Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Dissertação Acesso aberto Análise das Ações de Jogo da Superliga Masculina de Voleibol 2020 - 2021: um olhar para o coeficiente de Coleman(2023-05-26) Domingues Junior, Donizeti; Bernardes, NathaliaA Superliga de voleibol masculino, tem por característica alto nível de competitividade entre equipes, análises que possam minuciar informações sobre o jogo são positivas. O coeficiente de Coleman (CC), transmite dados da equipe em números para comissão técnica planejar treinamentos e confrontos com adversários, considerando qualidades individuais coletivas e pontos falhos. O acesso a essa ferramenta e sua aplicação ainda podem ser um desafio. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar as ações de jogo da fase final da Superliga masculina de voleibol durante a temporada 2020/2021, para análise do CC como uma ferramenta de baixo custo para as equipes competitivas de voleibol. Para isso, foi realizado uma pesquisa observacional transversal, avaliando 15 jogos da fase final, com 8 equipes profissionais, 112 atletas de 3 regiões, sendo Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, acessados pelo Youtube. Foi analisado a quantidade de ações específicas do jogo para avaliação do CC e dos componentes de rendimento (CR). Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão da média. Foi avaliado a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk. Foi utilizado o Teste t de Student não-pareado. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Foram coletadas 13.151 ações de jogo, nas partidas de quartas de finais foram 9 jogos, 36 sets disputados, em 11 sets a equipe derrotada pontuou um número inferior a 20 pontos e 13 sets foram definidos com diferença mínima de 2 pontos. Nas semifinais foram 4 jogos, somente uma partida contabilizou 3x1, as demais contabilizaram 3x0, dos 13 sets 4 foram abaixo dos 20 pontos e a equipe derrotada teve 3 sets com diferença de 2 pontos. Na final foram 2 jogos, o primeiro 3x2 e o segundo 3x0. Considerando as equipes vencedoras nos sets em relação aos seus adversários, observamos nas quartas de finais maior CC de recepção (Taubaté), bloqueio (Taubaté; Minas), ataque e defesa (Minas), maior CR para o total de pontos ganhos (7% Taubaté), continuidade (CONT: 10% América; 7% Itapetininga), pontos excelentes (PE: 8% Taubaté; 6% e 5% Minas). E na equipe que perdeu no set, maior ERROS (6% Cruzeiro). Nas semifinais, foi observado maior CC de ataque (Minas; Taubaté), defesa (Taubaté; Jogo 1 e 2 Minas), recepção (Minas; Taubaté), levantamento (Jogo 1 e 2 Taubaté) e CR PE (6% Minas; 11% e 14% Taubaté). E nas finais, Taubaté apresentou maior CC saque, recepção e bloqueio. O CR %CONT foi maior em algumas equipes que perderam o set. Consideramos que a análise de jogo pode ser uma ferramenta de baixo custo para o desenvolvimento, treinamento e manejo das equipes esportivas e o maior CC para ação de jogo recepção e defesa, seguidos pelo bloqueio e ataque, somado ao maior CR para %PE foram mais frequentes nas equipes vencedoras nos sets. Estes dados podem auxiliar no olhar da análise de jogo, possibilitando a sua utilização nos treinamentos por meio das análises de direções, fundamentos e tática, melhorando a atuação dos membros da comissão técnica e dos atletas. Assim o CC é uma ferramenta acessível de análise de jogo que pode contribuir de maneira importante, no voleibol competitivo nacional.Tese Acesso aberto Análise multifatorial do comportamento de risco relacionado à atividade física e indicadores saúde de policiais militares do Estado de Mato Grosso(2021) Ferraz, Almir de FrançaINTRODUÇÃO: O comportamento humano pode ser analisado de forma multifatorial em função de diferentes desfechos associados à saúde e estilo de vida de adultos. OBJETIVO: Identificar e analisar os principais comportamentos multivariados dos componentes da saúde e atividade física de policiais militares no Estado de Mato Grosso/Brasil. METODOLOGIA: A coleta de dados foi realizada por meio da amostra de conveniência baseada no cálculo amostral de cochran, composta por 270 policiais militares das Unidades Policiais Militares operacionais e administrativas da PMMT, utilizando a amostra masculina. Todos os avaliados foram submetidos as medidas antropométricas e análise da composição corporal, indicadores bioquímicos (hemácias, glicemia, leucócitos, cortisol, HDL, LDL e interleucina-6 IL-6) e medidas hemodinâmicas da pressão arterial. Os indicadores relacionados ao estilo e hábitos de vida foram determinados pelo: AUDIT (relacionado ao consumo e grau de dependência ao álcool; protocolo de Fargerström, relacionados aos hábitos tabagista; IPAQ, determina o nível de atividade física; Histórico familiar associados as doenças crônicas (diabetes, hipertensão e câncer); indicador de sono, pelo protocolo de Pittsburgh. Os indicadores de aptidão física foram determinados pelos testes neuromotores (barra fixa, flexão de braço, força abdominal, força de membros superiores e força de preensão manual), além da aptidão cardiorrespiratória pela corrida de doze minutos. A análise dos dados foi realizada pela Técnica de Correlação Matricial, Análise de Componentes Principais e Análise Fatorial Exploratória que formatou a estatística (Software SPSS e R®) referente às dimensões, componentes principais, fatoriais para explicação da associação dos fenômenos e agrupamentos das 50 variáveis, divididos em três dimensões de análises. RESULTADOS: Baseado nas análises encontramos as características dos fatores dos comportamentos principais, que compõe por meio das dimensões por porcentagem estratificada para explicação das interferências na saúde e doenças, com destaque na primeira abordagem: 1. Composição corporal, nutricional e indicadores bioquímicos explicam em 30% o impacto da saúde/doença de PMs, 2. Desempenho Físico com 18%, 3. Metabolismo-saúde 8% e a 4. Aptidão física relacionada à saúde com 6%, que o fator total de explicação resulta em 62% de implicação na saúde e desenvolvimento de doenças. Em outros aspectos relacionados à saúde, qualidade de vida e doenças de PMs, a determinação da porcentagem foi alterada de explicação de cada comportamento, os quais obtivemos os seguintes resultados: 1. Atividade Física e Aspectos de Saúde na Qualidade de Vida explicam em 11% o impacto da saúde/doença de PMs, 2. Aspectos de Fatores de Risco Metabólico com 10%, 3. Prevalência dos aspectos Epidemiológicos e Ambiente de Trabalho em 10%, 4. Aptidão física relacionada à saúde com 8% e a 5. Prevalência de Limitação Física e Emocional com 6%. Implicando na explicação no contexto da saúde e desenvolvimento de doenças no total da dimensão de 47%. Os comportamentos principais de saúde, aptidão física e atividade física dos PMs (PO e PE), são explicados em 78,17% para os policiais do policiamento ostensivo e 76,38% para os policiais do policiamento especializado, no contexto de influência comportamental de manutenção da saúde e desenvolvimento de doenças. O componente que foi destaque, nesse estudo, foi o Componente Principal 1 - PC1 (componente de exercício físico) em ambos os grupos, denominado por características essencialmente voltadas à aptidão física (desempenho físico) que explicou em 38,10% para policiais do policiamento ostensivo e 27,42% para os policiais do policiamento especializado, na questão de interferência da saúde- doença. No agrupamento das multivariaveis, constatou-se que policiais do policiamento especializado tem o perfil mais homogêneo