, capacidade cognitiva, doenças e medicamentos autorreferidos, questionário variáveis de saúde e psicossociais para avaliação subjetiva da saúde, de qualidade de vida (WHOQOL bref e WHOQOL-Old) e capacidade funcional. As variáveis categóricas foram analisadas pelo Teste do Qui-quadrado, enquanto as quantitativas foram avaliadas por Kruskal Wallis, com nível de significância estabelecido em 5%. Foi observado que o rendimento mensal dos longevos do presente estudo influenciou em algumas características sociodemográficas como: sexo, estado civil, escolaridade, número de filhos, arranjo familiar; e, em relação à saúde e qualidade de vida foram observadas diferenças na capacidade cognitiva, nos acessos aos serviços de saúde e na faceta morte-morrer do WHOQOL-Old. Os longevos incluídos de acordo com a renda mensal não diferiram quanto ao número de DCNTs e medicamentos de uso contínuo, qualidade de vida e capacidade funcional. No entanto, novos estudos com longevos que vivem em diferentes contextos comunitários com maior ou menor variabilidade são necessários para estabelecer estratégias para recuperar, manter e promover a autonomia e a independência funcional desse segmento etário.Dissertação Acesso fechado Interface das apercepções positivas para capacidade funcional e cognitiva de idosas.(2021) CAVALCANTE, THUANYO aumento da população idosa aponta a necessidade de buscar por atualizações e conhecimentos a respeito dessa população, para assim obter maior compreensão sobre o envelhecimento e suas especificidades. Nisto posto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a intersecção entre a apercepção com capacidade funcional e cognitiva de pessoas idosas. O estudo é de caráter descritivo, com metodologia qualitativa. Foram participantes deste estudo seis idosas, com idade variando entre 62 à 79 anos. Foram utilizados os instrumentos, Índex de Katz, Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária - Lawton e Brody, Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e Senior Apperception Technique (SAT). Os resultados demonstraram que na avaliação cognitiva, das seis participantes três foram classificadas com Comprometimento Cognitivo Leve, duas foram classificadas sem Comprometimento Cognitivo e uma participante foi classificada com indicador de possível quadro demencial. Na avaliação da funcionalidade, todas as participantes foram classificadas com independência na realização das atividades básicas e instrumentais de vida diária. Em relação às apercepções, na análise em grupo, os resultados apontaram para apercepções positivas, nas quais houveram percepções esperadas, com qualidade de detalhes, com menção a pensamentos e sentimentos, uma interação com o ambiente em que apresentaram uma ação em prol dos relacionamentos, seguido de uma ação que modificasse o ambiente, ainda esteve presente soluções de problemas nas histórias, sentimentos positivos de forma predominante, em relação ao ambiente e velhice, com perspectivas de futuro imediato e remoto positivas. De modo geral, cabe destacar que os resultados de apercepção demonstraram que ao ter apercepções positivas relacionadas ao envelhecer, mesmo com comprometimento cognitivo, as participantes conseguiram boa pontuação na avaliação funcional, ou seja, na realização das atividades básicas e instrumentais de vida diária. Enquanto considerações finais, concluiu-se que existe uma intersecção das variáveis estudadas, visto que os resultados possibilitaram maior entendimento do perfil das idosas no que se refere a interface dos aspectos funcionais, cognitivos e psicológicos. Estudos futuros devem investigar outras medidas, como a personalidade e suas implicações no modo em que as pessoas interagem em seu meio.Dissertação Acesso fechado Modulação autonômica cardiovascular e velocidade de onda de pulso em pacientes com doença de Parkinson(2021) Pereira, ElianaIntrodução: A doença de Parkinson (DP) é amplamente reconhecida pela degeneração dopaminérgica da via nigroestriatal que determina seus sintomas motores característicos, porém sintomas considerados não motores estão presentes, dentre eles a disfunção autonômica. A disautonomia cardiovascular pode levar a distúrbios do ritmo cardíaco e da regulação do fluxo coronariano e está associada a sobrevida pós-evento cardiovascular em pacientes com DP. Além disso, a disautonomia cardiovascular contribui para o desenvolvimento de hipotensão ortostática, hipertensão supina e redução do descenso noturno da pressão arterial (PA). Essas alterações autonômicas do controle da PA podem estar relacionadas com injúria microvascular cerebral e, consequentemente, declínio cognitivo em pacientes com DP. Objetivo: Avaliar os parâmetros hemodinâmicos, a modulação autonômica cardiovascular, a velocidade de onda de pulso e a cognição em pacientes com DP. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo exploratório com amostra composta por cinco indivíduos com DP (estágios I a III na Escala de Hoehn e Yahr) e sete indivíduos saudáveis (grupo controle). Foram realizados registros não invasivos contínuos das curvas da PA batimento a batimento, em repouso e após exercício estático de preensão manual, para análise de parâmetros hemodinâmicos, da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da PA no domínio do tempo e da frequência. Além disso, foi avaliada a rigidez arterial por meio da mensuração da velocidade de onda de pulso carótida-femoral. A cognição foi avaliada por meio de rastreio de sintomatologia cognitiva utilizando os questionários Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA). Resultados: A média de idade foi de 64 anos no grupo Parkinson (GP) e de 61 anos no grupo controle (GC). A PA sistólica em repouso foi 122,7 no GP e 123 mmHg no GC, enquanto a diastólica foi 72,6 no GP e 70,8 mmHg no GC. Os pacientes com DP apresentaram uma menor reposta pressórica ao exercício sométrico de preensão manual quando comparados aos controles para a PA diastólica (7,27 ± 10,9 vs. 24,6 ± 6,6 mmHg, p = 0,03) e média (11,7 ± 16,8 vs. 37,3 ± 7,6 mmHg, p = 0,02). Quanto a VFC no domínio do tempo, o GP apresentou menor variabilidade geral, evidenciada pelo desvio padrão do intervalo de pulso (26,9 ± 8,5 vs. 37,9 ± 5,2 ms, p = 0,03), enquanto não houve diferença no RMSSD, um indicativo da modulação parassimpática. Na VFC no domínio da frequência observou-se uma menor modulação simpática cardíaca nos pacientes com DP representada pela banda de baixa frequência em valores absolutos (137,3 ± 101,1 vs. 428,5 ± 134,7 ms2, p = 0,00), bem como um menor balanço simpatovagal (0,85 ± 0,19 vs. 2,09 ± 0,34, p = 0,00), enquanto não houve diferença para a banda de alta frequência, representativa da modulação parassimpática. Já para a variabilidade da PA não houve diferença entre os grupos GP e GC. Na análise do barorreflexo espontâneo, os pacientes do GP apresentaram um menor índice de eficiência do barorreflexo quando comparados ao GC (0,34 ± 0,10 vs. 0,58 ± 0,12, p = 0,01). Em relação à rigidez arterial, a velocidade de onda de pulso média foi de 9,2 no GP e de 7,1 m/s no GC (p = 0,03). Quanto ao rastreio de sintomatologia cognitiva, o grupo GP apresentou pontuação média de 27 no MEEM e de 22,4 na MoCA, e o GC de 26 no MEEM e de 22 na MoCA, sendo que não houve diferença significante entre os grupos. Considerações finais: Embora os pacientes com DP não tenham apresentado alterações nos níveis pressóricos em repouso, a resposta pressórica ao exercício isométrico de preensão manual foi atenuada nesses pacientes, bem como a VFC e a modulação simpática cardíaca. Ainda, os pacientes com DP apresentaram uma menor eficiência do barorreflexo e maior rigidez arterial.Dissertação Acesso fechado Perspectivas etnográficas sobre pessoas idosas em situação de rua(2021) Lopes, Mauricio Santos MartinsEste estudo teve como objetivo compreender as circunstâncias que levaram as pessoas idosas à situação de rua e suas estratégias de sobrevivência enquanto estão nesta situação por meio de uma descrição analítica mediante perspectivas etnográficas envolvendo aspectos educacionais, socioculturais e psicossociais. Foram incluídos nesta pesquisa 5 (cinco) pessoas com idade autodeclarada igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, que vivem em situação de rua independente de ter envelhecido na rua, localizados na região central da cidade de São Paulo. A investigação foi realizada por meio da aplicação etnográfica em um estudo descritivo observacional participante, transversal, retrospectivo quando inferido a memória das circunstâncias que levaram o sujeito a situação atual, prospectivo quanto às estratégias desenvolvidas pelo mesmo diante dos obstáculos diários que foram acompanhados no período da coleta. Quanto à coleta de dados, foram realizadas imersões em campo em dias e horários intercalados. A análise dos dados foi realizada etnologicamente, através de comparativo relacional. É importante salientar, que este tipo de informação é relevante por propor uma descrição densa sobre pessoas idosas em situação de rua por meio de sua interlocução. Como resultado, evidenciou-se que o método etnográfico é relevante para o estudo da multidisciplinaridade do envelhecimento por dar voz ao sujeito pesquisado e demonstrar a individualidade e peculiaridade das circunstâncias que tiveram como desfecho a situação de rua, além das estratégias e dificuldades de viver em extrema vulnerabilidade. O estudo demonstrou que os participantes desenvolveram estratégias de sobrevivência de acordo com o processo de socialização que tiveram até o instante em que as circunstâncias os levaram à situação de rua. Uma vez vulneráveis tiveram que se adaptar à nova realidade e mais uma vez buscaram outras formas de sobrevivência através das experiências vividas nessa condição. As estratégias possibilitaram a sobrevida, mas não atenderam satisfatoriamente aos cuidados necessários à promoção do envelhecimento saudável.
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