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Percurso de tomada de decisão em paciente neuropata em cuidados paliativos: relato de caso.
(2023-12) OLIVEIRA, Felipe Takamori
O planejamento de cuidado de pacientes portadores de condições neurológicas agudas de mau prognóstico antecedem uma complexa tomada de decisões que, usualmente, difere da fase terminal de outras doenças, devido a possibilidade da permanência de tratamentos prolongadores de vida, que podem permitir que estes pacientes perdurem por meses a anos, mesmo em situações indignas, segundo os valores pré estabelecidos pelo doente e seus respectivos familiares, e com evidências clínicas de evolução prognóstica que inserem o princípio de incerteza de qual será o nível de sequela para a discussão com os familiares e equipe de saúde. Nesse sentido, apresentaremos o percurso complexo e prolongado de tomada de decisão e dilemas bioéticos no cuidado hospitalar de uma paciente adulta jovem, neuropata de mau prognóstico vítima de traumatismo cranioencefálico e encefalopatia hipóxicoisquêmica, oriundos de um acidente por soterramento; internada na Unidade de Cuidados Progressivos, do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, Minas Gerais, a fim de orientar os profissionais de saúde em cuidados paliativos a integrar a evidência disponível na literatura sobre este processo de decisão de tratamento juntamente com os valores de vida do paciente e familiares. Relatar o contexto de internação de uma paciente neuropata de mau prognóstico e fomentar uma mudança de paradigmas na prática clínica de profissionais da saúde diante de pacientes com esse perfil. Trata-se de um estudo descritivo, sem grupo controle ,de caráter narrativo e reflexivo com dados oriundos da prática clínica profissional. As informações foram coletadas das evoluções da medicina, enfermagem, psicologia e serviço social do sistema SIGH da rede FHEMIG, que continham informações do caso a ser relatado por meio deste trabalho , detalhado por meio de reuniões de acolhimento entre a equipe multidisciplinar responsável e os membros da família da paciente, bem como as passagens pelo serviço de internação e pronto atendimento. No que tange ao respaldo técnico científico, realizamos um estudo em relação ao estado da arte sobre cuidados paliativos em pacientes neuropatas nas bases de dados do Pubmed e Medline, nos idiomas inglês, português e espanhol. O acesso aos valores de vida do paciente ou representante legal do mesmo exige um processo de comunicação voltado para a construção de um cuidado que tenha como foco a dignidade ,e em muitos casos, a prioridade de não gerar deterioração e sofrimento neste paciente. Tal decisão se mostra mais significativa do que o prolongamento da vida por meio de quaisquer artifícios terapêuticos que se mostrem dispensáveis diante de uma doença incurável. Todavia, a aplicabilidade dessa discussão enfrenta resistência por conta do processo de formação cientificista dos profissionais de saúde, não restrito somente à medicina, mas principalmente por estes, que ainda tomam decisões que, empírica ou cientificamente guiados, buscam evitar a morte a qualquer preço.
Fatores preditores de extração completa na abordagem endoscópica de cálculos ureterais
(2024-04) RODRIGUES, Caroline Barcia ; CRUZ, Cristiane Sarmento; GOMES, Daniela Veloso
A ureterolitíase é uma afecção à saúde caracterizada pela presença de componentes sólidos cristalizados no ureter que possui um importante impacto social devido a ao nível de incidência significativo e consequente elevada taxa emergencia l nacionalmente. Esses cálculos possuem variância de tamanho, posição e composição, e têm a supersaturação da urina como a sua principal causa. Dentre os fatores de risco desencadeantes observa-se a desidratação, sexo masculino, excesso de purinas ou oxalato na dieta, fatores genéticos, metabólicos e geográficos, relevantes a serem discutidos e analisados dentro das abordagem terapêutica desta patologia. Objetivo geral: Avaliar as taxas de sucesso da Ureterorrenolitotripsia Rígida a partir dos fatores preditores que influenciam na extração completa e incompleta de cálculos ureterais, por meio da caracterização de dados contidos em prontuários de pacientes submetidos a este procedimento em um serviço a saúde na cidade de Belo Horizonte, MG. Esta pesquisa envolve um Estudo Transversal retrospectivo por meio de uma análise de 538 prontuários de pacientes, do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, submetidos à abordagem endoscópica de cálculos ureterais entre os meses de Janeiro 2022 a Janeiro de 2023. Foram tabulados em planilhas próprias os dados de sexo, idade, tamanho médio dos cálculos, posição e tipo de extração, e submetidos a análise estatística através do teste Qui-quadrado e T de Student ao nível de 5% de probabilidade. Foram analisados 531 prontuários, dos 538 selecionados conforme critérios de exclusão, sendo maior parte do sexo masculino 292 (55,0%) com uma média de 44 anos. Dentre eles, obtivemos um superior número de extração completa do cálculo ureteral correspondente a 296 (55,0%), enquanto 170 (31,6%) a apresentaram de forma incompleta. O tamanho médio dos cálculos foi de 8,8 milímetros, porém ausente de relação direta entre as taxas de desfechos positivos das cirurgias. Em relação à posição, a maioria dos cálculos apresentaram-se na posição distal, 200 (37,2%). Além disso, houve uma diferença estatística significativa entre a posição do cálculo e a fragmentação (p=0,000*), indicando fragmentação completa para a maioria daqueles em porção distal. Discussão: A avaliação dos fatores preditores para extração integral do cálculo foi útil para determinar dentre eles qual tem maior relevância para o sucesso da intervenção estudada. Em suma, os produtos obtidos apontam para um elevado índice de incidência desta patologia no sexo masculino e a localização do cálculo na porção distal do ureter como maior preditor para desfechos positivos. Todavia, não houve relação direta entre o tamanho e a fragmentação total do cálculo. Dentre os fatores preditores analisados na pesquisa, foi possível observar uma expressiva relação entre a taxa de sucesso e a localização do cálculo no ureter distal e alta prevalência da comorbidade entre homens, ambos em concordância com literatura pré existente acerca do tema. Desse modo, torna-se de suma importância este conteúdo para a uma melhor escolha do método cirúrgico, prevenção de agravos e ajuste de expectativas em relação ao procedimento.