e agrupado que policiais do policiamento ostensivo, esses possuem características distintas em três grupos. A multidimensionalidade do comportamento é uma importante análise para identificação e estratégias para atuação em conjunto com o corpo de profissionais para resultar em melhoria da saúde tornando-os fisicamente ativos para prevenção de doenças, como forma constatar, quais são as manifestações multivariadas que ocorre no nosso corpo. CONCLUSÃO: A análise fatorial destacou que a composição corporal, atividade física e marcadores bioquímicos são componentes influenciadores na manutenção da saúde e doenças de profissionais da Segurança Pública, que alinhados às necessidades da prática de exercícios físicos proporcionam adaptações importantes na diminuição de riscos à saúde desta população.Dissertação Acesso aberto Arbitragem feminina no futebol: um microssistema de múltiplos fatores(2023-10) Silva, FatimaAo observar a história e o contexto do futebol, constata-se a presença maciça de homens arbitrando as partidas, muito embora já existam mulheres atuando neste campo desde 1970 no Brasil. No entanto, pouco se sabe sobre como as árbitras percebem as atividades, as relações sociais e os papéis desempenhados nesse contexto. Assim, o objetivo da presente dissertação foi compreender a percepção que as árbitras de futebol possuem sobre os aspectos envolvidos no desenvolvimento de sua carreira arbitral e analisar sob a perspectiva do microssistema do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano proposto por Urie Bronfenbrenner. Para tanto, participaram deste estudo quatro árbitras de futebol, centrais e assistentes, habilitadas há mais de um ano para competições de nível nacional e internacional, com idades entre 34 e 42 anos. As árbitras participaram de uma entrevista individual, semiestruturada que permitiram respostas abertas. A análise dos discursos foi realizada a partir dos procedimentos recomendados por Miles e Huberman (2004) e apontam que as árbitras estão imersas em um contexto que ainda é predominantemente masculino, em que há resistência por parte dos homens em relação a participação das mulheres e um ambiente no qual as árbitras são constantemente avaliadas e enfrentam desconfiança em relação à sua competência para atuar em jogos. As relações interpessoais com alguns árbitros se apresentaram, algumas vezes, de forma negativa; porém, as relações interpessoais com amigos, familiares, dirigentes e comissão de arbitragem se mostraram positivas, criando uma pré-disposição propícia para o engajamento e permanência na carreira. A dificuldade em conciliar as demandas da arbitragem com a vida pessoal foi apontada de forma unânime, mas notou-se, também, que essas árbitras possuem um sentimento de paixão pela arbitragem, preparação física e treinamento de alto nível devido as exigências do novo teste físico da FIFA, além de características pessoais que as fizeram superar barreiras e dificuldades e a desempenhar suas tarefas com aptidão, permitindo seu desempenho, apesar de um contexto que ainda se apresenta de forma não favorável às mulheres. Por fim, é interessante observar que, apesar do progresso, o que se vê na arbitragem é uma baixa representatividade feminina e a existência do preconceito. A consolidação da carreira de algumas árbitras das décadas de 1980 e 1990 é marcada pela preparação física e técnica, muita persistência e a capacidade de superar dificuldades e, para as árbitras do início do século XXI, pela preparação física e treinamento de alto nível.Dissertação Acesso aberto Aspectos socias na saúde como tema Educação Física Escolar: uma investigação sobre a própria prática(2021) Mantovani, Thiago Villa LobosOs impactos dos determinantes sociais na condição de vida da população vêm sendo discutidos nas últimas décadas. O aumento da vulnerabilidade social e a consequente diminuição da qualidade de vida é um desses impactos. Nesse contexto, a Educação Física tem sido apontada como um dos componentes do currículo que podem contribuir para conscientizar os/as estudantes sobre a temática Saúde. Entretanto, há uma abundância de estudos que relacionam saúde e atividade física, apenas com a intenção de estabelecer uma relação de causa e efeito entre exercício físico e saúde, negligenciando as influências sociais na saúde individual e coletiva. Soma-se a este cenário as incertezas do trabalho docente deste professor/a na formação de um cidadão crítico que compreenda diversos determinantes de saúde e possa resistir, enfrentar e agir no seu ambiente. Como professor de Educação Física, acredito que seja meu papel trazer o tema saúde como conteúdo das aulas. Partindo dessa premissa, em meu percurso docente venho construindo práticas pedagógicas que estimulem meus alunos e alunas a refletirem sobre os aspectos sociais sobre a saúde. Mas, quais são as assunções, as características e os impactos da prática que tenho construído? Como posso aperfeiçoá-la? Em busca de respostas para essas perguntas, ainda pouco descritas na literatura da área, realizo a presente pesquisa com o objetivo de elaborar, implementar e avaliar uma proposta didática para o ensino de temas relacionados à saúde nas aulas de Educação Física e autoestudo minhas ações durante a elaboração, implementação e avaliação da proposta didática, refletindo sobre minhas concepções sobre saúde, os conteúdos selecionados e meu aperfeiçoamento como professor utilizando como metodologia de pesquisa o autoestudo. Conclui-se que esta prática pedagógica contextualizada possibilitou aos alunos o desenvolvimento da consciência crítica na identificação das vulnerabilidades sociais e na sua relação com a saúde. Embora realizada remotamente, a atividade permeou o diálogo trazendo questões problematizadoras e estimulando discussões na busca pela identificação das incoerências de discursos unicamente biológicos para obtenção da saúde, assim como estimulou também o aprofundamento na análise de determinantes sociais diversificados presentes na sociedade e na vida dos alunos, a priori, generalizados e, a posteriori, em suas relações com as culturas corporais. Entendo existir quatro fases em minha vida de entendimento da temática saúde nas aulas de Educação Física avançando neste estudo na compreensão de como desenvolve-la numa perspectiva social, com analise dos determinantes sociais.Dissertação Acesso aberto Atuação com Projetos: percepções de professores de educação física na educação infantil.(2022-12-09) Coresma, Leandro de CastroExistem inúmeras formas de organizar as práticas pedagógicas na escola e a atuação com projetos na Educação Física, na Educação Infantil, também tem sido explorada. Conhecer essa realidade nos levou a traçar o objetivo de compreender como os professores de Educação Física que atuam na Educação Infantil desenvolvem suas práticas pedagógicas baseadas em projetos. A pesquisa foi de cunho descritivo qualitativo e utilizou como instrumento para coleta de dados uma entrevista semiestruturada com dez professores de Educação Física que atuam na Educação Infantil e fundamentam suas ações pedagógicas em trabalhos com projetos. Os participantes foram selecionados de forma intencional por acessibilidade e indicação de terceiros. As entrevistas foram feitas através de plataforma digital e após a transcrição literal procedeu-se a análise de conteúdo. Emergiram três categorias: Planejando: aproximações dos professores com os projetos; Atuação com as crianças: elas participam dos projetos?; Dificuldades do fazer pedagógico. Os resultados apontaram que os professores participantes da pesquisa apresentam distintas maneiras de organizar suas práticas por meio de projetos. Utilizam-se de questões norteadoras, temas pré-determinados, temas transversais, tematizações, conhecimento prévio para configurarem seus projetos. Em relação aos modos de participação das crianças, os docentes pesquisados consideram os saberes das crianças através da escuta e das participações das produções das aulas e apontam que enfrentam dificuldades para estruturarem a prática pedagógica por conta da falta de investimento financeiro e apoio pedagógico por parte do núcleo gestor das suas respectivas unidades escolares. Ficou entendido que projetos é um termo polissêmico, com diferentes atuações, mas com finalidades semelhantes, o que nos leva a crer que os professores não seguem uma linha específica de atuação com projetos devido à falta de compreensão do que significa de fato atuar com projetos.Tese Acesso aberto Características sociodemográficas, laborais, estilo de vida e condição de saúde de trabalhadores de indústria siderúrgica: Qual a relação com o absenteísmo?(2021) Viana, Michell VetoraciIntrodução: Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos gestores de recursos humanos e do departamento de saúde e segurança do trabalho nas empresas, está relacionado ao afastamento do posto de trabalho por determinado tempo. Analisar este fenômeno faz-se necessário, bem como, estabelecer um modelo abrangente para reconhecer as razões da ausência, controlá-la e reduzi-lo. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao absenteísmo por doença em trabalhadores de uma siderúrgica em Vitória, Espírito Santo/Brasil. Método: Trata-se de uma investigação observacional, analítica e transversal em que as variáveis independentes ou fatores influenciadores, características sociodemográficas, estilo de vida, características laborais, condições clínicas, estado nutricional e autoavaliação do estado de saúde. A determinação da amostra, foi não probabilística e de conveniência considerando o universo de 4.500 colaboradores e intervalo de confiança (IC) 95%, considerando um erro de 5,5% no desfecho principal, apontou mínimo de segurança para 297 indivíduos, sendo avaliados 317 indivíduos do sexo masculino (média de idade de 36,3 ± 10,05 anos), seguindo power da amostra calculado pelo software Epidat 4.2. Resultados: Os siderúrgicos que trabalhavam no setor operacional apresentaram quase quatro vezes mais chances de se afastarem por doença (OR 3,96, IC95% 1,86 – 8,44, P<0,001). Da mesma forma, os indivíduos pouco ativos tiveram quase o triplo de chances de se absterem do trabalho (OR 2,92, IC95% 1,14 – 7,46, P=0,025) e os que se autoavaliaram como tendo um estado de saúde regular ou ruim apresentaram mais que o dobro de chances de absenteísmo por doença no período analisado (OR 2,14, IC95% 1,07 – 4,29, P=0,032). Identificou-se que com o aumento da idade, há relação aumentada de mais de 1 vez de chance em HDL-c abaixo (OR 1,11, IC95% 1,06 – 1,15, p<0,001), enquanto trabalhar 12 horas ou mais aumenta em 26% a chances de ter HDL-c abaixo do recomendado (OR 0,26, IC95% 0,08 – 0,81, P=0,020). Ao avaliar os hábitos de vida, constatou-se que os colaboradores insuficientemente ativos apresentaram 3,52 vezes mais chances de HDL-c abaixo do recomendado (OR 3,52, IC95% 1,40 – 8,89, p=0,008). Após as análises múltiplas identificou-se que indivíduos pouco ativos, tem uma relação aumentada de mais de 14 vezes de chance em se autoavaliarem de ruim/muito ruim (OR 14,13, IC95% 3,34 - 59,74, p<0,001), enquanto perimetria elevada aumenta em mais de 50% a chances de se autoavaliarem ruim/muito ruim (OR 0,504, IC95% 0,23-1,10, p=0,087). Ao avaliar o estado de saúde, constatou-se que os colaboradores com HDL-c baixo apresentaram mais de 1 vez chances de se autoavaliarem ruim/muito ruim (OR 1,47, IC95% 0,731- 4,178), p=0,210). Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que o absenteísmo no setor siderúrgico desta empresa foi multifatorial. Desta forma, sugere-se às empresas que desenvolvam programas de condicionamento físico para melhora dos fatores relacionados ao absenteísmo por doença.Tese Acesso aberto Clima Empowering e Disempowering: necessidades psicológicas básicas, motivação, intenção de continuar e bem-estar em jogadores de League of Legends(2021) Angelo, Daniela LopesRecentemente, a habilidade de jogar videogames levou à profissionalização da atividade na forma de “eSports” (esportes eletrônicos). Apesar da popularidade dos eSports, sabe-se pouco sobre seus jogadores profissionais na perspectiva psicológica. Em vista da importância do ambiente criado pelo treinador nos processos motivacionais dos atletas, este estudo teve o objetivo de investigar as características ambientais, sociais e motivacionais que favorecem jogadores de League of Legends (LoL) em ambientes competitivos de eSport, à luz das Teorias da Autodeterminação (TAD) e dos Objetivos de Realização (TOR). Para atingir tal objetivo, oito instrumentos psicométricos foram adaptados ao contexto e testados em 217 jogadores de LoL, sendo 142 amadores e 75 profissionais. As propriedades psicométricas dos instrumentos apresentaram bons índices de ajustes e adequada confiabilidade, levando à formação das variáveis latentes que compuseram os modelos estruturais utilizados para analisar os participantes. Ao comparar jogadores amadores e profissionais, a análise de invariância mostrou que os grupos não eram equivalentes e, para dar continuidade as análises, do grupo de jogadores amadores foi excluído do modelo estrutural avaliado. Foram testadas quatorze hipóteses, das quais, sete se confirmaram. O clima empowering foi preditor da satisfação das necessidades psicológicas básicas e influenciou indiretamente a motivação autônoma. A satisfação das necessidades psicológicas teve impacto significativo tanto na motivação autônoma quanto na falta de motivação que, por sua vez, explicou 56% da variância do bem-estar e da intenção futura de continuar jogando. O clima disempowering foi preditor da frustração das necessidades psicológicas básicas mas, a frustração não impactou significativamente na motivação autônoma ou na falta de motivação. Os resultados obtidos dão suporte a TAD e a TOR no contexto do eSport, por demonstrem a importância do contexto social no desenvolvimento positivo, refletido nos efeitos diretos e indiretos do clima motivacional criado pelo treinador em jogadores profissionais de LoL.Tese Acesso aberto Conscientização e Avaliação da Aprendizagem na Educação Física Escolar: um Autoestudo(2023-10) MOREIRA, Vinícius dos SantosEste autoestudo, tecido pela teoria de Paulo Freire e pelas minhas experiências como professor pesquisador, emerge a partir do reconhecimento dos desafios inerentes à implementação de propostas de avaliação das aprendizagens durante as aulas de Educação Física escolar, que permitam acompanhar a aprendizagem dos estudantes e favoreçam o processo de conscientização. As políticas de avaliação implementadas no Brasil, com excesso de avaliações externas, a ineficiência das propostas de formação continuada, somadas às concepções tradicionais de avaliação da área, criam uma cultura avaliativa nas escolas que tende a classificar as crianças, com a reprodução de propostas avaliativas competitivas, expressas por meio de testes, provas ou análise de momentos pontuais das aulas e pouco contribuem para que professores e professoras, alunos e alunas, ressignifiquem