Eficácia do uso de duloxetina e pregabalina comparadas com o placebo no tratamento da neuropatia diabética dolorosa
(2023-12) TEIXEIRA , Enzo Brito; DUARTE, Luan Alvarenga de Almeida; LUZ, Luis Henrique Santana; BARBOSA, Luiz Fillipe Faria
A dor neuropática (DN) diabética é uma complicação do diabetes mellitus (DM), que afeta os nervos periféricos. A DN é uma complicação que representa grande desafio para o manejo farmacológico, desde sua descrição na literatura ainda não se tem um consenso de qual o melhor fármaco para tratar a patologia. As opções de primeira linha para o tratamento farmacológico da neuropatia periférica diabética (NPD) incluem antidepressivas (duloxetina, venlafaxina, amitriptilina) e anticonvulsivantes (pregabalina e gabapentina). O objetivo é a comparação da eficácia do tratamento com duloxetina e pregabalina comparadas ao placebo na DN diabética. Metodologia: Identificamos revisões sistemáticas, estudo prospectivo comparativo, metanálise e ensaios clínicos que compararam opções de tratamento para neuropatia diabética dolorosa com os fármacos já descritos na literatura ou qualquer outro comparativo, compilamos e comparamos uma lista desses estudos. Discussão: O uso da pregabalina em pacientes com neuropatia diabética é uma alternativa eficaz de primeira linha entre os medicamentos antidepressivos. A duloxetina é um fármaco da classe Inibidores da Recaptação de Serotonina-Norepinefrina (IRSN), que possui ação antidepressiva e analgésica. Em estudos que compararam a duloxetina e pregabalina com o placebo, foi observado uma melhora do quadro clínico. A escolha entre os fármacos depende da condição clínica de cada paciente e de sua tolerância à medicação. O uso da duloxetina é indicado como primeira linha em pacientes que apresentem quadro de depressão e ansiedade, podendo auxiliar no tratamento de ambas as comorbidades. Em contrapartida, pacientes que apresentem síndrome das pernas inquietas, tremor essencial e/ou insônia, serão mais beneficiados com o uso da pregabalina, por tratar as duas condições. A seleção do melhor fármaco para o tratamento pode ainda ser definido de acordo com as suas complicações, sendo os principais efeitos adversos da duloxetina são cefaleia, sonolência e tontura, já a pregabalina tem como principais efeitos adversos xerostomia e náuseas. Ambos os medicamentos apresentam efetividade no tratamento da dor neuropática. Dessa maneira, a escolha entre eles deve ser individualizada com base nas comorbidades, interações medicamentosas, perfis de efeitos colaterais e custo.
Doença pulmonar intersticial como manifestação de doença reumática autoimune: relato de caso e revisão de conceitos
(2023-12) CARVALHO, Ana Tercia Beltrame; OLIVEIRA, Barbara de; SILVA, Bianca Veloso Ferraz de Oliveira
A síndrome antissintetase é uma doença autoimune caracterizada pela produção de autoanticorpos contra RNA sintetase de transferência de aminoacil (RNAt). Os achados clínicos incluem miopatia inflamatória, doença pulmonar intersticial, achados dermatológicos, também chamados de "mãos de mecânico", artrite inflamatória e fenômeno de Raynaud. As doenças pulmonares intersticiais são definidas como um grupo heterogêneo de distúrbios do tecido pulmonar que são classificados juntos devido às manifestações clínicas, radiográficas, fisiológicas ou patológicas semelhantes. O objetivo é relatar o caso da progressão da doença pulmonar intersticial em uma paciente portadora de síndrome antissintetase, bem como os métodos diagnósticos, a progressão radiológica e o prognóstico do tratamento com terapia imunossupressora utilizada. Método: Relato de caso de uma paciente de 71 anos com história de dispneia progressiva e fenômeno de Raynaud associado à revisão sistemática da literatura relacionada ao tema. Resultados: Após extensa propedêutica, a paciente recebeu o diagnóstico de síndrome antissintetase, uma doença autoimune com elevada prevalência de doença pulmonar intersticial. O tratamento inclui corticosteroides e imunossupressores, como ciclofosfamida e micofenolato de mofetila. A síndrome antissintetase é uma doença rara cujo diagnóstico precoce e tratamento correto são essenciais para alcançar bons resultados e reduzir a morbimortalidade dos pacientes.