seus conhecimentos. Almejando subverter essa lógica, o objetivo desta tese foi construir e analisar, junto com os estudantes, a avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física escolar e identificar como essa construção coletiva impacta nosso processo de conscientização. Para possibilitar a produção de informações sistemáticas que permitissem repensar, reinterpretar e acessar valores implícitos à própria prática, este autoestudo foi realizado em uma escola da cidade de Santo André – SP, com 22 estudantes do quinto ano do ensino fundamental e contou com a colaboração de outro professor pesquisador que teve a função de amigo crítico. O entrelaçar desse processo se deu pela associação de diferentes instrumentos como: plano de ensino, notas de áudio, diários reflexivos, entrevistas semiestruturadas com estudantes, atividades produzidas durante as aulas e reunião com amigo crítico. A análise foi realizada a partir da triangulação das informações, com a utilização da análise temática, que se desdobrou em três temas: concepções em transitividade; dialogicidade dos processos avaliativos; despertar para mediação participativa da avaliação. Os desdobramentos desse processo mostram um movimento de trânsito das consciências que resultaram na ressignificação da minha prática-político-pedagógica e melhor compreensão de nosso processo de conscientização. Compreendi que é preciso manter postura vigilante contra atitudes e ações antidialógicas que nos escapam diante dos processos avaliativos e dos conhecimentos que as crianças expressam por meio das avaliações e as crianças demonstraram terem ampliado suas concepções e significados sobre a função das avaliações. Diante disso, passo a defender que é necessário inverter a lógica que prioriza as avaliações externas, para priorizar as avaliações da aprendizagem construídas por professores e estudantes mantendo seu caráter dialógico. Ao serem planejadas em colaboração, se faz necessário prever momentos de experiências significativas para as crianças, como compartilhamentos das experiências e seus aprendizados com a comunidade escolar e seus familiares, ou a partir experiências com jogos, brincadeiras, produção de figurinhas, produções artísticas, danças, apresentações teatrais, vídeos, produção de livros, gibis, álbuns, charges, entre outros, pois permitem além de revelar os aprendizados, a construção de novos conhecimentos.Dissertação Acesso aberto A constituição da identidade da coordenadora educacional de Educação Física escolar atuante em Secretaria de Educação: um autoestudo(2023-06-22) Gomes, Fabiana Stival MorgadoA docência, com suas inúmeras faces e possibilidades, sempre esteve presente na minha vida profissional. Neste percurso como gestora, muitos têm sido os desafios enfrentados e a busca por me autoavaliar e me aperfeiçoar se fez constante no meu caminhar. Sendo assim, neste trabalho busco compreender como se construiu a minha identidade como coordenadora de serviço educacional de Educação Física escolar, atuante em uma Secretaria Municipal de Educação; e analisar minhas experiências e vivências, bem como seus impactos na concretização da Educação Física escolar na Rede Municipal de Ensino. Para efetivar o trabalho da gestão é necessário compreendê-lo e organizá-lo por meio de ações que favoreçam a interrelação com a/o docente e com as diretrizes da Secretaria de Educação, sem perder como foco principal o desenvolvimento das aprendizagens das alunas e alunos, mas considerando as variáveis que se materializam de forma complexa e diversa no cotidiano das políticas educacionais. Eu me propus a estudar o meu trabalho enquanto coordenadora, entendendo o como se constituiu a minha identidade profissional, a relativa autonomia em minhas ações, mas dentro dela o quanto pude mediar o diálogo entre determinações das/dos gestores superiores e interesses/necessidades de docentes e da própria Educação Física escolar, que considero necessária ser construída na realidade das escolas na Rede Municipal na qual eu atuo. Para concretizar esta pesquisa, optei pela metodologia do autoestudo, ancorado em narrativa que construí considerando o período histórico de 2017 a 2020 e problematizada junto a professoras, com a função de amigas críticas da pesquisa. Desdobraram-se três etapas ao longo do estudo, considerando as características do autoestudo (autoiniciado, propiciou o meu aperfeiçoamento enquanto pesquisadora e trouxe considerações para a área, foi realizado de forma interativa e colaborativa e houve a triangulação com outras fontes de pesquisa e fontes de informação). Trago como principal consideração o entendimento de que existem limites na atuação em uma Secretaria de Educação, regida por regras de funcionamento; por isso, é importante envolver os segmentos, para que as políticas públicas sejam efetivadas nas escolas e não apenas em Secretarias.Tese Acesso aberto Desenvolvimento e treinamento da Robustez Mental em atletas jovens: um programa de intervenção psicológica(2023-03-29) Corrêa, Mariana de FreitasEntender como os atletas desenvolvem e melhoram suas capacidades psíquicas é um grande desafio para a Psicologia do Esporte. Porque alguns atletas lidam melhor com situações de adversidade e fracassos enquanto outros sucumbem ou porque alguns parecem não se abalar com situações inesperadas são alguns questionamentos instigantes dessa área. O construto Robustez Mental (RM), é apontado como um componente fundamental do desempenho esportivo e pesquisadores da área tem realizado inúmeras pesquisas para entender como esse construto pode ser desenvolvido em atletas. No entanto, há uma carência de estudos sobre programas específicos para o desenvolvimento da RM em atletas jovens brasileiros. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi elaborar e validar um programa de treinamento psicológico, voltado para o desenvolvimento da robustez mental, utilizando-se para tal dos princípios do modelo teórico dos 4 C’s (controle, compromisso, confiança e desafio). Para tanto foi realizado um estudo de natureza descritiva, exploratória, quase experimental, utilizando-se de informações quantitativas para compreender aspectos psicológicos do comportamento de atletas. Participaram do estudo atletas de categorias de base, com idades entre 14 e 15 anos, das modalidades de voleibol e basquetebol, do sexo feminino. Foram incluídos atletas com pelo menos um ano de experiência na modalidade, federados, que participam de competições oficiais regularmente e, excluídos aqueles atletas afastados, por qualquer motivo e que não estevam comparecendo ao clube no momento da pesquisa. O programa teve duração de 12 semanas e os atletas foram avaliados no início e ao final das intervenções, bem como, após 1 mês do final do programa de acordo com segmento follow-up. Utilizou-se para as avaliações os instrumentos: Escala de Robustez Mental para o esporte – RME, Escala Breve de Resiliência – BRS e Teste de orientação de vida para o esporte LOT-R. Para analisar os dados foram utilizados os testes ANOVA, para comparar as diferenças entre os três momentos de avaliação (pré, pós, 1 mês) e o teste t de student para comparar os grupos de basquetebol e voleibol. Para correlacionar as variáveis foi utilizado o teste de correlação de Spearman. Para todas as avaliações o nível de significância adotado foi de (p<0,05). Os resultados mostram que houve uma melhora significativa no grupo de basquete em todas as variáveis avaliadas e diferenças significativas quando comparados os grupos, experimental e controle. Os índices de effect size foram altos (acima de 0.80). Desta maneira, podemos concluir que o programa aplicado de 12 semanas foi eficaz para desenvolver a Robustez Mental em atletas jovens.Dissertação Acesso aberto Diálogo de Saberes na Formação e na Prática Pedagógica de Professores de Educação Física Mestres de Capoeira(2021) Oliveira, André Luis Rocha de.A Capoeira é uma manifestação cultural Afro-Brasileira presente em escolas, projetos sociais, clubes, academias e no esporte competitivo, sendo praticada atualmente por pessoas de todas as idades e etnias. A preparação de professores para atuar com Capoeira acontece em duas instâncias formativas: a tradição cultural, sob orientação de Mestres de Capoeira e na formação acadêmica em cursos de graduação em Educação Física. Por desejo dos profissionais e ou exigências do mundo do trabalho, a escola de ofício e a graduação acadêmica se encontraram. Estudos da área têm discutido que a integração dos saberes culturais e acadêmicos pode favorecer a qualidade da formação destes profissionais, mas pouco se sabe sobre como os professores mobilizam e integram os conhecimentos advindos dos saberes culturais e dos conhecimentos acadêmicos. Tendo em vista a relação entre a melhoria da formação dos professores e do ensino da Capoeira para diferentes públicos, o objetivo do trabalho foi: analisar os saberes que professores e Mestres de Capoeira, formados em Educação Física, mobilizam em suas práticas pedagógicas. Mais especificamente, o trabalho pretendeu: descrever e analisar os saberes da história de vida, da formação profissional na tradição da Capoeira e na graduação de Educação Física e da experiência de trabalho que professores e Mestres mobilizam em suas práticas de ensino e analisar se há preponderância entre os saberes construídos. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, de abordagem qualitativa, mediadas por videoconferência, dadas as condições de segurança sanitária advindas da pandemia de COVID 19. Foram sujeitos da investigação 8 professores e Mestres de Capoeira, formados em Educação Física e pela Capoeira que atuam com pessoas de todas as idades em academias próprias, há pelo menos 5 anos, sendo 7 homens e 1 mulher. Os sujeitos foram recrutados de forma intencional na rede de contato do pesquisador. As entrevistas foram gravadas em áudio e vídeo, depois transcritas, gerando o corpus de dados verbais analisado por meio da identificação e descrição do conteúdo temático conforme referencial teórico metodológico da análise de conteúdo temático. Os professores compreendem que a fusão dos saberes experienciais e do campo científico são positivas. No entanto, a sua concepção pedagógica enxerga a Educação Física como uma caixa de ferramentas que é acionada quando preciso. O curso contribui para o desenvolvimento teórico e prático dos sujeitos trazendo mais cientificidade. Essa articulação é capaz de gerar uma mutação no próprio modelo de ofício aprendido pelos sujeitos ao longo dos anos. Constatamos que a proximidade com a educação formal leva os professores a uma confluência direta com os saberes de ofício da Capoeira. Concluímos que a Educação Física é um verdadeiro filtro dos saberes da experiência, onde a Educação Física é vista como uma grande peneira e desse extrato os sujeitos reconstroem suas práticas, porém essa reconstrução é feita também pelos saberes de ofício da Capoeira com um aporte didático-metodológico da Educação Física.Dissertação Acesso aberto Educação física na área de linguagens: a percepção de professores e professoras(2021-11-23) Grellmann, DiogoO objetivo geral dessa pesquisa foi compreender como os professores de EF do Ensino Fundamental percebem e desenvolvem a EF na Área de Linguagens em diferentes políticas educativas em Rondonópolis no Estado de Mato Grosso. O estudo teve desenho descritivo exploratório tendo como procedimentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada. A análise das informações foi descritiva. Participaram do estudo oito professores de Educação Física atuantes em quatro políticas educativas: escola urbana, de campo, tempo integral e militar. Foi possível perceber que os participantes compreendem que ocorreram avanços com a inserção da Educação Física na área da linguagem, mas não identificam os motivos que a levaram estar nessa área. Ainda se encontra marcado nas narrações dos participantes a forte influência e predominância da compreensão de que a Educação Física deveria estar na área das Ciências da Natureza, pois é corpo biológico que envolve os conhecimentos específicos da área. Para os participantes, a linguagem na EF está presente quando trabalhadas as questões teóricas, ou seja, a partir de leitura, interpretação e produção de textos escritos. A gestualidade e as diferentes expressões corporais não se apresentaram como conhecimento inerente a linguagem nas verbalizações dos professores e professoras. A Educação Física enquanto componente curricular da Área de Linguagens e as possibilidades do trabalho pedagógico na perspectiva da interdisciplinaridade ainda é incipiente e dificulta o entrelace dos objetos de conhecimento para a realização de um trabalho integrador na escola. Concluímos que alguns dos pesquisados se posicionaram contrários à inserção da EF como componente curricular da Área de Linguagens, foi alegado pelos pesquisados que a EF seria adequadamente alocada na Área de Ciências da Natureza por problematizar questões que envolvem o corpo nos processos de formação, com enfoque em objetos de conhecimentos, especificamente, biologicistas. Foi apontado ainda que a EF poderia estar em qualquer área de conhecimento, pois na compreensão de alguns pesquisados a prática pedagógica não se alicerça diretamente em uma área. Contudo, a EF na Área de Linguagem ela amplia a visão das interrelações com a cultura corporal de movimento.Dissertação Acesso aberto Educação Física na Educação Infantil e formação continuada: reflexões de professores e professoras(2021) Souza, Mirvane Dias deO objetivo da pesquisa foi compreender os significados e sentidos que professores e professoras de Educação Física na Educação Infantil atribuem à estratégia de grupos de estudo no processo de formação continuada da rede municipal de Santo André. Mais especificamente, a pesquisa buscou: compreender a concepção de Educação Física na Educação Infantil de professores e professoras que atuam na Educação Infantil do Município de Santo André e descrever e interpretar a visão dos professores e das professoras de Educação Física sobre o papel de suas experiências formativas em grupo de estudos no desenvolvimento de suas práticas pedagógicas. Trata-se de pesquisa qualitativa de enfoque descritivo-interpretativo. Os instrumentos de coleta foram: 1. questionário online 2. entrevistas em grupo focal por meio de videoconferência. A análise dos dados coletados foi realizada por meio da estratégia de análise temática. Os sujeitos foram recrutados na rede de contatos da pesquisadora que também é professora da referida rede de educação, com anuência da responsável pela formação continuada dos professores de Educação Física do Município. Participaram da pesquisa 2 professores e 5 professoras que formaram um grupo de estudo em 2019, dentro do processo formativo da rede municipal cuja temática era a Educação Física na Educação Infantil. A análise dos resultados evidenciou que os professores e professoras fundamentam a Educação Física na Educação Infantil em