O uso indiscriminado de benzodiazepínico entre idosos e seus riscos
(2023-12) SILVA, Augusto Leonel de Paiva; SILVA, Camila Martins da; OLIVEIRA, Giovana Scoparo Muratori; SOUSA, Luiza Maria de Almeida; CUNHA, Thaier Serqueira
O presente estudo tem como proposta analisar o uso de benzodiazepínicos em idosos de maneira indiscriminada, bem como se existe um desacordo com os melhores embasamentos científicos e os possíveis efeitos colaterais que geram impacto na vida desta população, por meio de revisão narrativa de literatura. Os resultados do estudo apontam que os medicamentos da classe dos benzodiazepínicos apresentam grande eficácia no tratamento de insônia, ansiedade e convulsões, o que fez com que se tornasse popular entre a comunidade médica e pacientes. Porém, apesar da eficácia, apresentam efeitos adversos, principalmente para a população idosa e por isso, são contra indicados como primeira linha de tratamento para tal público. As investigações realizadas indicam que apesar do conhecimento atual sobre os graves efeitos adversos há uma prevalência significativa de prescrição de benzodiazepínicos na população idosa, tornando problema de saúde pública. Outro entrave encontrado foi a dificuldade da descontinuação aos benzodiazepínicos, devido ao temor dos próprios pacientes ao retorno e intensificação dos sintomas, ou o comprometimento do desempenho das atividades cotidianas, além de dependência psicológica e a subestimação ou negação dos efeitos colaterais. Enfatiza também sobre a importância e o conhecimento a respeito de terapias alternativas ao uso de benzodiazepínicos nesta população. A conclusão da investigação sugere que a avaliação médica precisa ser cada vez mais criteriosa sobre a real necessidade de prescrição, devendo ser avaliado os riscos e os benefícios do uso da medicação. Sintomas ansiosos, insônia e agitação podem ser manejados pelo médico assistente de diversas maneiras, devendo o uso do benzodiazepínico ser destinado apenas a casos refratários e de difícil controle.
Prevalência da doença renal do diabetes mellitus tipo 2 na população de Vespasiano
(2023-12) AZEVEDO, Ana Luiza Fonseca; CARVALHO, Bruna Tolentino de; REZENDE, Isabelle Amorim Costa de Avelar; CARVALHO, Laura Nogueira de; SADER, Luísa Machado Campolina
O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma patologia crônica, definida por um quadro de hiperglicemia, resultante de uma resistência periférica à ação da insulina e/ou comprometimento da sua secreção. Essa condição crônica além de ser considerado um problema de saúde pública, destaca-se pela gravidade de suas complicações, dentre elas a doença renal do diabetes (DRD). A DRD é uma complicação microvascular comum da DM2, sendo a principal causa do aumento de pacientes ingressados na terapia renal substitutiva e em virtude de seu prognóstico desfavorável, a identificação precoce de comprometimento renal é essencial. Faz-se necessário programas públicos de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce que visam a melhora do prognóstico da DRD. Método: Dessa maneira, no presente estudo serão recrutados pacientes diagnosticados com DM 2, residentes de Vespasiano, Minas Gerais, que realizam tratamento nas unidades básicas de saúde ou com médicos endocrinologistas do município. Esses pacientes foram orientados a comparecerem no Centro de especialidades medicas de Vespasiano (CEME) dia 02 de julho de 2022, para a coleta dos dados necessários para a execução dessa pesquisa. No presente estudo foram analisados dados extraídos de prontuários referentes aos pacientes diagnosticados com DM2 que participaram do mutirão de retinopatia diabética ocorrido em 02/07/22. Os dados coletados tem como objetivo primário avaliar a prevalência da DRD nessa população.