referenciais da psicologia do desenvolvimento e da psicomotricidade; reconhecem, entretanto que é preciso avançar nessa concepção, buscando estratégias de escuta das crianças; valorizam a formação continuada institucional como momento de aquisição de saberes e troca de experiências; reconhecem a dificuldade de compreensão sobre como deve funcionar um grupo de estudos, mas valorizam a experiência como estratégia formativa que permite a reflexão colaborativa sobre a prática potencializada pela diversidade de pontos de vista entre os docentes e pela troca de práticas e reflexões por meio de aplicativo de mensagens, mas advogam que é necessário aperfeiçoar o planejamento do trabalho formativo. Segundo os sujeitos, o grupo de estudos que se concretizou em 2019 foi limitado por atropelos do calendário de atividades como a realização dos jogos escolares, momentos burocráticos, falta de clareza sobre seus objetivos, espaço e tempo inadequado e descontinuidade entre as sessões; sugerem que a formação em grupo de estudo se efetive a partir de planejamento mais efetivo e de acompanhamento mais próximo da coordenação.Dissertação Acesso aberto Educação física na educação infantil: Perspectiva docente.(2022-10-07) Oliveira, Raimundo Maximiano,O objetivo geral da pesquisa foi descrever e interpretar a compreensão de professoras e professores de Educação Física escolar que atuam no segmento da Educação Infantil sobre possibilidades de integração do componente ao Projeto Político-Pedagógico (PPP) das instituições em que atuam. Os objetivos específicos abrangeram: Compreender como professores e professoras de Educação Física interpretam a proposta de organização do currículo de Educação Infantil e como se inserem nesse contexto; Identificar concepções, ações, conquistas e desafios experimentados por professoras e professores na busca por integrar suas ações aos PPPs das instituições onde atuam. Trata-se de pesquisa qualitativa, com entrevista individual em profundidade semiestruturada, feita com duas professoras e três professores de Educação Física que trabalham na Educação Infantil nas cidades de Fortaleza/CE, Florianópolis/SC, Santo André/SP e Vitória/ES. As entrevistas, com duração média de 30 minutos, foram realizadas por meio de videoconferência e gravadas. Após as entrevistas, as informações verbais foram transcritas, tabuladas e tratadas por meio de análise temática. A análise indicou que as professoras e os professores valorizam a integração da Educação Física ao PPP das Escolas, mas encontram dificuldade de planejar ações conjuntas com os professores regentes. A integração das aulas de Educação Física no currículo da Educação Infantil acontece por meio de projetos institucionais, temas gerados, ou ações pontuais, entre professoras e professores de Educação Física e professoras e professores regentes. O principal desafio é a falta de tempo remunerado para planejar e desenvolver ações conjuntas. Os/As profissionais trabalham a partir da observação e do diálogo com as crianças, considerando os múltiplos aspectos de seu desenvolvimento. Desse modo, acredita-se que a pedagogia participativa, desenvolvida por processo de documentação pedagógica, pode ser um bom caminho para romper com as barreiras disciplinares, por meio de uma escuta ativa de todos os envolvidos no processo educativo, em particular as crianças, e talvez promover o distanciamento de uma pedagogia transmissiva, tradicional e ultrapassada. Conclui-se que, para os sujeitos da pesquisa, ainda é necessário lutar para promover a legitimação da Educação Física no currículo da Educação Infantil, com ações integradas e avanços metodológicos em direção à escuta das crianças e ao trabalho integrado.Tese Acesso aberto Efeito da Suplementação de Picolinato de Cromo associado ao sprint intervalado de alta intensidade na ingestão calórica e controle do apetite em Humanos.(2023-08-22) Silva, Marina SantosA insatisfação com a imagem corporal gera uma busca por melhoria através da prática de exercícios físicos, alimentação saudável e uso de suplementos alimentares. Um dos suplementos comumente utilizados é o cromo, que está relacionado ao metabolismo da glicose. A suplementação de picolinato de cromo (CrPic₃) pode influenciar o comportamento alimentar, o controle do apetite e vem sendo associada a promoção de massa magra e redução da gordura corporal. Recentes evidências sugerem que o exercício físico e a suplementação de CrPic₃ podem influenciar no controle de apetite. O objetivo deste estudo foi o de avaliar o efeito da associação da suplementação aguda de CrPic₃ e do sprint intervalado de alta intensidade (SIT) no controle de apetite e saciedade em humanos. O estudo foi do tipo duplo cego, randomizado, contrabalanceado e crossover. Para isso, sete indivíduos (30 ± 3,4 anos; 75 ± 12,4 kg; 1,69 ± 0,09 metros; 26,3 ± 2,15 kg/m²) foram submetidos a quatro experimentos, separados por sete dias: 1- CrPic₃-SIT (8 sprints de 15 seg + descanso de 2 min), 2- CrPic₃-REP (controle sem exercício), 3- PLA-SIT e 4- PLA-REP. A suplementação consistiu em duas doses de 500 µg de CrPic₃ ou placebo (amido resistente). A percepção subjetiva de apetite (PSA) foi avaliada por meio de uma escala visual analógica (VAS) em quatro momentos: 1) pré almoço, 2) pré exercício, 3) pós exercício e 4) pré jantar. A ingestão de nutrientes foi analisada por meio do registro no diário alimentar (24h) para quantificação calórica e padrão alimentar. O teste de análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas foi utilizado para analisar possíveis diferenças entre as condições e momentos na percepção do apetite. Não houve diferenças significativas na PSA nos parâmetros de Fome, Saboroso e Salgado. No entanto, no experimento CrPic₃-SIT houve um aumento significativo no parâmetro Gorduroso. A PSA aumentou significativamente no parâmetro de Satisfação no experimento CrPic₃-SIT comparado aos outros experimentos. Assim como mostrou aumento significativo no experimento PLA-REP no parâmetro Doce. A diminuição mais significativa da ingestão calórica foi observada no experimento CrPic₃-REP. Embora o número relativamente pequeno da amostra, a suplementação de CrPic₃, quando combinada ou não ao SIT, apresentou resultados promissores no controle de apetite e saciedade. Contudo, existem aspectos como gênero, composição corporal, intensidade do exercício e posologia ideal que não foram elucidados.Dissertação Acesso aberto Efeito do intervalo de recuperação fixo e auto selecionado no treinamento de força: novas perspectivas na prescrição(2021) Santana, Wilian de JesusINTRODUÇÃO: Nas últimas décadas o intervalo de recuperação entre séries e exercícios, recebeu atenção dos pesquisadores de treinamento de força, o que tem contribuindo no entendimento dessa variável em relação a manutenção do rendimento, em especial da carga durante o treinamento de musculação. Entretanto, mesmo com a recomendação do intervalo de recuperação, sabe-se que cada indivíduo responde de modo específico ao estimulo do treinamento. Desta forma, a pergunta geradora foi: Por que manter o intervalo fixo de recuperação para pessoas com nível de treinamento e intensidades diferentes de treinamento? OBJETIVO: O presente estudo analisou a relação entre o número total de repetições no treinamento de musculação em adultos treinados, submetidos a intervalo de recuperação determinado e auto selecionado. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Foram realizadas duas análises que permitiram observar o fenômeno em questão sendo: análise 1, realizamos pelos critérios metodológicos uma revisão sistemática e meta- análise, na comparação do intervalo de recuperação fixo e auto selecionado em função do volume de treino, identificado pelo número de repetições realizados em programa de musculação. Durante o período de março a julho de 2020, foram analisados os registros de 3 bases de dados eletrônicas (Pubmed, Biblioteca Virtual da Saúde BVS, Ebsco Sportdiscus), combinando as palavras “treinamento de resistência, exercício resistido, e exercício de força”, “intervalo de recuperação, intervalo de descanso, intervalo de recuperação, intervalo auto sugerido, intervalo auto selecionado” com combinação “AND” e “OR”. Os dados reunidos de 05 estudos mostraram um grande efeito significativo a favor do grupo experimental (>2 minutos) (MD: 1.24; 95%-IC [0.78; 1.71]; z: 5.25, Q:1.08; p < 0.01). As intervenções foram conduzidas para comparar o efeito dos intervalos de recuperação que continham tempos >2 minutos e <2 minutos entre séries A meta análise demonstrou maior efeito a favor do intervalo de recuperação >2 minutos, uma vez que nos estudos em questão, esse intervalo de recuperação possibilitou maior volume de treino. Os estudos aqui apresentados demonstraram que o intervalo de recuperação entre 3 e 4 minutos são eficazes entre séries para treinamento de força com intensidades altas. A análise 2, foi desenhada na comparação entre o efeito do intervalo de recuperação auto selecionado e o intervalo determinado, em relação ao volume de treinamento de musculação em diferentes intensidades (60, 75 e 90% de 1-RM) nos exercícios supino e leg press. RESULTADOS: Encontramos redução de 68,54% no número de repetições na intensidade baixa em relação intensidade alta no exercício supino e 25,11% no leg press entre as séries com aumento do intervalo de recuperação auto selecionada em 78,93% e 37,55%, respectivamente. Em relação a percepção subjetiva de esforço, e percepção de prazer, associada à satisfação do praticante e na escala de dor associada ao desconforto não houve diferença significante entre as intensidades nos dois exercícios. CONCLUSÃO: Intervalos mais longos parecem ser melhores, no volume total do treinamento, embora não haja consenso para diferentes objetivos do treinamento frente ao intervalo de recuperação auto selecionado. Dessa forma, imaginamos que essa estratégia possa ser importante na organização do programa de exercício de musculação.Dissertação Acesso aberto Efeitos agudos do pré-condicionamento isquêmico e dos exercícios de pliometria no desempenho de corredores de 5 KM(2023-09-15) Borgonove, Renato GouveiaO pré-condicionamento isquêmico (PCI) consiste em breves períodos de isquemia intercalados com períodos de reperfusão que tem sido utilizado para melhora das capacidades aeróbia e anaeróbia. A melhora do desempenho no teste contrarrelógio de 5 km em resposta ao PCI pode estar associada ao aumento da vasodilatação, menor depleção de ATP, glicogênio muscular e maior tolerância a acidose metabólica. Em adição, o treinamento pliométrico (PLIO) tem sido proposto como uma estratégia efetiva na melhora do desempenho em atletas de resistência, sendo que os mecanismos envolvidos podem estar associados a maior ativação neuromuscular, o uso de energia elástica favorecida pelo ciclo alongamento encurtamento e a rigidez músculo-tendão. Desta forma, as técnicas de PCI e da PLIO de forma isolada seriam efetivas para induzir respostas positivas na melhoria do desempenho de corredores de 5 km. Entretanto, nenhum estudo até o presente momento testou a combinação dos métodos de PCI e PLIO sobre o desempenho agudo em corredores de 5 km. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos agudos do PCI associado a PLIO sobre o desempenho na corrida de 5 km. Dezessete corredores de 5 km com experiência de pelo menos 1 ano participaram do estudo e foram submetidos à um desenho experimental cruzado randomizado, realizado nas seguintes condições: 1) placebo + corrida de 5 km contrarelógio (PLA); 2) pré-condicionamento isquêmico + corrida de 5 km contrarrelógio (PCI); 3) exercícios de pliometria + corrida de 5 km contrarrelógio (PLIO); e 4) PCI associado à PLIO + corrida de 5 km contrarrelógio (PCI + PLIO). Nas condições PLA e PCI foram realizados 4 ciclos de 5 min de isquemia por 3 min de reperfusão, com 20 mmHg e 20 mmHg acima da pressão de oclusão, respectivamente. Na condição PLIO os participantes realizaram 2 séries de 8 repetições de agachamento com salto, afundo com salto e afundo alternado com um minuto de intervalo entre as séries. Na condição PCI + PLIO foi associado na sequencia ambos os protocolos anteriormente citados. O teste contrarrelógio de 5 km (CR5) foi realizado imediatamente após a aplicação dos protocolos de intervenção. O tempo contrarrelógio de 5 km, a frequencia cardíaca (FC) e a percepção subjetiva de esforço (PSE) foram coletados após os protocolos experimentais. A Anova de dois caminhos foi usada para a análise estatística das variáveis dependentes, com nível de significância estabelecido em p<0,05. Os resultados do estudo mostraram que não houve diferença significante no tempo do CR5, bem como, a cada km percorrido e na FC entre os protocolos comparado à condição controle (p>0,05). A PSE foi ligeiramente superior nas condições PLIO e PCI, respectivamente, embora não tenha sido observado diferença significante entre os protocolos (P>0,05).Dissertação Acesso aberto Efeitos cardiovasculares, autonômicos e metabólicocs do treinamento físico aeróbico em um modelo experimental de menopausa com aterosclerose associada ao consumo de dieta hiperlipídica(2021) Izaias, João EduardoÉ comum que a mulher pós menopausa apresente aumento de peso associado a alterações metabólicas. Tais modificações tornam essa população mais propensa ao desenvolvimento de disfunções. Nesse sentido, a aterosclerose é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela formação de placas de ateroma na parede arterial, processo que pode causar a obstrução das artérias. O treinamento físico tem sido considerado uma conduta não-farmacológica para redução do risco de eventos cardíacos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos do treinamento físico em um modelo experimental de menopausa com aterosclerose associada ao consumo de dieta hiperlipídica. Para isso, foram utilizados 60 camundongos fêmeas Knockout para apoliproteína E (ApoE- KO), divididos em 5 grupos experimentais (n=12 em cada): controle sedentário tratado com dieta normolipídica (CSN 9); grupo Ooferectomizado sedentário tratado com 9 meses de uso de dieta normolipídica (OSN 9), grupo Ooferectomizado treinado tratado com 9 meses de uso de dieta normolipídica (OTN 9), grupo Ooferectomizado sedentário tratado com 9 meses de uso de dieta hiperlipídica (OSD 9) e grupo Ooferectomizado treinado tratado com 9 meses de uso de dieta hiperlipídica (OTD 9). A medida de glicemia e o teste de tolerância oral à glicose (OGTT) foram realizados ao 7 mês de uso de dieta e ao final do protocolo (9° mês de uso de dieta). O treinamento físico teve início na metade do 7o mês de uso de dieta, com duração de 6 semanas, intensidade moderada (50-70% do máximo obtido no teste de esforço), com sessões de 1 hora por dia, 5 dias por semana. Ao final do estudo, os animais foram submetidos a ecocardiografia para análise da morfologia e função cardíaca, e à canulação para registro direto de pressão arterial, análise da sensibilidade barorreflexa e da modulação autonômica cardiovascular. A análise dos dados foi realizada através do software GraphPad Prisma (versão 8.0). A média aritmética e o erro padrão da média (EPM) foram calculados para todas as variáveis estudadas. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para que verificar a normalidade dos resultados. Após o período experimental os valores obtidos foram analisados pelo teste de variância de dois fatores (ANOVA Two-way), seguido de post hoc de Tukey. O nível de significância utilizado em todas as análises foi de 5%. Foi observado aumento do tecido adiposo branco do grupo OSD 9 (vs. grupos alimentados com dieta normolipídica), peso corporal final do grupo OSD 9 (vs. todos os outros grupos), e o grupo OTD 9 apresentou diminuição deste valor de peso corporal. Além disso, os grupos treinados apresentaram melhora da capacidade funcional quando comparado ao OSD 9. Os grupos treinados apresentaram maior banda de alta frequência do intervalo de pulso quando comparado aos sedentários. A conclusão do estudo é de que a combinação de privação ovariana e dieta em camundongos ApoE-KO traz prejuízos em relação ao aumento de peso corporal, acúmulo de tecido adiposo, capacidade funcional, diminuição do tônus vagal. O treinamento físico mostra efeitos benéficos nos parâmetros de peso corporal, capacidade funcional e melhora de tônus vagal em que a privação ovariana e dieta hiperlipídica foi negativo.Tese Acesso aberto Efeitos da suplementação aguda de nitrato no desempenho, fadiga central e fadiga periférica em corredores de rua.(2021) Santana, Jeferson OliveiraIntrodução: A corrida de rua é um esporte em constante crescimento, sendo as distâncias de 10km uma das mais praticadas por atletas recreacionais. Apesar disso, diversos atletas sentem dificuldades ao completar uma prova nesta distância. Esta dificuldade se deve a influência da fadiga central e periférica, que elevadas, prejudicam a execução de diversos exercícios físicos, como os de longa duração. Uma estratégia que pode atenuar esta fadiga é a utilização de recursos ergogênicos e um potencial recurso para esta atenuação é a suplementação de nitrato, um potente vasodilatador com diversos benefícios fisiológicos, que podem diminuir a fadiga central e periférica. Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação de nitrato no desempenho, fadiga central e periférica em corredores de 10km. Materiais e métodos: Estudo randomizado, cruzado e duplo-cego, onde 9 participantes com idade média de 33,63 ± 5,13anos, realizaram um teste de 10km sendo divididos em dois grupos, nitrato (NIT) e controle (CON). Foram realizadas uma coleta antes dos testes, denominado momento PRE e logo após os testes, denominado momento POS. As variáveis coletadas foram: desempenho, creatina quinase, lactato desidrogenase, concentração de lactato, nitrito plasmático e meta-hemoglobina, teste neuropsicológico de Stroop Color e teste de Trilhas. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão. Foi realizado um teste de normalidade da amostra (Shapiro-wilk). As variáveis foram analisadas através do teste T de Student não pareado (teste de desempenho), teste ANOVA de medidas repetidas, com pós-teste de Tukey, quando necessário. O nível de significância adotada foi de p<0,05. Resultados: Na análise de performance, não houve diferenças significativas (p = 0.288). A concentração de nitrito apresentou um aumento significativo no grupo NIT, quando comparado ao grupo CON (p = 0,020) e ao momento Pré (p = 0,010). Já a meta-hemoglobina não apresentou diferenças significativas. Com relação aos sinais periféricos, o grupo NIT apresentou concentrações sanguíneas de CK menores quando comparado ao controle (p = 0.036). Além disso, o grupo CON apresentou concentrações de CK e LDH maiores, quando comparado ao momento Pré (CK: p = 0.016; LDH: p = 0.003). Na concentração de LAC, ambos os grupos apresentaram um aumento significativo quando comparados ao momento Pré (CON: p =0.001; NIT: p = 0.000). Nos sinais centrais, ambos os grupos apresentaram diminuição do tempo de execução do teste de Trilhas, quando comparado ao momento Pré (CON: p = 0.011; NIT: p = 0.001). No teste de Stroop Color, ambos os grupos apresentaram diminuição significativa no tempo de execução no terceiro teste, quando comparado ao momento Pré (CON: 0.022; NIT: 0.016). Nos dois primeiros testes, somente o grupo NIT apresentou diminuição significativa, quando comparado ao momento Pré (Teste 1: p = 0.041; Teste 2: p = 0.008). Conclusão: Com estes resultados, concluímos que a suplementação aguda de Nitrato é eficaz na melhora dos sinais centrais e periféricos de corredores de 10km.Dissertação Acesso aberto Efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico na capacidade funcional cardiorrespiratória e na força muscular respiratória de pacientes com Acidente Vascular Encefálico na fase crônica: revisão sistemática e metanálise(2021-10) Peça, PriscilaIntrodução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma doença incapacitante que corresponde à primeira causa de morte no Brasil. A incapacidade causada pelo AVE leva a restrições ao leito no período agudo e dificuldades de locomoção que acarretam a perda de massa muscular, fraqueza e limitação funcional na fase crônica. Ainda durante a hospitalização esses pacientes apresentam complicações respiratórias que se perpetuam na fase crônica, inclusive pela fraqueza dos músculos respiratórios. Esses fatores promovem o descondicionamento físico dessa população, por isso, recomenda-se a reabilitação com exercícios, que inclui o treinamento resistido, aeróbio e inclusive o treinamento da musculatura respiratória. Objetivo: Revisar sistematicamente os efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico (resistido, aeróbio, combinado e respiratório) na capacidade funcional cardiorrespiratória e na força muscular respiratória de pacientes com acidente vascular encefálico na fase crônica. Método: Para tal, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, EMBASE, LILACS e PeDro e foram incluídos ensaios clínicos randomizados que tiveram como participantes pacientes com AVE na fase crônica e que compararam os efeitos de treinamento físico (aeróbio, resistido, combinado ou treinamento muscular respiratório (TRM)) com grupo controle. Os desfechos avaliados foram a capacidade funcional cardiorrespiratória e a força muscular respiratória. Resultados: A estratégia de busca identificou 4564 referências, dessas 23 preencheram todos os critérios de elegibilidade e foram incluídas, sendo que 16 tinham como intervenção o treinamento aeróbio, quatro o TMR, uma treinamento resistido, uma treinamento combinado e uma delas treinamento aeróbio, resistido e combinado. Observamos que tanto o treinamento aeróbio (quinze estudos: 2,77ml/kg/min, IC 95%: 2,13 - 3,41; I2 : 50%) quanto o resistido melhora os valores de VO₂ (dois estudos: 2,36 ml/kg/min, IC 95%: 1,40 - 3,31; I2: 0%). Treinamento muscular inspiratório e expiratório melhoram pressão inspiratória máxima (PImáx) (quatro estudos: 32,62 cmH2O, IC 95%: 22,23 - 43,02; I2: 17%) e pressão expiratória máxima (PEmáx) (três estudos: 21,74 cmH2O, IC 95%: 2,28 - 41,19; I2: 70%). Conclusão: Treinamento físico, especialmente o aeróbio e o TMR, é benéfico para a população acometida por AVE mesmo na fase crônica, uma vez que podem melhorar a capacidade funcional cardiorrespiratória e a força muscular respiratória, culminando em diminuição de novos eventos e complicações.
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