O impacto do uso de telas na obesidade infantil
(2024-02) OLIVEIRA, Vinicius; RIBEIRO, Tamires Louise; GUEDES, Fabiano
A constante aproximação da tecnologia com as crianças está acontecendo cada vez mais precocemente. Todavia o uso exacerbado, principalmente de aparelhos com "telas", durante esse período, pode causar algumas repercussões que impactam diretamente na saúde do jovem. Dentre elas , destaca-se a associação entre aumento da obesidade e uso de telas. Esse trabalho tem como objetivo geral revisar a literatura a cerca do qual tempo necessário em frente as telas para impactar de forma positiva o aumento de obesidade nas crianças. A investigação se deu por uma revisão bibliográfica em literatura nacional e internacional nas seguintes bases de dados eletrônicas: Pub Med e Portal Regional da BVS. Estudos que relacionam obesidade infantil e tempo de uso de tela de 2018 a 2023 foram incluídos. : Por meio desses estudos, sugerem que o uso de tela pode ser variado de acordo com a faixa etária, e também de acordo com o tempo que a criança é exposta frente a tela pode impactar para o surgimento de obesidade. Em geral os estudos selecionados, mostram que a prevalência de inatividade física foi maior em meninas do que em meninos e que o comportamento sedentário está relacionado a um estilo de vida não saudável na infância. Ademais, ver televisão por mais de 3 horas , aumenta a chance de sobrepeso e obesidade , assim como a redução de comportamento sedentário está associado a uma melhora da composição corporal. Essa revisão literária permite concluir que a obesidade é influenciada principalmente pelo tempo de tela. Além disso, é possível concluir que fatores comportamentais e ambientais como: sedentarismo, pandemia e má alimentação contribuem ainda mais. Dessa forma, torna-se conveniente a obrigação de intervenção para diminuir o crescimento acelerado da obesidade infantil e estabelecer um tempo de tela que seja “saudável “para que não se torne um fator contribuinte para o aumento excessivo de peso.
Avaliação do tratamento do diabetes mellitus tipo 2 pela cirurgia metabólica; revisão integrativa
(2023-12) ARAUJO, Arthur Antunes; SANTOS, Diego Antonini de; FULGENCIO, Juliana Lopes; MACHADO, Lucas Guerra; COSTA, Luis Felipe Machado; RESENDE, Thiago Henrique Paulino
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade se define como excesso de gordura corporal em quantidade que determina prejuízos à saúde,sendo o principal assunto discutido no atual trabalho a diabetes mellitus tipo II (DM2). Ao passo que a cirurgia bariátrica contribui para a perda de peso, a cirurgia metabólica visa a melhora e ou remissão de comorbidades como a DM2. O objetivo é avaliar a cirurgia metabólica no controle e/ou remissão do DM2 não controlada em pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m². Foi realizado uma pesquisa nas bases de dados Pubmed, Medline, Pubmed Central, Scielo e JAMA, PloSOne, PubMed, Scielo, correlacionando os descritores: cirurgia metabólica, obesidade e DM2 em paciente com IMC grau I, discutindo-se a abordagem no tratamento da DM2. Adicionalmente, representantes das sociedades envolvidas emitiram opiniões em pontos e diretrizes nos quais existe na literatura trabalhos com graus de evidência elevados. 16 artigos de revisão de literatura, estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados, artigos periódicos abordaram e evidenciaram a eficácia do tratamento nesse perfil e técnica correta. Através destes levantamentos de estudos é possível avaliar essa abordagem terapêutica para DM2 pacientes com obesidade grau I e que realizaram a cirurgia metabólica é eficiente no controle e/ou remissão do DM2, porém ainda é necessária a observação dos pacientes submetidos,para a melhor compreensão dos efeitos a longo prazo.
Análise do perfil epidemiológico de crianças hospitalizadas com pneumonia bacteriana em um hospital de referência antes e após a reabertura das escolas em decorrência da pandemia de covid-19
(2023-12) PAULA, Ana Clara Rivetti Bitencourt de; SILVEIRA, Ana Paula de Oliveira; ROQUE, Clara de Freitas; RODRIGUES, Emanuela Carvalho; MELO, Izabela Bárbara Barros
A Pneumonia Bacteriana Adquirida na Comunidade (PAC) é uma patologia muito comum na população pediátrica, apresentando-se como uma condição inflamatória e infecciosa que atinge o parênquima pulmonar. A apresentação clínica desta patologia pode variar a depender da idade do paciente. As pneumonias bacterianas, dentre todas as etiologias da pneumonia, são as de evolução normalmente mais desfavorável. Com a pandemia da COVID-19, acontecimento global que culminou em uma crise da saúde pública, medidas de controle foram implementadas, dentre elas, o fechamento das escolas e o isolamento social. Por meio dessa medida, observou-se uma redução da ocupação hospitalar nos setores da Pediatria e dos casos de doenças infectocontagiosas na população pediátrica, entre elas, a PAC. Posteriormente, ao retomar o convívio escolar, esperou-se um natural aumento do número de casos de crianças internadas por PAC. O objetivo é comparar dados da população pediátrica de pacientes de até 12 anos com diagnóstico de pneumonia bacteriana antes e após a reabertura das escolas em decorrência da pandemia da COVID-19 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens. Realizou-se levantamento de variáveis de interesse - tempo de internação, uso de suporte ventilatório, complicações por derrame pleural, idade media das crianças, situação vacinal, mortalidade, e esquemas de antibióticos usados, a partir de dados de prontuários dos 283 pacientes atendidos com diagnóstico de PAC durante os 6 meses que antecedem a reabertura das escolas e durante os 6 meses após a reabertura das escolas. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado de Pearson e o Teste exato de Fisher. Foram considerados resultados significativos aqueles que apresentaram probabilidade de significância (p) de 5%. Observou-se aumento do número de casos de PAC após a reabertura das escolas. No que se refere ao tempo de internação, uso de suporte ventilatório, complicações por derrame pleural, idade media das crianças, situação vacinal, mortalidade, e esquemas de antibióticos usados, não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de estudo. Embora tenha sido descrito um aumento do número de casos de PAC após o fim do isolamento social, por meio de análise estatística dos dados estudados, não se observou diferença estatisticamente significativa entre das variáveis que dizem respeito à gravidade e morbidade desta doença na população estudada.
Uso de opióide e benzodiazepínico no tratamento da dor e da angústia em pacientes com lesoes de pele graves
(2023-12) DOMINGUES, Aline Reis; ROCHA, Johannpeter Barella da; PAULO, Lunna Yasmin Felix Galvao de
As lesões cutâneas graves fazem parte de um espectro de doenças que geram sintomas para além da dor como angústia, insônia, depressão e ansiedade. Em pacientes jovens, com doenças ou comorbidades prévias, o tratamento deve ir além do uso de imunossupressores como corticosteróides, imunoglobulinas ou imunomoduladores. Para estes casos, considera-se o uso de opióides e de benzodiazepínicos como uma alternativa ou como adjuvante para controle dos sintomas e melhoria da qualidade de vida. Objetivo: Relatar o uso de opióides e BDZ no controle de sintomas físicos e psíquicos em pacientes com doença de pele grave não oncológica. Para isso foi utilizado o método descritivo de relato de caso, com pesquisa em prontuário clínico, o presente trabalho apresenta dois casos de pacientes internados na enfermaria de um hospital público com doenças de pele graves não oncológicas submetidos ao uso de opióides (morfina) e benzodiazepínicos (midazolam) associados ao tratamento convencional das doenças ameaçadoras da vida, para alívio e controle de sintomas, como dor, sofrimento psíquico, angústia e insônia. Tratam-se de dois casos do sexo feminino com idade de 29 e 35 anos com diagnóstico de Pênfigo Vulgar e Artrite psoríasica, respectivamente, acompanhados pelas equipes de dermatologia com uso de corticóides e antibioticoterapia. As pacientes receberam interconsultas e intervenção clínica e psicológica da equipe de cuidados paliativos com a introdução de opióides e benzodiazepínicos adjuvante ao tratamento em curso. Observou-se melhora dos quadros de: angústia, insônia e dor; bem como tolerância ao tratamento da doença e evolução com alta melhorada para ambos os casos. Conclui-se que o suporte psicológico associado a opióides e benzodiazepínicos, para controle de sintomas físicos e psíquicos, visando melhoria na qualidade de vida são boas opções ao tratamento de doenças de pele grave não oncológicas de difícil manejo clínico.
Simbiose entre a microbiota intestinal e o transtorno do espectro autista
(2023-12) MAGALHÃES, Pedro Henrique Malta; CAMARÃO, Bruno Henrique Tergilene; CASULA, Karina de Almeida; NUNES, Matheus Alves de Araújo; MARRA FILHO, Sávio Laguárdia
A microbiota intestinal tem sido amplamente estudada em relação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma vez que se acredita que a composição e o equilíbrio dessa microbiota podem estar relacionados aos sintomas comportamentais e gastrointestinais presentes no TEA. Estudos têm demonstrado que as crianças com TEA apresentam uma composição diferente da microbiota intestinal em comparação com as crianças típicas. Além disso, há evidências de que a microbiota intestinal pode afetar a comunicação entre o intestino e o cérebro, conhecida como eixo intestino-cérebro, que pode estar relacionado aos sintomas comportamentais do TEA. Este estudo teve como objetivo uma revisão não sistemática dos estudos em artigos sobre a relação entre a microbiota intestinal e o TEA. Foi abordada a temática da descoberta sobre como a microbiota do intestino pode vir a interferir no sistema nervoso e no TEA. Bem como o que estudam as pesquisas recentes sobre esse tema.
Diagnóstico e tratamento tardio da doença de Hirschsprung: relato de caso
(2023-11) MARIANO, Carolina Sodré; FONSECA, Jéssica Rayane Corrêa Silva da; OLIVEIRA, Isabel Cristina da Silva; GOMES, Lara de Barros Wanderley
A doença de Hirschsprung (DH) é definida como um distúrbio da motilidade intestinal causada pela falha das células da crista neural em migrar durante o desenvolvimento intestinal fetal. Não há sinais radiológicos patognomônicos da afecção e o diagnóstico definitivo somente pode ser obtido pelo estudo histopatológico. Alguns pacientes podem apresentar a doença em sua forma menos grave e, neste caso, o diagnóstico é tardio. A intervenção cirúrgica imediata é de máxima importância e tem como principais objetivos ressecar o segmento afetado do reto e cólon, trazer o intestino ganglionar normal para uma anastomose no reto distal, próximo ao ânus, e resguardar a função do esfíncter anal interno. Por meio dos relatos de casos, pretende-se apresentar os aspectos clínicos que requerem investigação para a doença e elucidar a abordagem e o tratamento realizado pela equipe médica de coloproctologia do Hospital Baleia. Tendo como propósito a divulgação de maiores informações sobre o diagnóstico precoce e tratamento adequado para essa afecção, o relato irá versar sobre duas pacientes do sexo feminino, de 15 e 16 anos, portadoras de Doença de Hirschsprung, com histórico de constipação crônica, distensão abdominal, cólicas frequentes, hábito intestinal prejudicado e tentativa de melhora dos sintomas com uso de laxativos, supositório e clister. Ambas foram submetidas à retossigmoidectomia abdominal, para o tratamento. A coleta de dados ocorreu por meio da análise dos prontuários, após autorização declarada dos responsáveis e das pacientes. A pesquisa teve início após a autorização do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital da Baleia, Declaração de Aceite em Participar e aplicação de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Também foi realizada uma revisão da literatura a fim de melhor compreensão do quadro clínico descrito. Através desses métodos, foram coletados dados importantes em relação aos sinais e sintomas das pacientes, epidemiologia, fatores de riscos, propedêutica adequada, opções de tratamento, evolução do quadro e possíveis impactos na qualidade de vida dos indivíduos.
Evolução do câncer de colo de útero IIIB para IV mesmo após radioterapia e quimioterapia
(2023-12) COTTA, Ítalo Soares; COSTA, Jonathan Fernandes dos Santos; CARVALHO, Matheus Caldas Santos; SANTOS, Sophia Vaqueiro Ramos dos
A monografia tem o objetivo de relatar o caso de uma paciente diagnosticada com câncer de colo de útero recidivado com metástase à distância, a qual não foi evidenciada nos exames complementares que antecederam o tratamento, resultando o fato em uma abordagem cirúrgica ampla que gerou diversas repercussões na referida paciente. O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), sendo um dos tumores malignos mais frequente na população feminina e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. O presente relato faz parte das estatísticas acima relacionadas, cuja paciente de 62 anos de idade, admitida na Santa Casa de Belo Horizonte com câncer de colo do útero em estágio avançado, mesmo com a realização de quimiorradioterapia, não apresentou regressão, sendo necessária a abordagem cirúrgica em virtude da evolução do estadiamento do câncer. As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. A vacinação, em conjunto com o exame preventivo, se complementa como ações de prevenção do câncer de colo do útero, de maneira que mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV. O presente relato de caso traz implicações para a política de atenção ao câncer de colo de útero referentes à prevenção, diagnóstico e tratamento, com vistas a seu aprimoramento. O caso relatado e as publicações levantadas trazem à luz a discussão quanto à prevenção do câncer de colo do útero, sobretudo quanto ao rastreamento, em especial, junto a mulheres em situação de pobreza e/ou vulnerabilidade, com mais de 50 anos de idade e residentes em locais distantes dos serviços de saúde; a ampliação de acesso aos serviços de saúde; e a garantia de privacidade das usuárias nos serviços, assim como, em especial, faz-se necessário redução do tempo para conclusão do diagnóstico, com definição do estadiamento do tumor.
Olho seco e pandemia por COVID-19: uma revisão da literatura
(2023-12) ROSA, Igor Francisco; TEIXEIRA, Mariany Santos; BATISTA, Leonardo Vasconcelos Bolina
O cenário pandêmico causado pelo SARS-COV 2, teve início na China no ano de 2019 propagando-se rapidamente a todos os países causando uma enorme mudança na vida e rotina das pessoas. A nova realidade exigiu que essas se adaptassem ao distanciamento físico, higienização das mãos e uso de máscara facial para se prevenir das diversas manifestações clínicas e oculares associadas ao Covid-19. Dentre as oculares destaca-se a ceratoconjuntivite sicca, conhecida como olho seco, cuja prevalência aumentou tanto pela própria fisiopatologia da doença quanto pelas mudanças no estilo de vida. O objetivo foi analisar artigos científicos entre 2020-2022 com a finalidade de demonstrar os fatores que interferiram no surgimento ou intensificação dessa afecção oftalmológica. Foi realizada uma revisão da literatura utilizando como busca a base eletrônica de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e United States National Library of Medicine (PubMed®). Os descritores pesquisados na plataforma DeCS foram: olho seco, ceratoconjuntivite sicca, COVID-19, isolamento social. Inicialmente foram encontrados 60 artigos, dos quais foram selecionados 25, sendo 13 destes incluídos nesta revisão sendo observado fatores que interfere no desenvolvimento ou progressão dessa afecção. Os critérios de inclusão foram artigos científicos disponíveis na integra, escritos na língua inglesa e portuguesa sendo publicado entre o ano de 2020 a 2022. Neste estudo, observou-se que os adultos jovens são os mais acometidos pelo olho seco nos dias atuais pois foi a população mais exposta ao vírus e as mudanças comportamentais como uso prolongado de dispositivos digitais, uso de máscara facial, uso de ventilação mecânica e problemas psicológicos pelo isolamento social.
Hepatite reacional aguda como complicação de faringoamigdalite bacteriana: relato do caso
(2023-06-28) CAMPOS, Bruno Victor Barbosa Leoncio; NUNES, Laiza Resende; MIQUELETTI, Mario Nogueira
A faringoamigdalite é uma afecção infecciosa aguda que acomete a faringe, tonsilas ou ambas de maneira súbita e intensa. Os sintomas característicos englobam dor de garganta, presença de linfadenopatia cervical (aumento dos gânglios linfáticos no pescoço) e elevação da temperatura corporal. O diagnóstico desse quadro é fundamentalmente baseado em avaliação clínica, podendo ser complementado por exames de cultura microbiológica ou testes rápidos de antígenos. O tratamento adotado varia conforme a manifestação sintomática apresentada e, no caso de infecções ocasionadas por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, a terapia antimicrobiana com antibióticos é indicada. O objetivo primordial deste estudo consiste em relatar de forma abrangente a faringoamigdalite, abordando suas manifestações clínicas, opções terapêuticas disponíveis e as principais complicações associadas a essa condição. Este é relato de caso de um paciente do sexo masculino de 4 anos que deu entrada no Pronto Socorro de um hospital da região metropolitana de Belo Horizonte - MG com quadro de infecção de via área superior correlacionando com a manifestação atípica de dor abdominal. A equipe de saúde assistiu o caso com raciocínio clínico e exames complementares elucidando para um quadro de hepatite reacional aguda, o que torna este um relato de caso de apresentação atípica.
O uso de inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 na nefropatia diabética: uma revisão de literatura
(2023-06-16) REZENDE, Giovanna Marques; LIMA ,Luana Alves; ALMEIDA, Thaise Fontes; LOPES, Monique Cassiano; RIBEIRO, Nathália Campos MoreiraLeal
A nefropatia diabética tem uma grande prevalência mundial, sendo uma das complicações microvasculares mais graves da diabetes. Atualmente, existem estudos que mostram a ação promissora do uso de inibidores de Cotransportador de Sódio-Glicose-2 iSGLT2 em pacientes com tal patologia. Realizar uma revisão narrativa da literatura abordando os efeitos dos iSGLT2 em pacientes com nefropatia diabética. Trata-se de uma revisão de literatura realizada com artigos da base de dados Lilacs, Medline e Pubmed. Para a busca dos artigos foram utilizadas quatro palavras chaves: doença renal crônica, inibidor do SGLT2, nefropatias e nefropatias diabéticas. Após realizar todos os cruzamentos entre os descritores, foram encontrados 328 artigos, sendo selecionados 32 para leitura, análise e discussão de seus resultados entre os seis pesquisadores independentes. Foi observado ao longo dos estudos que os Inibidores do Cotransportador de Sódio-Glicose-2 possuem caráter nefroprotetor, cursando com redução do risco da progressão da doença renal. Além disso, os efeitos adversos não demonstram impacto relevante diante dos benefícios apresentados, atestando um bom padrão de segurança. Conclui-se, portanto, que o uso da classe medicamentosa em pacientes portadores de nefropatia diabética mostrou-se benéfica. Sendo assim, houve melhora significativa do curso da doença com melhor controle glicêmico e pressórico.
Impacto prognóstico da sobrecarga atrial esquerda pelo eletrocardiograma
(2023-06-16) ROCHA, Arthur de Vasconcellos; BARONY, Carolina Pinto; VIEIRA, Eduarda Teixeira; FERREIRA, Juliana Potenza; SARDINHA, Thomás Antônio Vargas de Almeida
O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. O AVE isquêmico (AVEi) ocorre com maior frequência, sendo que 30% dos casos são de etiologia cardioembólica, relacionados com a presença de fibrilação atrial (FA). A sobrecarga atrial esquerda (SAE) é um dos fatores estruturais que antecedem a ocorrência da FA e está associada a maior risco de AVEi. Avaliar a presença de SAE ao eletrocardiograma (ECG) como fator de risco independente para internação e mortalidade por AVE. Estudo de coorte retrospectivo que incluiu pacientes do município de Belo Horizonte, acima de 16 anos, em ritmo sinusal, cujos ECG foram analisados por cardiologistas da Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) no período de 2006 a 2018. O banco de dados de ECG foi pareado com o sistema de registro de internação hospitalar e de mortalidade do município de Belo Horizonte, Minas Gerais. A partir de um banco de 474.764. ECGs, 337.021 pacientes foram incluídos com idade média de 54,42 anos e 38,2% do sexo masculino. A taxa de mortalidade geral foi de 3,4% no seguimento médio de 3,3 anos. Após análise multivariada, a presença de SAE x’’não foi associada com internação por AVE (HR 1,04; 95%IC 0,95-1,14), porém houve maior risco de mortalidade (HR 1,48; 95%IC 1,13-1,92). Pacientes com SAE ao eletrocardiograma estão associados a maior risco de mortalidade por AVE.
O uso de telas e tecnologias pela população infanto-juvenil: revisão bibliográfica sobre o impacto no desenvolvimento global de crianças e adolescentes
(2023-06-16) NUNES, Amanda Pereira; VAZ, Cristiano Silva; ABOOD, Eduardo Meni; SOUTO, Maria Clara Cardoso de Menezes Souto; PASCOAL, Matheus Handere
A presença da tecnologia na vida cotidiana de todos já é uma realidade no mundo. A contínua e crescente proximidade com o ciberespaço já está acontecendo cada vez mais cedo. Entretanto, o uso descontrolado da tecnologia durante esses tempos pode desencadear problemas no desenvolvimento global de crianças e adolescentes. A fim de entender como o uso da tela afeta o desenvolvimento intelectual, social e motor das crianças e adolescentes, uma revisão bibliográfica da literatura nacional e internacional foi realizada nas seguintes bases de dados: PUBMED, MEDLINE e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Como critérios de inclusão, selecionou-se os artigos que abordavam o tema publicados entre os anos de 2009 a 2022. A dependência digital na geração on-line tem causado mudanças significativas nos processos cognitivos de crianças e adolescentes. Evidências recentes sugerem que o uso de mídia baseada em tela representa riscos neurobiológicos para as crianças, interfere no crescimento cognitivo e limita a experiência da vida real. Em crianças a partir de 18 meses, há uma associação significativa entre o uso de dispositivos móveis de mídia e transtornos do desenvolvimento da linguagem. Evidenciou-se que o uso da tela representa riscos e deficiências cognitivas e linguísticas se usada na infância. Ainda são necessárias mais pesquisas sobre esta questão no campo da terapia da fala e da linguagem.
Placenta prévia: um relato de caso
(2023-06-16) LUIZ FILHO, Marcos Antônio; LIMA JUNIOR, Marcos Vinícius de Souza; MATA, Luiz Henrique Ferreira da; ARAÚJO, Ronan Carvalho de; KROHLING, Kelly Regiani
A placenta prévia é aquela que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero, ou seja, sobre o orifício interno do colo uterino após 28 semanas. O objetivo é analisar e discutir um caso clínico de placenta prévia para compreensão do diagnóstico, tratamento e seus possíveis desfechos. Utilizamos um relato de caso para descrever a Placenta prévia e base da dados para revisão da literatura no Update, Scielo, PubMed e Medline. Relato de caso: paciente, T. D. S., 31 anos, com diagnóstico de placenta prévia total, feito com 11 semanas de gestação, apresentou sangramento uterino anormal com 30 semanas de gestação, sendo necessária intervenção cirúrgica com 36 semanas de gestação devido ao quadro apresentado. A análise do presente caso clínico, do tratamento adotado, assim como o desfecho favorável exemplificam como a intervenção médica pode propiciar resultados puerperal e perinatal favoráveis.
Avaliação morfológica e epidemiológica de biópsias renais de pacientes diabéticos do período de 2016 a 2022
(2023-06-16) LOPES, Arthur Eduardo Martins; SANTOS, Isabelle Oliveira; SOUZA FILHO, Kleber Caires; PASCOAL, Pedro Henrique Oliveira; ALMEIDA, Vitor Lanza Avelar
A biópsia renal é considerada padrão ouro no diagnóstico de Nefropatia Diabética (ND), juntamente com as alterações morfológicas, oferece insights importantes para a compreensão do complexo curso do diabetes e ajuda a classificar, diagnosticar, prognosticar e controlar a doença. A ND tem uma diversidade patológica e afeta todos os componentes estruturais do rim, logo o reconhecimento dessas lesões e suas características morfológicas na biópsia renal pode auxiliar na prevenção, retardamento ou mesmo reversão dos processos da ND. Diante do exposto, é necessário que seja feito um rastreio de forma adequada em pacientes que apresentam suspeita de estar com diabetes e um maior acompanhamento em pacientes com quadros de diabetes a longa data associada à hipertensão arterial, podendo assim antecipar a evolução do problema já que apresenta comumente um início assintomático, que leva a um diagnóstico tardio, auxiliando na prevenção dos processos da ND. OBJETIVO: Analisar e descrever as características epidemiológicas, clínicas, laboratoriais, morfológicas e imunofenotípicas de laudos de biópsias renais de pacientes com ND. MÉTODOS: Estudo observacional analítico do tipo transversal, no qual foram analisados laudos e solicitações médicas de biópsia renais em um centro de nefropatologia. Amostra: 539 laudos de biópsias renais realizadas entre janeiro de 2016 a novembro de 2022. RESULTADOS: A maior parte dos pacientes apresentou classificação de nefropatia classe III, 233(43,4%), seguidos dos que foram classificados como classe IV, 144 (26,8%). As análises foram realizadas por meio do Teste “T de Student”, com um intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. CONCLUSÃO: Existe uma diferença estatística significativa entre as classes de ND, principalmente quando relacionado à idade e aos fatores comparativos. O presente estudo confirmou que é possível por meio da análise morfológica em conjunto dos fatores como idade, proteinúria, creatinina e ureia realizar a prevenção para que novos pacientes diabéticos evoluam para os piores prognósticos.

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